Zizi e Luiza Possi participam da campanha De Todo Coração e alertam sobre os cuidados com a saúde cardiovascular durante a pandemia
Iniciativa reúne diversas
entidades e empresas em ações educacionais e de prestação de serviço à
população além de oferecer apoio a médicos e profissionais de saúde
São Paulo, 19
de agosto de 2021 - A campanha De
Todo Coração tem como objetivo alertar a população, especialmente pacientes com
risco ou doença cardiovascular, sobre a importância de manter a rotina de
acompanhamento de saúde, mesmo durante a pandemia. Trata-se de um projeto do
Instituto Coalizão Saúde (ICOS) e da Boehringer Ingelheim, com apoio de
diferentes entidades dos segmentos público, privado e terceiro setor, incluindo
Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), SESI, Grupo NotreDame
Intermédica, Crônicos do Dia a Dia (CDD), Hospital Sírio Libanês, InovaHC,
Fundação Faculdade de Medicina da USP e outros.
Para marcar o
lançamento da campanha, as cantoras Zizi e Luiza Possi fizeram um vídeo explicando
a importância do cuidado com o coração em todos os momentos da vida, fazendo um
apelo para que as pessoas realizem exames preventivos e não interrompam o
tratamento sem orientação médica.
Além do
engajamento das celebridades, a iniciativa também conta com mutirões de saúde
para detecção de risco cardiovascular, seguindo todos os protocolos de
segurança preconizados pelas entidades sanitárias. A primeira ação de testagem
será realizada no Memorial da América Latina em 2 de setembro, das 10h às 16h.
Além da
população em geral, a campanha também será voltada a profissionais de saúde,
que receberão materiais de apoio para orientação dos pacientes sobre a
importância da prevenção e do acompanhamento das doenças cardiovasculares e os
cuidados de segurança relacionados à pandemia.
"A
pandemia é um cenário sem precedentes na história da humanidade e, por isso,
causa muita insegurança. Porém, precisamos prover informação de qualidade para
que o cuidado com o coração continue, pois as doenças cardiovasculares são a
principal causa de morte em nosso país e no mundo e elas não podem
esperar", explica Dr. Claudio Lottenberg, Presidente do Instituto Coalizão
Saúde. "Algumas enfermidades, como diabetes tipo 2, podem ser
assintomáticas e, por isso, exames preventivos para diagnóstico e tratamento
são primordiais", completa o médico.
Para a
diretora médica da Boehringer Ingelheim no Brasil, Dra. Thais Melo, a
iniciativa reforça o propósito da companhia de contribuir para a saúde da
população brasileira. "Colocamos as pessoas no centro de tudo o que
fazemos, sempre pensando na promoção da saúde e do bem estar. Ao liderar esta
campanha ao lado de tantos parceiros importantes, queremos contribuir para
gerar impacto positivo para a saúde no Brasil", afirma.
Mais informações
sobre a campanha De Todo Coração estão disponíveis nas mídias sociais da
Boehringer Ingelheim, do Instituto Coalizão Saúde e dos demais parceiros.
Ação para
Avaliação de Risco Cardiovascular
02 de
setembro, quinta-feira
Das 10h às
16h
Memorial da América
Latina
Portão 8
Doenças
crônicas durante a pandemia
A pandemia
gerou insegurança nos pacientes com doenças crônicas, que deixaram de buscar
ajuda médica. O medo de serem infectados pelo novo coronavírus fez com que
muitos deixassem de lado o acompanhamento de doenças crônicas, o que pode ter
agravado a situação clínica desses pacientes, causando redução nas
hospitalizações e aumento na mortalidade1. Dados mostram que houve uma
diminuição de 15% no número de internações por doença cardiovascular entre
março e maio de 2020, comparado ao mesmo período do ano anterior. Já a taxa de
mortalidade cresceu em 9% na comparação com o mesmo período1.
As doenças
cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, tendo sido
responsáveis por, aproximadamente, 17,6 milhões de óbitos em 20162. No Brasil,
o cenário não é muito diferente. De acordo com o cardiômetro, da Sociedade
Brasileira de Cardiologia (SBC), ocorreram 1.100 mortes por dia desde o início
de 20213.
Além disso,
as doenças cardiovasculares estão entre as comorbidades que podem agravar a
situação clínica dos pacientes, especialmente os mais idosos, que forem
acometidas pelo vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-194. Entre as doenças
cardiovasculares mais comuns está a insuficiência cardíaca (IC)5, que acontece
quando o coração do paciente não tem força suficiente para bombear a quantidade
necessária de sangue para o corpo6. Alguns dos sintomas são falta de ar,
especialmente durante atividades físicas ou rotineiras como caminhar curtas
distâncias, subir escadas, entre outros6. A IC é uma doença progressiva que
pode se manifestar em episódios agudos que levam ao agravamento dos sintomas e
consequente internação6.
Não são
apenas as doenças cardiovasculares que oferecem risco ao coração. O diabetes, por
exemplo, que é tão comum, aumenta de duas a quatro vezes o risco de morte por
doença cardiovascular7, além de ser um fator de risco para o acidente vascular
cerebral (AVC) isquêmico, insuficiência cardíaca (IC), doença arterial
obstrutiva periférica (DAOP) e doença microvascular7. Estima-se que a doença
acometa cerca de 16,8 milhões de brasileiros8. Durante a pandemia, junto com as
doenças cardiovasculares, o diabetes foi uma das comorbidades mais frequentes
nos óbitos registrados por COVID-199.
Em meio a
tudo isso, apesar do receio da infecção pelo novo coronavírus, os pacientes com
doenças crônicas devem manter o acompanhamento periódico, mesmo que
virtualmente (telemedicina). Por isso, a orientação é manter as consultas e
exames em dia, e também não começar ou interromper qualquer medicamento sem
orientação médica.
Referências
• Normando PG, et al. Reduction in
Hospitalization and Increase in Mortality Due to Cardiovascular Diseases during
the COVID-19 Pandemic in Brazil. Arq Bras Cardiol 2021;116(3):371-80.
• Doenças
cardiovasculares. Organização Pan-americana de Saúde. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/doencas-cardiovasculares. Acesso em: 20/07/2021.
•
Cardiômetro. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em: https://www.cardiometro.com.br/. Acesso em 29/07/2021.
• Kawahara,
Lucas Tokio, et al. Câncer e Doenças Cardiovasculares na Pandemia de COVID-19.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia 115 (2020): 547-557.
• Descubra
quais são as 5 doenças cardiovasculares mais comuns. Federação Médica
Brasileira. Disponível em: https://portalfmb.org.br/2016/09/26/descubra-quais-sao-as-5-doencas-cardiovasculares-mais-comuns/. Acesso em 14/07/2021.
• Heart
failure matters. What goes wrong in heart failure? Disponível em: https://www.heartfailurematters.org/en_GB/Understanding-heart-failure/What-goes-wrong-in-heart-failure.
Acesso em 26/06/2020
• Metade
dos brasileiros subestimam consequências mais graves do diabetes. Disponível
em: https://diabetes.org.br/metade-dos-brasileiros-subestimam-consequencias-mais-graves-do-diabetes/. Acesso em 20/07/2021.
• International Diabetes Federation. IDF Diabetes
Atlas, 9th edn. Brussels, Belgium: 2019. Disponível em: https://www.diabetesatlas.org.
Acesso em 14/07/2020.
• Boletim Epidemiológico. Ministério da Saúde. Disponível em: https://linhadefrente.cfm.org.br/boletins-epidemiologicos/. Acesso em 14/07/2021.
Nenhum comentário