No Rio, projeto de lei quer proibir a cobrança de sacolas biodegradáveis e de papel em supermercados e estabelecimentos comerciais
Autoria do projeto é do vereador Marcio Ribeiro, do Avante
RIO DE JANEIRO,
SETEMBRO DE 2021 - Um projeto de lei que tramita na Câmara
Municipal dos Vereadores do Rio promete mexer com o bolso dos consumidores. O
texto propõe proibir a cobrança de sacolas biodegradáveis, de papel ou de
qualquer outro material que não polua o meio ambiente para embalagem e
transporte de itens adquiridos no município do Rio. Segundo o texto, o custo de
distribuição das sacolas não seria mais do cliente, mas dos estabelecimentos.
Assim, supermercados não poderiam mais vendê-las a consumidores do varejo.
— É inegavel que os
consumidores precisam das sacolas para transportar suas compras. O justo é que
os estabelecimentos comerciais não repassem esse custo das sacolas
biodegradáveis para os clientes, tendo em vista que eles já pagam impostos em
todos os produtos, e com preços cada vez mais altos, ainda têm que pagar pela
embalagem? — indaga o vereador Marcio Ribeiro (Avante), que protocolou o
projeto na Casa.
O projeto aguarda votação. Caso seja aprovado pelos
parlamentares e depois sancionado pelo prefeito Eduardo Paes, o estabelecimento
que não se adequar às regras após ser advertido poderá ser multado em R$ 5 mil.
Em caso de reincidência do descumprimento, a penalidade será maior, com multa
de R$ 10 mil, podendo ser aumentada em cinco vezes.
A dona de casa Andréa
Alves, de 52 anos, torce pela aprovação.
— Eu cotumo ir ao
mercado pelo menos uma vez por semana. E nem sempre consigo ir de casa, às
vezes vou na saída do trabalho, por exemplo, e não consigo levar as sacolas de
casa. A cada vez, são de 15 a 20 sacolas. No fim das contas acaba se tornando
um valor considerável. Faz diferença do bolso do trabalhador — relata a dona de
casa.
Em nota, a Associação
de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) mostra preocupação com o projeto. O grupo lembra que
vem trabalhando para a mudança de cultura da população e reforçando a
necessidade de sempre se utilizar as suas próprias bolsas retornáveis.
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