Marketplaces são alternativa para os pequenos negócios
Escalabilidade, preço e prazo estão levando varejistas para as grandes plataformas digitais. "É impossível concorrer", afirma especialista
Lucas Dantas Gueiros |
Não é novidade que a pandemia acelerou
algumas mudanças no comportamento do mercado. Entre elas, está o aumento
expressivo das vendas on-line.
Somente no Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio
Eletrônico (ABComm), em 2020, 150 mil lojas começaram a comercializar produtos
e serviços pela internet, ultrapassando 301 milhões de negócios fechados. Esses
números apontam que, com as restrições impostas pela Covid-19, os pequenos e médios
empreendedores precisaram se adaptar para sobreviver. Alguns negócios,
inclusive, passaram a existir exclusivamente nas plataformas digitais.
Reduzir preços e prazos sem perder
qualidade é um desafio para os pequenos e médios empreendedores. Isso porque, à
medida que o e-commerce
cresce, as demandas aumentam. Sem contar que, cada vez mais, o consumidor
deseja uma experiência personalizada. Segundo Antonio Wrobleski, presidente do
Conselho de Administração da Pathfind, a saída para a maior parte dos pequenos
varejistas foi se juntar às grandes empresas. “Acessar, aderir e vender nos marketplaces é muito fácil e
essa foi a maneira que o varejo encontrou para se manter no mercado”, avalia.
Ainda segundo ele, os grandes varejistas
adotam sistemas de escalabilidade impossíveis de serem adotados sem que sejam
feitos grandes investimentos em logística: “Os pequenos negócios não conseguem
digitalizar todo o processo porque eles simplesmente não têm dinheiro para
isso”, avalia. Um exemplo é a parceria fechada recentemente entre a Gol Linhas
Aéreas e a Uber, cujo objetivo é conectar todas as regiões do Brasil sem que o
consumidor precise sair de casa para enviar ou receber uma encomenda. “Não se
aceita mais, por exemplo, oferecer dois dias de entrega da capital para o
interior. O cliente quer receber a compra em um dia. Os grandes buscaram escala
e por isso conseguem fazer dessa forma e oferecer aos pequenos”, afirma
Wrobleski.
O profissional afirma ainda que, graças
à grande concorrência existente na internet, os pequenos e médios empresários
tiveram que mudar seu mindset
para vender: “A pandemia forçou o comerciante a adotar uma postura mais ativa,
sair de trás do balcão e encontrar maneiras diferentes de realizar suas vendas.
Os grandes marketplaces
oferecem escalabilidade, preço e prazo. É impossível concorrer com isso e,
então, o jeito foi se juntar a eles. Hoje, se você não tem acesso à tecnologia,
você não tem acesso a nada”.
Sobre Antonio Wrobleski
Antonio Wrobleski é presidente do
Conselho de Administração da Pathfind. Engenheiro, com MBA na NYU (New York
University), também faz parte do Conselho da BBM Logística e e sócio da Awro
Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até
2008, em 2009 montou a AWRO Logistica e Participações, com foco em M&A e
consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor
Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande
no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de
importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu, há
13 anos, e pratica o esporte há 30 anos.
Sobre a Pathfind
A Pathfind é uma empresa brasileira de
software para a cadeia logística com especialização em ferramentas de
roteirização e otimização inteligente de distribuição de cargas. A demanda por
mais inteligência na distribuição de cargas com o aquecimento do e-commerce
impulsionou os negócios da Pathfind, que oferece tecnologia para otimização
dinâmica das rotas. Desde março, a carteira de clientes cresceu 40% acima do
esperado e a previsão de crescimento para 2020, feita em janeiro, dobrou.
Atualmente, a empresa atende a mais de 400 clientes, entre eles FedEx, DHL,
Votorantim Cimentos, Nestlé e Heineken.
Website: http://www.pathfind.com.br
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