A importância da empatia na liderança
Por Mariana de Brito Barbosa*
Em meio a um cenário de
pandemia e diferentes crises associadas, competências de inteligência emocional
e social ganharam destaque como meios de superar os desafios com equilíbrio e
assertividade.
Dentre todas, a empatia, sem dúvida, foi carro-chefe (para utilizar um termo bem
corporativo). Esteve no rol de palavras mais pesquisadas nos sites de busca no
ano de 2020, mais utilizada e comentada em noticiários e redes sociais e tida
como diferencial para o gerenciamento das mais diversas situações e funções,
dentre elas a de liderança.
Sinônimo de afeição,
identificação, compreensão e “do saber se colocar no lugar do outro”, a empatia
é um exercício de afetividade
e conexão. Mas, justamente por ser
considerada uma habilidade atrelada à sensibilidade ou à suavidade do fazer,
tende a ser desconsiderada no ambiente empresarial. O que soa extremamente
contraditório, pois sendo o ato de liderar, antes de tudo, se relacionar, o
exercício da empatia deveria ser compreendido como uma habilidade cognitiva
essencial de comunicação, pois permite ouvir e entender de forma mais clara e
coerente as pessoas e suas leituras contextuais, bem como de aprimoramento para
geração de vínculos, o que, por sua vez, favorece mudanças nos ambientes organizacionais
e na qualidade de vida dos colaboradores.
Ao utilizar a empatia, o
líder demonstra interesse e apreço com as pessoas, mas ao mesmo tempo
desenvolve seu autoconhecimento, pois amplia sua própria visão de mundo
buscando assimilar e compreender como as pessoas à sua volta se sentem ou
pensam diante de uma dada situação, que pode ser bem diferente da sua percepção
inicial. Este exercício, se cotidiano, abre caminho para a construção de
relacionamentos produtivos, pois tal capacidade estimula a criação de conexões
humanas confiáveis, a abertura para o diálogo e feedback, aumentando as chances
de sucesso e qualidade do trabalho.
Com empatia, podemos
desenvolver relacionamentos mais sólidos, seguros e que favorecem o
engajamento, a transparência e a motivação. E, se focar/atingir resultados é o
grande objetivo do líder, não devemos esquecer que, em todos os níveis, a
gestão é, antes de tudo, de pessoas e são elas que buscarão soluções, meios e
alternativas para este fim.
Isto posto, é mais que essencial
que os líderes voltem seus interesses aos indivíduos, importem-se pessoalmente
com seus liderados, reservem tempo para perceber as especificidades de cada um,
humanizem seu estilo de liderança, invistam na proximidade e transversalidade
para criação de um ambiente saudável, com sensação de pertença e colaborativo
que, como efeito, tornar-se-á favorável à obtenção de resultados positivos e
esperados.
Afinal, conforme bem afirmou
a executiva americana Kim Scott, autora do livro “Empatia Assertiva: como ser
um líder incisivo sem perder a humanidade”, uma liderança de sucesso é mais
sobre relacionamentos do que sobre poder, mais sobre diálogo do que controle,
mais sobre escuta ativa e entendimento do que dizer o que fazer.
Liderança é cultivo diário
de competências sociais e emocionais, dentre elas, a empatia, que ao ser
aprendida precisa se tornar hábito e, sendo hábito, tornar-se exemplo, quiçá,
inspiração, o que moverá pessoas.
*Mariana
de Brito Barbosa, Reitora do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê).
Sobre o Unipê – Fundado em 1971, o Centro Universitário de João Pessoa – Unipê possui conceito 5 pelo MEC, conforme avaliação in loco de recredenciamento presencial e credenciamento EAD, sendo a única instituição privada do estado a conquistar este feito, solidificando-se entre as melhores do país. O Unipê é reconhecido pela sua contribuição para o desenvolvimento da Educação no Brasil e na Paraíba, tendo um forte tripé de ensino, pesquisa e extensão em sua comunidade. A Instituição oferta cursos de graduação, presenciais e a distância, e pós-graduação (lato e stricto sensu) em diversas áreas do conhecimento. Integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, com mais de 350 mil alunos, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados, como Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Cidade de São Paulo – Unicid (São Paulo/SP), Universidade de Franca - Unifran (Franca/SP), Centro Universitário do Distrito Federal - UDF (Brasília/DF, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - Ceunsp (Itu e Salto/SP), Faculdade São Sebastião – FASS (São Sebastião/SP), Centro Universitário Módulo (Caraguatatuba/SP), Centro Universitário Cesuca (Cachoeirinha/RS), Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG (Bento Gonçalves e Caxias do Sul/RS), Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (João Pessoa/PB), Centro Universitário Braz Cubas (Mogi das Cruzes/SP) e Universidade Positivo (Curitiba, Londrina e Ponta Grossa /PR), além de colégios de educação básica e ensino técnico. Visite: www.unipe.edu.br e conheça o Nosso Jeito de Ensinar.
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