Scale-ups de toda a América Latina com projetos sustentáveis são selecionadas para participar do Greentech América Latina
O evento GreenTech América Latina 2021
selecionou 20 scale-ups (pequenas empresas com potencial de crescimento) da
região que apresentaram soluções tecnológicas inovadoras, sustentáveis e
rentáveis para empresas. Além de prêmios, capacitação e mentorias, as scale-ups
terão oportunidades de negócios ampliadas durante o "Bootcamp" do
evento.
Empresas conectadas a soluções
sustentáveis com alto potencial de retorno financeiro. Esse é um dos objetivos
centrais do programa que ganha continuidade com a terceira edição do GreenTech América Latina. A
iniciativa selecionou 20 pequenas empresas com potencial de crescimento, as
chamadas scale-ups. Na grande maioria, são latino-americanas e responsáveis por
projetos de tecnologia sustentáveis escaláveis e ideais para a solução
estratégica de problemas de governos e corporações dos mais diversos
segmentos.
“Escolhemos as empresas pensando em
impacto sustentável,redução de poluição e emissão de gases de efeito estufa, e
potencial de crescimento, duas urgências que convivem sob a mesma atmosfera. A
tecnologia trouxe novas oportunidades para o contexto de responsabilidade
ambiental, possibilitando resolver problemas reais e as grande empresas e
governos aproveitar oportunidades rentáveis”, destacou Tiago Brasil Rocha,
fundador da Build from Scratch, uma das organizadoras do evento.
As propostas são eficazes para atender
as novas demandas ambientais do mercado e se encaixam nos cinco temas
escolhidos pela GreenTech este ano: Biotecnologia, Economia Azul, Energias
Renováveis, Finanças Verdes e Mercados de Carbono.
Selecionadas
As startups que conquistaram vaga no
fórum de Biotecnologia
são: a Biotecland (Brasil),
que possui patente e tem como objetivo solucionar a baixa eficiência na
adubação, degradação e desertificação de solo, combater pragas e doenças
e a baixa produtividade agrícola; a Glow
(Brasil) que possui patente e apresenta soluções para o setor
agroindustrial por meio da tecnologia de descarga ionizante, desde a germinação
de sementes até a manutenção da qualidade de frutos e folhas; a MDL Eco (Brasil), que
possui patente e propõe utilizar o resíduo da indústria do couro como matéria
prima para a produção de placas para confecção de móveis, painéis e divisórias.
Tal aproveitamento reduz a deposição dos resíduos da indústria coureira em
lugares impróprios ou aterros, que contaminam o solo; por fim, a Mush (Brasil), que
desenvolveu uma tecnologia que utiliza resíduos, em especial da produção de
alimentos e do agronegócio, como nutrientes para o crescimento de um fungo.
Esse fungo cresce no resíduo e atua como uma cola natural que agrega
partículas, formando um biocompósito capaz de substituir materiais de origem
não-renovável nas áreas de construção civil e acústica (p.ex.
poliestireno expandido, lã de vidro e lã de rocha), entre muitas outras
possibilidades.
No campo da Economia Azul estão a Bioart (Brasil), que
possui patente desenvolvida com a Universidade de Santa Catarina, produz
cosméticos com fórmulas e protetor solar orgânico que nāo agridem o oceano,
tratam e embelezam as pessoas sem ferir a pele; a Ensembletec (Brasil),
com patente e nova tecnologia de dessalinização da água do mar para obter água
e energia sem produzir resíduos, um processo 100% verde que resolve o problema
do abastecimento de água; a SDW
(Brasil), que desenvolveu o Aqualuz, um dispositivo que
potabiliza a água captada por cisternas utilizadas por famílias de baixa renda
em regiões áridas. O Aqualuz resolve o problema de contaminação microbiológica
da água, que causa doenças e mortes em crianças; a Surf Cleaner (Suécia),
que produz equipamentos para despoluir óleo e iodo, em segmentos como água,
mineração e portos; e a SWARM
(Colômbia), que apresenta uma solução tecnológica inteligente e
sustentável, com base em sensores de IoT (Internet of Things), para aumentar em
sete vezes a produção pesqueira, reduzir em 20% o consumo de energia e reduzir
em 50% a taxa de mortalidade de peixes.
No segmento Energias Renováveis foram
selecionadas: a Energy
Source (Brasil), que propõe resolver o problema global do
descarte inadequado das baterias de lítio, com o reuso e a reciclagem através
de uma plataforma de controle e monitoramento de baterias por assinatura; a FNM Elétricos+Óbvio (Brasil),
que deseja encerrar a poluição por diesel ao propor que se adote caminhões
elétricos na logística e comprova essa possibilidade com sua plataforma de TCO
positiva (TCO – custo total de propriedade, no caso de frotas, a soma de vários
valores como veículos, manutenções, combustível, softwares, entre
outros); a Soldomeiodia
(Brasil), que desenvolveu o produto Balaio de Guisar, um
fogão solar e fogāo sem fogo, com bateria de calor. Os aparelhos simples e
portáteis continuam a cozinhar alimentos - que foram levados a ferver pelos
métodos convencionais - por até 8 horas, sem o uso de eletricidade, gás, sol ou
outro combustível adicional; e a Suney
(Brasil), que oferece crédito para que famílias e empresas
possam adquirir sistemas de energia solar e reduzir os custos com as contas de
luz, considerando que grande parte da população não consegue gerar sua própria
energia em função do alto custo de investimento requerido.
