Mais de 78 mil toneladas de materiais reciclados foram utilizadas para a produção das medalhas olímpicas de Tóquio
Do lixo ao ouro, as medalhas das olimpíadas são sustentáveis e garantem um planeta melhor!
Um mundo sustentável, essa é a nova
tendência mundial. Vários países implantaram ou pretendem implantar, meios
éticos e sustentáveis em vários processos como a mineração de metais preciosos.
O objetivo é preservar cada vez mais a saúde do nosso planeta. E seguindo esse conceito, o japão fez um grande feito e serviu de exemplo para o mundo inteiro.
Tóquio foi escolhida para sediar as olimpíadas de 2020, que veio ser sediada agora em 2021 por conta da pandemia. Por se tratar de um dos maiores eventos esportivos do mundo, a preparação começa anos antes do evento acontecer de fato.
A organização dos jogos decidiu inovar na produção de medalhas, que são feitas de ouro, prata e bronze. Geralmente as medalhas são feitas de metais extraídos diretamente do solo, o que requer uma alta demanda desses mesmos metais.
Arrecadação de insumos e produção das medalhas
Ao invés de extrair do solo, eles
escolheram retirar esses mesmos componentes de lixos eletrônicos. Aparelhos
como celulares, computadores e tablets, possuem em sua composição o ouro, a
prata e o bronze.
Isso faz deles objetos perfeitos para reaproveitação desses componentes. E foi através do lixo eletrônico que aproximadamente 5 mil medalhas foram produzidas para ser entregue aos vencedores das diversas modalidades esportivas.
Para atender essa demanda de medalhas, foi necessário mais de 6 milhões de celulares e cerca de 6 toneladas de aparelhos como computador, tablets e monitores. O processo de reaproveitamento da matéria prima não é fácil.
Cada dispositivo possui uma quantidade de metal muito pequena, por isso a necessidade de uma alta quantidade de aparelhos para produção das medalhas.
Antes de iniciar o processo de retirada do metal, os aparelhos devem ser desmontados manualmente. Esse processo é um dos mais demorados, já que cada aparelho possui padrões diferentes.
Após o recolhimento dos materiais eles passam por uma trituração, em seguida é aplicada a decantação (métodos de separação de misturas heterogêneas).
Isso faz com que o metal se separe dos demais elementos obtidos nas placas. Para finalizar, o metal é levado para a fornalha para ser moldado de acordo com a necessidade de cada objeto.
Cada medalha possui um peso médio de meio quilo. A de ouro possui 550 gramas de prata e 6 gramas de ouro na camada externa, a de prata possui 550 gramas do próprio metal e a de bronze é a mais leve entre as três, possuindo 450 gramas de bronze vermelho.
Os materiais foram recolhidos de 2017 a 2019, através de doações em pontos de coleta. O feito representa um grande impacto ambiental, mas dessa vez é positivo. Todo esse material arrecadado acabaria voltando para a natureza em forma de lixo.
Afinal de contas, o japão é um exemplo mundial em relação a educação ambiental e procedimentos que visam diminuir o impacto causado pelo descarte de insumos na natureza.
Impacto ambiental
Lixos eletrônicos descartados de forma
incorreta, afetam diretamente a saúde pública. Eles possuem metais muito
pesados em sua composição, eles contaminam o solo, lençóis freáticos e a fauna
e flora, o que muda completamente o comportamento natural do planeta.
Estamos vivendo em um mundo totalmente digital, com isso, a produção de meios eletrônicos se torna ainda maior. Por mais que a tecnologia venha avançando cada vez mais, ainda não existe um meio de produção totalmente ecológico e sustentável.
Com base nisso, vale reforçar a educação do descarte correto de lixo eletrônico. Existem vários pontos de coleta espalhados pelas cidades de cada estado brasileiro. Empresas especializadas também oferecem o serviço de descarte.
Alguns países já utilizam a mineração urbana, ela consiste na transformação de produtos pós consumo em matéria prima novamente. No mesmo caso da produção de medalhas nas olimpíadas de Tóquio 2020.
No Brasil, essa forma de mineração ainda é pouco utilizada. Mas abre oportunidades a quem deseja investir na área. Com a utilização da mineração urbana, o consumo energético e a utilização de recursos hídricos são bem menores comparado com a mineração tradicional.
Tudo isso, totaliza um custo econômico significativamente inferior aos meios já utilizados no país. Porém, algumas atitudes foram tomadas para diminuir o impacto ambiental causado pela alta quantidade de lixo eletrônico.
Em 2020, foi protocolado o decreto 14.240 que estabelece uma meta de coleta de lixo eletrônico em todo o país. Até 2025, os 400 maiores municípios devem implantar um sistema de coleta de resíduos eletrônicos.
Isso faz com que o descarte incorreto diminua significativamente e resulte em um menor impacto ambiental. O exemplo dado por Tóquio pode ser refletido a outros países e eventos que ainda estão por vir.
A cada ano se fala sobre mudanças nas produções e minerações, a fim de zelar pelo bem estar do planeta. Com isso é esperado que outras instituições também aderem à mineração urbana.
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