Como montar uma carteira de investimentos diversificada?
Por Diogo Santos, especialista sobre o mercado financeiro
Sempre que falamos em investimentos, é
fundamental saber que os produtos e sugestões feitas por profissional
qualificado, no caso o assessor de investimentos, não são estáticas, portanto,
variam no decorrer do tempo. Além disso, dependem de inúmeras variáveis como o
cenário político, econômico, geopolítico, entre outros.
No longo prazo, a diversificação é o
fator predominante para o sucesso de uma carteira de investimentos. O segredo
está em aplicar entre vários tipos de produtos, setores de atuação, mercados e
moedas, por exemplo. Desta forma, a carteira estará equilibrada e os
investimentos mais protegidos.
Para um portfólio saudável, é recomendado
possuir sete tipos de investimentos:
- Pós-fixados;
- Prefixados;
- Inflação;
- Multimercado;
- Renda Variável;
- Alternativos;
- Internacional.
Existe a possibilidade de investir
diretamente em produtos isolados, no caso dos pós-fixados pode ser em um CDB
atrelado ao CDI, por exemplo. Outra opção é aplicar o dinheiro em outro CDB com
taxa pré-estabelecida. Na inflação o investidor pode comprar títulos públicos
como as NTN-Bs, ou seja, o Tesouro IPCA. Outra alternativa é o investimento em
ações diversificando entre empresas e também em setores de atuação.
Conforme explicado acima, essa é uma
maneira de investir em produtos de forma individualizada, ela exige uma maior
dedicação e conhecimento das características de cada um deles.
Para aqueles que possuem menos
conhecimento ou tempo para se dedicar aos estudos, é possível diversificar em
fundos de investimentos. Por meio deles pode-se escolher o tipo de exposição
como: referenciado DI, multimercado e ações etc. Neste caso o investidor vai
delegar a administração destes recursos a um profissional qualificado, chamado
gestor.
Resumindo, com essas dicas não é
suficiente pensar apenas na quantidade de investimentos na carteira, mas também
em quais tipos de investimentos. Pois, às vezes, investir em um único fundo já
significa diversificar e ter uma parcela de investimentos internacionais ou
inflação, por exemplo.
Quando falamos sobre rentabilidade, é
possível medir de forma ponderada a evolução de cada produto investido. Na XP,
por exemplo, não é preciso se preocupar com isso, pois a própria corretora faz
esse cálculo, inclusive, produz um gráfico para facilitar o acompanhamento da
carteira do investidor.
Por que as pessoas “correm” da renda
variável?
Esse tipo de investimento, de fato, não
é para conservadores. Muitas vezes, as pessoas se identificam como
conservadoras e acabam ficando de fora da bolsa. Porém, com conhecimento
adequado é possível chegar a um cenário confortável investindo pequenas
quantias na B3. Assim, esses investidores acabam descobrindo que não são tão
“conservadores” quanto imaginavam. Claro que isso não é uma regra, mas em
geral, o investimento ideal é aquele que te faz dormir bem, por isso, é
recomendado tomar risco daquilo que você entende e se sente confortável.
*Diogo Santos é assessor de
investimentos da iHUB, escritório credenciado à XP.
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