Jaguar Mining prepara fechamento da barragem Turmalina, em Conceição do Pará
Fechamento da barragem tem como objetivos aumentar a segurança operacional e promover a reintegração ambiental da área
A Jaguar Mining, empresa brasileira de
mineração com foco na exploração de ouro, deu início ao processo de fechamento
de mais uma barragem. Localizada na Unidade MTL, em Conceição do Pará, Minas
Gerais, a barragem Turmalina, que já não recebe rejeitos desde 27 de setembro,
está sendo preparada para término da impermeabilização do reservatório com
geomembrana. Na primeira etapa do projeto, a ser concluída em dezembro de 2021,
foram investidos cerca de R$ 20 milhões. As demais fases estão previstas para
2022 e 2023. De acordo com Sérgio Gonçalves Carnielle, engenheiro da Jaguar, o
fechamento da barragem Turmalina vai aumentar a segurança operacional e
promover a reintegração ambiental da área. “Apesar da comprovada segurança de
todas estruturas, que são monitoradas e devidamente certificadas, a Jaguar
planeja não utilizar barragens no longo prazo”, pontua.
O engenheiro explica que primeira etapa
envolve o envelopamento da barragem e a construção de dispositivos de drenagem
para viabilizar a estabilização física da estrutura e a condução do escoamento
das águas de chuva na região do reservatório, o que permitirá que a estrutura
não acumule água. As fases posteriores contemplam a adequação do canal de
cintura, construção de camada de aterro para implantação de cobertura vegetal,
canal central de drenagem e regularização da crista da barragem. “A estrutura
segue sendo inspecionada por empresa especializada, atendendo a rotina legal”,
destaca Carnielle. O trabalho envolve as áreas de Engenharia, Suprimentos e
Planta Metalúrgica.
Como escopo do projeto de fechamento da
barragem Turmalina, foi feito o serviço de escavação e transporte de material
para reativação da câmara de emergência em MTL. Ela passará a absorver e
armazenar o excedente de água da Planta Metalúrgica, que será bombeada através
de 1,2 km de tubulação para tratamento industrial, retornando ao Rio Pará
dentro dos padrões legais. A obra de reativação da câmara, com duração de três
meses, contou com escavação de cerca de 32 mil metros cúbicos, foram
utilizados 7,8 mil m² de geomembrana e geotêxtil para impermeabilização. A
capacidade da câmara é de 25 mil m³.
Sobre o projeto
Do ponto de vista da concepção do
projeto, Renato Santos, engenheiro de projetos da Jaguar, explica que por se
tratar de uma obra sobre rejeitos depositados, foi proposto, inicialmente, um
aterro experimental instrumentado para avaliar o comportamento do rejeito sob
aplicação de carga, tendo sido possível observar que a maior dissipação da
poropressão (pressão de água) ocorreria ao longo da construção do aterro,
trazendo maior segurança futura para a obra.
Para construção do aterro de fechamento
da obra estão previstos cerca de 200.000 m³ de estéril e cake (rejeito
filtrado) provenientes da pilha de estéril localizada em Turmalina, o que
contribui também para o aumento da vida útil da pilha. Acima do aterro será
construída uma camada de areia para conduzir eventuais fluxos de água para
poços de captação. A impermeabilização do reservatório se dará com a instalação
de 140.000 m² de geomembrana soldada a ao mesmo material que impermeabiliza o
fundo da barragem, fazendo com que todo rejeito fique isolado do meio ambiente
de maneira permanente. Acima da geomembrana será construída a camada de solo
para crescimento de vegetação e canais de condução de água. Além disso, para
monitoramento da estrutura são previstos medidores de nível d’água,
piezômetros, e marcos superficiais.
Barragem Moita
Localizada em Caeté, Minas Gerais, a
barragem Moita também se encontra em processo de fechamento, que será
concomitante à disposição de rejeito filtrado na estrutura. A previsão para
fechamento completo da barragem é 2025.
Sobre a Jaguar Mining
A Jaguar Mining é uma empresa
brasileira de mineração, de capital estrangeiro, com foco na exploração de ouro
na região do Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais) e no desenvolvimento
sustentável local. Suas unidades incluem o Complexo MTL, em Conceição do Pará,
e o Complexo CCA, que contempla a mina Pilar, em Santa Bárbara, e a planta de
processamento de minério, em Caeté. A Jaguar Mining também é
proprietária do Complexo Paciência, em Itabirito, que se encontra em cuidados e
manutenção desde 2012.
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