Cresce participação de mulheres na área tech
Levantamento aponta que, mulheres podem ser a maioria no setor tech em 10 anos
Mariel Reyes Milk, CEO da {reprograma}
Divulgação
Embora ocupem, atualmente, apenas 20%
das vagas na área tech, o público feminino vem ganhando espaço no setor a cada
ano. Segundo dados do CAGED, o Brasil registrou um crescimento de 60% no número
de mulheres trabalhando com tecnologia, saltando de 27,9 mil que atuavam na
área em 2017, para mais de 44,5 mil em 2020.
“A mudança está acontecendo de forma
lenta, mas já podemos vê-la. Iniciativas sociais têm ajudado muito neste
processo, pois mesmo com a capacitação técnica, nós mulheres podemos enfrentar
dificuldades para ingressar profissionalmente na área, pelo machismo enraizado
neste meio, sendo preciso uma rede de apoio que colabore com a nossa inserção”,
comenta Karlla Nascimento, engenheira de software na Creditas.
Se o crescimento continuar na mesma
medida, o Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea) prevê que o total de
trabalhadoras no setor pode superar o de homens nos próximos 10 anos.
Mariel Reyes Milk, Fundadora e CEO da
{reprograma} - startup social que tem como missão capacitar mulheres,
preferencialmente negras, trans e travestis, em programação e conectá-las ao
mercado de trabalho por meio de sua recém lançada plataforma de contratação -
explica que o esforço para aumentar a participação feminina é feito em
conjunto. “Enquanto surgem cada vez mais iniciativas que têm como objetivo
empoderar e capacitar mulheres em programação, cresce o número de empresas que
investem em projetos educacionais de TI exclusivos para mulheres, e que também
têm se movimentado para gerar novas oportunidades para que elas possam ocupar
suas cadeiras no mercado de trabalho”, comenta Reyes.
O setor de tecnologia atrai cada vez
mais mulheres pela diversas oportunidades para quem deseja atuar no mercado. Na
parte de programação, por exemplo, pode-se destacar duas frentes: front-end e
back-end, a primeira é dedicada à interface do usuário, já a segunda está
relacionada ao core da aplicação, realizando uma programação que somente o
servidor irá entender.
Áreas de tecnologia são visadas no
momento de mudar de carreira
Visto por alguns como um movimento
assustador, migrar de carreira pode ser fundamental em qualquer momento da
vida. As razões para a troca costumam ser variadas, entretanto, decidir por uma
profissão cedo demais, sem o tempo necessário para amadurecer a escolha,
costuma ser o motivo mais frequente, e que atinge muitos jovens no
Brasil.
“Eu estava estudando fonoaudiologia
totalmente frustrada com a área. Me sentia totalmente angustiada ao realizar
qualquer atividade relacionada à faculdade. Estudava programação sozinha, já
era apaixonada pela área, mas não sabia como mudar de carreira, até que conheci
a {reprograma} e senti que a mudança seria possível”, comenta Agnes Galvão,
participante do programa Todas em Tech e recém contratada para a área de
engenharia de software da Creditas.
De acordo com o Linkedin, entre as 15
profissões em alta no país em 2020, sete possuem ligação direta com a área
de tecnologia da informação.. Por isso, é um dos setores mais visados no
momento de uma mudança de carreira.
“Mudar de carreira não é um processo
fácil, é um processo que nos ensina e nos empodera muito. É preciso ter em
mente que precisamos dar um passo de cada vez, sendo necessário estudo,
paciência, trocas de conhecimento com outras pessoas e novas experiências”, diz
Paula Gaspar, recrutadora de talentos da Creditas.
Iniciativas para inclusão fazem a diferença
Nos últimos anos, muitas iniciativas
surgiram para colaborar com a inclusão das mulheres no setor de tecnologia.
A {reprograma}, por exemplo, criou o
projeto Todas em Tech, no início deste ano, em parceria com o BID Lab
(Laboratório de Inovação do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento), que
irá impactar 2.400 mulheres em situações de vulnerabilidade, além de formar 400
mulheres, preferencialmente negras, trans e travestis, em programação front-end
e back-end, até o final de 2022.
O Todas em Tech destina 55% das vagas
para mulheres negras e, no mínimo, 5% para mulheres trans e travestis em cada
turma e conta com o apoio das empresas Accenture, Creditas, Easynvest,
Facebook, iFood e Nubank. Vale ressaltar que as empresas parceiras do projeto
têm prioridade na contratação das formandas, como aconteceu, por exemplo, com a
Creditas, responsável por contratar cinco das setenta e duas que se formaram
nas duas primeiras turmas. Além disso, Accenture e Nubank também estão
realizando processos seletivos na plataforma de contratação da startup social.
“Cerca de 82% das nossas alunas
conseguem atuar na área de tecnologia em até seis meses depois da formação.
Temos cases de participantes que não entendiam nada sobre tecnologia e, após a
conclusão do curso, hoje estão em grandes empresas como, Itaú, IBM, iFood,
Creditas, entre outras grandes do mercado”, explica Reyes.
Iniciativas como essa estão
transformando o mercado de trabalho no Brasil, além de colocar as mulheres como
protagonistas no mercado de tecnologia.
“Nós acreditamos mesmo que o lugar da
mulher é onde ela quiser, e portanto, apoiaremos sempre esse direito de escolha.
O mercado está em um processo de evolução e precisamos propor cada vez mais
espaço”, finaliza Paula Gaspar.
Sobre a {reprograma}
Fundada em 2016, pela peruana Mariel
Reyes Milk e suas sócias Carla de Bona e Fernanda Faria, a startup social
paulistana que ensina programação para mulheres, priorizando as negras e/ou
trans e travestis, por meio da educação, tem o objetivo diminuir a lacuna de
gêneros na área de T.I. A {reprograma} possui parceria com grandes empresas
como Accenture, Creditas, Facebook, iFood, entre outras. Mais informações no
www.reprograma.com.br
Sobre a Creditas
A Creditas é a plataforma líder na
América Latina de crédito e soluções 100% online, construída a partir de três
ecossistemas: imobiliário, veículo e consignado. Trabalhamos ativamente para
mudar o cenário do mercado de crédito no Brasil e no México por meio de
experiência do usuário, soluções personalizadas e tecnologia proprietária. O
nosso propósito é viabilizar as novas conquistas dos nossos clientes. Temos
mais de 2.000 Tripulantes e além do Brasil (São Paulo, Recife, Porto Alegre,
Curitiba, Barueri) e do México, estamos na Espanha, onde temos um hub de
inovação e contamos com profissionais de tecnologia.
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