Financiamento bancário está presente em 54% das vendas de sistemas fotovoltaicos realizadas em 2021
Empresas de micro e pequeno porte lideram o uso de painéis solares, e com a aprovação do marco legal de energia limpa pela Câmara dos Deputados, demanda deve aumentar ainda mais.
divulgação Entec Solar |
Após dois anos de
desentendimentos, enfim os empresários do segmento de energia solar e os
consumidores têm algo a celebrar, afinal, a Câmara dos Deputados aprovou o
texto do Projeto de Lei nº 5.829/2019. Agora, o documento, que introduz o novo
marco legal da geração de energia fotovoltaica descentralizada, precisa da
aprovação do Senado e, depois, da sanção do Executivo Nacional para ser colocado
em prática.
Contudo, essa primeira
conquista é de acentuado mérito, uma vez que preconiza um aumento de segurança
jurídica para os investidores nacionais e internacionais. E quanto mais
investimentos, mais produção, o que resulta no declínio de preço na conta de
energia para pessoas físicas e jurídicas e maior oferta de equipamentos
solares.
Com isso, a demanda
nacional por módulos fotovoltaicos, que atingiu a marca de 4,88 GW no primeiro
semestre de 2021, superando o volume do ano todo de 2020, deve aumentar ainda
mais. A informação é do “Estudo Estratégico – Geração Distribuída: Mercado
Fotovoltaico”, da Greener, que trabalha com informações para guiar a transição
energética no Brasil.
O financiamento
bancário deve auxiliar nesta fase de expansão, já que está presente em 54% das
vendas de sistemas fotovoltaicos realizadas em 2021, com empresas de micro e
pequeno porte liderando o uso desse tipo de sistema. Na pesquisa, mais de 74%
das instalações comerciais foram direcionadas para a categoria. A Entec Solar,
empresa de Curitiba que desenvolve tecnologia para energia fotovoltaica,
confirma o percentual e diz que 85% de suas vendas são realizadas através de
parceria com os bancos BV, Santander e Losango, bem como com as cooperativas
ViaCred, Sicred e Coop Fácil.
“Oferecemos a
possibilidade de financiamento porque sabemos que o investimento necessário
para a instalação de um sistema de energia fotovoltaica, tanto na casa quanto
na empresa do interessado, é relativamente alto. No entanto, o processo fica
bem mais acessível quando há um incentivo, em que as pessoas podem pagar por
esse investimento aos poucos, com parcelas adequadas para cada tipo de bolso e
situação”, diz Jessé Jaelson da Silva, sócio e diretor da Entec Solar.
No crédito ofertado
pela Entec Solar, há cobertura de 100% do projeto, com até 96 meses para quitar
todo o crédito. “Sim, dá para financiar tudo”, ressalva Silva. E a melhor
notícia é que a primeira parcela do pagamento pode ser paga em até 120 meses
depois da liberação do recurso: “Ou seja: nessa data, a instalação já foi feita
e o cliente já economizou em quatro contas de energia elétrica convencional.”
A perspectiva, segundo
ele, é que as linhas de financiamento cresçam ainda mais, porque, no fim de
agosto, entrará em vigor a terceira fase do open banking, que vai trazer uma
verdadeira revolução em termos de facilidade aos usuários a partir da
possibilidade de compartilhamento de informações bancárias dos correntistas com
outras instituições. “Na terceira etapa, que tem previsão para entrar em vigor
no dia 30 deste mês, os clientes poderão compartilhar o histórico de
informações financeiras e autorizar instituições a iniciarem pagamentos em seu
nome. No estágio final, previsto para dezembro, será possível a repartição de
outros dados, como informações relacionadas a operações de câmbio,
investimentos, seguros e previdência. Sem dúvida, nossos clientes terão muito
mais liberdade para contratar os serviços financeiros que precisarem, deixando
de ser ‘reféns’ das instituições financeiras que retêm o histórico de
transações e informações importantes sobre a vida financeira de cada
indivíduo.”
Open banking significa
“sistema financeiro aberto” e permite que pessoas físicas e jurídicas
compartilhem informações pessoais de forma segura e ágil com diferentes
instituições financeiras para obter financiamento, crédito e outros produtos e
serviços a preços mais competitivos.
“Sem dúvida, o aumento
das ofertas de crédito para a compra de sistemas fotovoltaicos vai ajudar a
desburocratizar o uso da energia solar, tanto para residências quanto para
empresas”, comemora Silva, finalizando que, “como o sistema de energia solar
tem capacidade para durar 25 anos ou mais, além de todo retorno do ponto de
vista econômico, outro destaque é a valorização do imóvel que, por si só, terá
seu preço de mercado ampliado.”
Saiba mais no Estudo
Estratégico de Geração Distribuída 2021 | Mercado Fotovoltaico 1º semestre
(greener.com.br)
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