Prefeituras devem se proteger contra aumento de ataques hackers
Tema foi tratado nesta quinta-feira (16) por especialista em cibersegurança no RCD Cidades, o programa de entrevistas da Rede Cidade Digital (RCD)
Com a
facilidade e o aumento de ataques hackers, Prefeituras e empresas precisam
reforçar as medidas de proteção de sistemas e dados. Foi o que alertou o
Engenheiro especialista em Cibersegurança, Eduardo Dalpiaz, em entrevista ao
RCD Cidades desta quinta-feira (16).
Gestores de
quase 70 Prefeituras acompanharam o programa de entrevistas da Rede Cidade
Digital (RCD), conduzido pelo diretor José Marinho. “O tema é importante e
reforça a necessidade de setores estruturados de Tecnologia da Informação nas
cidades”, ressalta Marinho.
O Brasil é o
país da América Latina mais afetado com ciberataques, problema que se agravou
durante a pandemia do coronavírus. Uma pesquisa realizada pela Agência EY
(publicada em reportagem no portal Uol), mostra que o número de ataques
cibernéticos contra empresas cresceu 300% em todo mundo durante o período.
Outro levantamento divulgado pela CNN revela que o Brasil é o quarto país que
mais tem senhas de órgãos públicos vazadas. “Isso é devido à maturidade de
segurança baixa. Muitas Prefeituras estão engatinhando na maturidade de
política de segurança da informação”, observa o especialista em cibersegurança.
Os problemas
vão desde a indisponibilização dos serviços, roubos de dados e recursos.
“Existem ataques que podem ter como fim o roubo de informações, alteração de
dados como, por exemplo, valor de IPTU ou excluir multas, ou como aconteceu em
um município de Santa Catarina, onde eles conseguiram roubar diretamente R$2
milhões”, exemplifica.
Para as
Prefeituras menores que não contam com setores de TI estruturados, Dalpiaz
ressalta que é preciso ter empresas parceiras para auxiliar.
As políticas
de segurança, acrescenta o engenheiro, também devem ser aplicadas a servidores
em home Office, redes de wi-fi gratuitas e sistemas disponibilizados ao cidadão
no formato digital. “Outro ponto sensível é que a Prefeitura tem uma rede
distribuída, o paço municipal e uma série de pontos mais vulneráveis como
escolas e UPAS”, cita.
“A nossa
preocupação é no descompasso de investimentos que são realizados com
digitalização de serviços versus o quanto é investido em segurança desses
sistemas”, completa o especialista, acrescentando que 90% da entrada de vírus e
outros malwares acontecem via e-mails, o que reforça a necessidade de
treinamento de todos os usuários da administração municipal.
Eduardo
Dalpiaz tirou dúvidas ao vivo do público que acompanhou o RCD Cidades desta
quinta.
Confira
a entrevista na íntegra:
Nenhum comentário