Voluntariado corporativo é diferencial para empresas e profissionais
O objetivo dessa prática é melhorar a vida das pessoas, mas ela gera uma imagem positiva das organizações e amplia as habilidades dos colaboradores, afirma o CEO da Prime Talent, David Braga.
Carmine Furlleti |
Quem faz uma doação – de dinheiro,
produtos, tempo, conhecimento ou o que quer que seja – aprende e recebe muito
mais do que os beneficiados diretamente pela iniciativa. Essa lição ficou ainda
mais evidente com o avanço da Covid-19, desde o início de 2020. Os impactos da
pandemia reforçaram as limitações das políticas públicas e das ações
governamentais para suprir boa parte das necessidades da população,
particularmente no Brasil, onde, infelizmente, ainda existem muita pobreza e
desigualdade social, com milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Diante disso, porém, houve uma expansão das ações em prol da solidariedade, com
destaque para o crescimento do voluntariado corporativo, que, de acordo com o
CEO, board advisor
e headhunter da
Prime Talent, David Braga, torna-se, cada vez mais, um diferencial competitivo
para empresas e profissionais.
Esse tipo de voluntariado engloba as
iniciativas realizadas pelas empresas para incentivar, apoiar e reconhecer o
engajamento dos seus colaboradores – muitas vezes, também clientes e
fornecedores – em causas humanitárias. É uma maneira de colaborar com a atuação
das organizações da sociedade civil, em particular as ONGs, ou de auxiliar
diretamente instituições necessitadas. “As corporações estão ainda mais
preocupadas com a sustentabilidade, o que envolve muito além da preservação do
meio ambiente e as boas práticas de governança corporativa. E é fundamental que
trabalhem essa abordagem de forma estratégica, ou seja, ela deve estar agregada
à cultura organizacional, independentemente da atividade desempenhada”,
ressalta Braga.
Agir dessa forma, segundo ele, é um
grande atrativo, uma vez que associar a imagem às ações sociais gera
credibilidade e valorização no mercado. “Em recente pesquisa publicada pela
Agência Fiep, realizada pela Union e Webster, foi detectado que 87% dos
brasileiros preferem adquirir produtos e serviços de companhias sustentáveis.
Então, ou as lideranças tratam desse tema com mais força internamente ou a
organização pode, literalmente, desaparecer em um curto espaço de tempo”,
completa o CEO da Prime.
Além disso, empresas engajadas nas
causas humanitárias são mais atrativas aos olhos dos talentos e ganham destaque
como marcas empregadoras. Já os colaboradores que participam dos trabalhos
voluntários têm um melhor desenvolvimento pessoal e profissional, pois
descobrem novas potencialidades e ampliam círculos de amizades. “Integrar-se a
esses projetos proporciona, inclusive, credibilidade ao currículo do indivíduo,
que se mostra socialmente responsável e ainda evidencia duas competências tão
buscadas pelas organizações: empatia e poder do impacto transformacional, entre
outras”, conclui Braga. Logo, embora não haja recompensa financeira, nada vale
mais que fazer o bem ao próximo e ainda evoluir.
Gratificante
Para a country diretor do
ChildFund Brasil, Anette Trompeter, é muito gratificante ver esse crescimento
do voluntariado, de modo geral. “Muitas empresas têm programas nesse sentido e
se associam às ONGs para realizar ações que façam a diferença. Incentivam seus
colaboradores a participar de iniciativas sérias e organizadas, que impactem a
vida dos mais necessitados. Desde o surgimento da Covid-19, observamos a
solidariedade crescente entre as pessoas, o que também ocorreu com as empresas,
que se mobilizaram para suprir necessidades básicas da população mais
vulnerável”, ressalta.
Em particular, o ChildFund - instituição
eleita, pelo quarto ano consecutivo, uma das 100 melhores ONGs do Brasil, que
apoia crianças e adolescentes em extrema vulnerabilidade – se associou a
algumas empresas sérias para distribuição de alimentos e cestas básicas nas
comunidades onde atua, nesse período. No país, estima-se que uma a cada três
crianças até 14 anos vive em situação de pobreza. O ChildFund promove, há 55
anos, no Brasil, programas e projetos sociais para mudar essa realidade e conta
com o apoio do voluntariado.
Sobre a Prime Talent
A
Prime Talent é uma empresa de busca e seleção de executivos de média e alta
gestão, que atua nos 24 setores da economia, em todo o Brasil e na América
Latina, com escritórios em São Paulo e Belo Horizonte. Referência nas áreas de
Recursos Humanos e Gestão, tem à frente os sócios David Braga (CEO) e Bárbara
Nogueira (diretora). Braga já avaliou, ao longo de sua carreira, mais de 10 mil
executivos, selecionando para clientes Latam. É autor do livro “Contratado ou
Demitido – só depende de você” e professor convidado da Fundação Dom Cabral
(FDC). Além disso, exerce a função de conselheiro da ACMinas e da ChildFund,
instituição eleita, pelo quarto ano consecutivo, uma das 100 melhores ONGs do
Brasil, que apoia crianças e adolescentes em extrema vulnerabilidade. Já
Bárbara Nogueira é graduada em Psicologia e certificada em Executive Coach,
pela International Association of Coaching, e em Micro Expressões e programação
Neurolinguística. É também embaixadora da ChildFund.
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