50º Aniversário do e-mail: da criação às ações de marketing
*Por Cecilia Belele
Há 50 anos nascia o e-mail, que ao longo
do tempo se consolidou como uma das formas de comunicação mais eficientes e
utilizadas no mundo. Entre 1960 e 1970, a necessidade de estabelecer uma
comunicação segura entre bases militares deu origem ao correio eletrônico. De
lá para cá, as mensagens evoluíram, se diversificaram e ganharam novas
aplicações. Atualmente, mais de 10 bilhões de e-mails são enviados a cada hora
em todo o planeta por mais de 4 bilhões de usuários.
Uma grande parcela dos e-mails é trocada
em ambientes corporativos. Fora do trabalho, o e-mail marketing ocupa boa parte
das mensagens nas caixas de entrada. Ainda que nesse meio século outros canais
de comunicação tenham surgido, as mensagens eletrônicas pavimentaram o caminho
para que a internet tenha se tornado a grande ferramenta de marketing que é
atualmente.
Nas empresas, o e-mail foi um divisor de
águas que revolucionou e acelerou a comunicação. Contatar fornecedores e
clientes é bastante simples e rápido hoje em dia, graças à troca de mensagens
entre usuários iniciada em 1971 pelo engenheiro Ray Tomlinson.
Para os departamentos de marketing, a
mudança veio em 1978, quando o gerente de Marketing da Digital Equipment Corp,
Gary Thuerk, enviou uma mensagem em massa para promover um novo computador, o
que rendeu uma bronca do seu superior no Pentágono por “flagrante violação da
rede”, porém este e-mail também rendeu mais de US$ 13 milhões em vendas. Nascia
aí um novo canal de vendas com potencial de alcançar grandes audiências.
O ponto de virada, porém, viria quase
duas décadas depois, nos anos 1990, com a utilização do HTML, que permitia o
uso de diferentes fontes, cores e imagens, além do acesso gratuito a um serviço
de e-mail web-based para o público geral. Com a popularização, campanhas
personalizadas de e-mail marketing passaram a ser possíveis e transformaram o
e-mail em um importante meio de engajamento para as marcas, com formatos
dinâmicos e interativos, como as páginas AMP, que permitem ao usuário acessar
conteúdos dentro da caixa de entrada, imagens e outros itens de personalização
que aumentam a confiança, a relevância e, consequentemente, se convertem em
resultados para as campanhas.
As empresas podem e devem se beneficiar
dos dados gerados a partir dessas ativações via e-mail: esta ferramenta simples
de comunicação se converteu em um gerador de informações, entregues pelo
próprio consumidor, a respeito de suas preferências, seus hábitos e interesses.
No entanto, desde o primeiro e-mail
enviado com o propósito de obter tais informações sobre os consumidores, em
2001, a preocupação com a relevância das mensagens e, em consequência, com a
reputação do remetente passou a ter prioridade para os departamentos de
marketing. Isso porque se destacar nas caixas de entrada é um pré-requisito,
mas ainda mais importante é manter o interesse e as interações positivas dos
clientes.
O e-mail se consolidou como uma das
principais e mais sólidas ferramentas de marketing nessas cinco décadas de
história, além de grande aliado da maioria das empresas e, mesmo concorrendo
com outros canais de marketing, nunca foi tão utilizado. A tecnologia evolui a
cada dia para torná-lo cada vez mais eficiente para remetentes e destinatários.
Cabe às empresas seguir explorando seu potencial para proporcionar boas
experiências, entregar valor aos clientes e gerar resultados.
*Cecilia Belele é
vice-presidente de Vendas da Validity
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