Por que as crianças mentem: É um comportamento comum ou requer cuidados?
Descubra qual é o limite do saudável para lidar com as mentiras das crianças.
Não é incomum ver crianças e adolescentes mentirem sobre assuntos simples, como “minha mãe deixa eu comer a sobremesa antes do almoço”, “meu cachorro comeu meu dever de casa”, entre outras.
São mentiras comuns, que até certo ponto não fazem mal e nem refletem o caráter da criança, mas quando ultrapassam o limite do que é considerado saudável, podem se tornar grandes problemas para toda a família.
É exatamente neste momento, quando uma criança mente sobre assuntos delicados, como abusos e fraudes, que os pais podem considerar a contratação de um detetive particular.
Quer entender mais sobre o que leva uma criança a mentir, quais são as consequências e porque um profissional pode ser acionado em casos extremos? Continue com a leitura.
Por que crianças mentem?
Existem diversas motivações, que podem levar uma criança a mentir, como:
●
Desejo de chamar a atenção.
●
Esconder coisas por medo de
levar bronca.
●
Conseguir algo através da
mentira, como o exemplo da sobremesa, citado anteriormente.
●
Transformar uma história em
algo mais interessante, de seu ponto de vista, ainda que fique um pouco
distorcido.
Algumas dessas mentiras podem nem ser consideradas intencionais, já que crianças menores de 5 anos nem sempre conseguem identificar o que é verdade ou não, considerando que até os 3 anos, elas vivem no mundo fantasioso que criam.
Nessa fase, não há interesse em mentir ou a própria distinção do que é realidade criada ou oficial, apenas histórias de fantasias de modo inocente e despretensioso.
No entanto, há ainda, crianças que não só mentem com muita facilidade, como induzem adultos a acreditarem no que estão contando, ao se tornarem mentirosos compulsivos.
Até os 7 anos de idade, elas podem mentir sem pensar nas consequências, por desejarem escapar de broncas ou por medo de represálias, enquanto crianças com idade superior, que já têm entendimento sobre o que é certo ou errado, já contam mentiras com intenções.
É muito comum encontrar pré-adolescentes mentirosos compulsivos, que começaram o hábito por traumas e medos da infância e que têm muito mais chances de apresentar transtornos de personalidade ao longo da vida.
Classificações das mentiras
É possível classificar algumas das mentiras mais comuns, contadas por crianças e adolescentes, que acabaram por desenvolver algum desequilíbrio psíquico, como:
●
Mentira para adaptação à
sociedade.
●
Mentira esfarrapada,
considerada “útil”, em que a pessoa diz estar em um lugar, mas está em outro.
●
Mentira compensatória, em que a
pessoa vive uma vida ou status que não é sua realidade, como viver com roupas
de grife que foram emprestadas ou alugadas.
●
Mentira estratégica, no intuito
de preservação da própria privacidade, em que a pessoa tenta fugir de castigos
e de situações constrangedoras.
●
Mentira de fato, também
conhecida como dissimulação, onde a pessoa omite, esconde e mente sobre fatos
para não se prejudicar ou ganhar vantagem.
É importante ficar atento ao comportamento
do filho, independente de qual idade ele apresenta, pois dessa forma, a
identificação de um possível transtorno pode ser facilitada.
Por que é importante ficar
atento às mentiras do seu filho?
Como a mentira faz parte do nosso
cotidiano, seria incorreto dizer que qualquer exemplo, é um alerta.
Porém, em alguns casos específicos, é preciso agir além da conversa.
Quando crianças e adolescentes passam a apresentar comportamento agressivo ou retraído, que podem indicar abusos físicos e psicológicos, é hora de investigar o que acontece fora do seu radar.
Além disso, crianças/adolescentes que contam mentiras compulsivamente podem estar escondendo situações delicadas por medo, insegurança ou mesmo, desejo de viver algo que os pais não permitiram.
Nesse momento, é importante manter o relacionamento aberto e a conversa sempre acolhedora, para que ela sinta que pode confiar e se abrir sobre qualquer assunto.
No entanto, se a situação exigir intervenção por parte dos pais, é necessário averiguar antes, se elas estão realmente escondendo alguma coisa e até que ponto isso pode ser perigoso.
Para esses casos, o ideal é realizar a contratação de um detetive particular, que irá acompanhar de maneira profissional, com acesso à informações de maneira mais aprofundada e poderá trazer alívio à família sobre o que está acontecendo.
Como identificar que seu filho está mentindo?
Existem algumas características que
entregam o comportamento de uma pessoa que está mentindo, podendo ser mais
acentuada ou menos, dependendo da idade e do quão confortável o indivíduo fica
ao contar inverdades.
Entre os sinais mais comuns, estão:
●
Contato visual fora do comum,
podendo representar uma fuga do “olho no olho” ou a necessidade de olhar
fixamente para os pais enquanto conta a mentira.
●
Repetição das perguntas
realizadas, em forma de resposta. Exemplo: “o que você fez ontem depois da
escola?” “Ontem, depois da escola, eu vim direto para casa.”
●
Tocar partes do rosto enquanto
mente ou apertar os lábios.
●
Certas inconsistências que não
se sustentam na história, como falar que chegou às 15 hrs e terminar dizendo
que eram 16 hrs.
●
Reações defensivas e exageradas
à acusação de mentira.
●
Gestos incomuns que o filho não
costuma fazer no dia a dia.
●
Mudar a velocidade e o tom da
fala.
●
Explicar com muitos detalhes a
mentira. Pode ser um sinal, principalmente se a criança não for muito
comunicativa normalmente.
●
Piscar demais os olhos,
querendo se livrar daquela mentira, ou deixá-los sem piscar, indicando alto
nível de estresse.
Se seu filho está apresentando diferentes comportamentos, como os citados acima, fique atento. Ele pode estar precisando de ajuda de um profissional, para maior compreensão das causas dessas mentiras, e do auxílio de um detetive particular para que a verdade venha à tona.
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