Covid-19 e estilo: entenda o que esperar da moda pós pandêmica
Especialista explica como o isolamento social alterou a forma como as pessoas se vestem e ditou novas tendências
Covid-19 e estilo: entenda o que esperar da moda
pós pandêmica
Divulgação
São
Paulo, setembro de 2021 – Desde o início do ano passado, a
pandemia interrompeu diversas atividades presenciais, porém com a retomada
dos eventos sociais, as pessoas encaram um novo desafio: olhar para os próprios
armários e tirar da gaveta roupas que, durante os últimos dois anos, não viram
a luz do sol. Pode até parecer que o mundo parou durante esse período,
mas a verdade é que ele continuou se movimentando, inclusive a moda.
Márcio Ito, professor do curso de moda
da Faculdade Santa Marcelina, explica que a busca por roupas tomou um novo
rumo durante o período de isolamento: “a pandemia tem feito esse ajuste de
ampliar o alcance de produtos que já existiam no mercado, como pijamas e
moletons”.
Ito explica que esse efeito foi
enfatizado pelo próprio mercado: “A pandemia foi um fator importante para
ampliar os olhares de produtos que existem na moda. Vimos lives com artistas que usavam pijamas. A pandemia fez com
que você concentrasse seu campo de visão em um espaço pequeno, que direcionava
o consumo desses produtos”.
A busca pelo conforto foi grande. No
entanto, um certo nível de formalidade continuou sendo exigido. Isso aconteceu
porque, mesmo em home office, as pessoas precisavam abrir a câmera e mostrar a
parte de cima do corpo. De acordo com o especialista, isso gerou um
aumento no consumo de malhas e camisetas confortáveis, mas com aspecto mais
formal.
Um exemplo de estilo que aumentou
durante a pandemia foram os moletinhos. Compostos por um conjunto de
moletom com corte mais arrumado, essas opções de roupas são, além de
confortáveis, fashion. O
professor explica: “os moletinhos já tinham vindo com uma
certa frequência nas coleções passadas. Uma combinação, que antes era
vista como mais um produto do mercado, se tornou um produto mais presente
no mundo da moda. Acredito que na volta dos presenciais, isso continue
presente”.
No entanto, nem tudo são flores na volta
do trabalho presencial. Mesmo com a ascensão do
conforto, Márcio acredita que não há uma perspectiva desse estilo
dominar os escritórios: “Empresas que tem
um dress code específico dificilmente aumentarão a liberdade dos
seus colaboradores. Pode até ser que aumente a flexibilidade, principalmente no
modelo híbrido. Mas ainda haverá uma necessidade
do dress code em reuniões”.
Por outro lado, é certo que o mundo
digital aumentou a preocupação com a parte de cima na hora de se vestir. Desde
o início da pandemia, muito se fala das pessoas se arrumarem da cintura para
cima, visando sempre a apresentação em vídeo chamadas. De fato, isso pode ter
impulsionado uma nova tendência: “Há uma preocupação maior com a parte de
cima. Talvez as empresas passem a trazer blusas e croppeds com
mais facilidade de combinações com a parte de baixo, promovendo uma pluralidade
de looks”, completa Ito.
Sobre a Faculdade Santa
Marcelina
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