No campo das Finanças Verdes se
destacaram: a Coletando
Soluções (Brasil), que criou um programa para capacitar pessoas
envolvidas com a reciclagem de resíduos a gerar renda para si e para a
comunidade onde vivem. O valor apurado em reciclagem é creditado em uma conta
digital do participante do programa. O crédito fica disponível para uso através
de cartão pré-pago, ativo para compras, pagamento de contas e saques, e assim,
o modelo promove a inclusão social através da bancarização; a Epioneers (Colombia),
startup que desenhou uma carteira climática que permite acumular outras
carteiras climáticas a cada transação; a Mandala
Energy (Brasil), que foca em instituições que realizam
trabalhos sociais e poderiam se valer de um sistema de energia solar
fotovoltaico, porém não dispõem de recursos financeiros para instalá-lo. Para
democratizar esse acesso à energia renovável, a scale-up propõe a tokenização
de ativos; e a Suyana
(Chile), que aproveita diferentes fontes de informação,
incluindo imagens de satélite, clima, fontes e pesquisas no campo e os combina
com modelos de aprendizado de máquina e ciência do clima para gerar
produtividade climática de alta resolução.
Finalmente, da temática Mercados de Carbono participam:
a Alvora (Brasil),
com tecnologia que permite quantificar e monitorar o carbono orgânico retido em
solo agrícola de uma forma totalmente remota e escalável, sem necessidade de
coleta local de amostras de solo. Assim, a empresa consegue certificar créditos
de carbono das propriedades rurais através de certificadora independente e
vendê-los no atacado às grandes empresas poluidoras; a AMAbank (Brasil), com
captação de recursos para a sustentabilidade ambiental na preservação da
floresta, e a Carbonx
(Brasil), que faz a tokenização de créditos de carbono em
plataforma de blockchain.
Programa de aceleração
Cada produto ou serviço desenhado pelos
empreendimentos emergentes será discutido, desenvolvido e os responsáveis
passarão por treinamentos para ampliar e dar musculatura à base de negócios,
antes do evento on-line de apresentação formal nos dias 22, 23 e 24 de
novembro, com votação e júri das melhores colocadas, seguindo os critérios
técnicos do programa.
Realizado pela Build From Scratch (BFS), em
parceria com a Green Innovation
Group A/S, a GreenTech América Latina 2021 escolheu projetos que possam
trazer impacto sustentável e econômico rápido para outras organizações,
negócios, investidores e corporações. As empresas captadas terão mentorias
preparatórias – “Bootcamp” com os patrocinadores do evento, na categoria
Bronze: Kearney, Heineken, ESG Risk Guard, Barn Investimentos, Mosimann Horn,
Green Bridge Films; na categoria Silver: Tozzini Freire Advogados; e a
patrocinadora Gold Ambipar.
As startups receberão ainda capacitações
em Inteligência Artificial com o Instituto Federal do Paraná e, em Captação de
Recursos Não Reembolsáveis, com a Value Weaver. Terão acesso, também, a uma
assinatura de um ano da Head Energia – escola de formação em energy tech. As
três melhores avaliadas, ao final do processo, ganham direito a um MBA completo
em Empreendedorismo e mais dois cursos de curta duração na Brain Business
School. Por fim, a multinacional americana Oracle concederá um pacote de US$ 3
mil em créditos a cada empresa, 70% de desconto nos serviços por dois anos e o
programa de conexões Oracle for Start ups para ajudar os participantes a
crescer.
Resumo do programa
- Treinamento preparatório para o
pitch (apresentação formal) da GreenTech;
- Mentorias preparatórias –
“Bootcamp” com os patrocinadores do evento;
- Capacitações em Inteligência
Artificial e Captação de Recursos Não Reembolsáveis
- Assinatura de um ano da Head
Energia;
- Para as três scale ups melhor
avaliadas: um MBA completo em Empreendedorismo e dois cursos de curta
duração na Brain Business School;
- Pacote de US$ 3 mil em créditos
da Oracle, 70% de desconto nos serviços por dois anos e o programa de
conexões Oracle for Startups para todas as selecionadas.
Sobre Tiago Brasil Rocha
Fundador e CEO da Build from Scratch e
GreenTech América Latina, Tiago Brasil Rocha é representante do Green
Innovation Group A/S para América Latina e membro do Conselho Fiscal Suplente
da Klabin S/A e do Banco do Brasil S/A.
Formado em Administração de Empresas
pela Universidade Mackenzie, Tiago fez pós-graduação em Economia de Negócios na
Universidade de São Paulo – USP, mestrado em Administração na Fundação Getúlio
Vargas – FGV e MBA Executivo na Universidade de Oxford, Inglaterra.
Sobre a Build From Scratch:
Organizadora do GreenTech América
Latina, a Build from Scratch propõe o investimento no desenvolvimento
sustentável, estrutura projetos, ideias e organiza negócios para receberem
investimentos e crescer. Tem como visão ajudar as empresas a tornarem suas
ideias e sonhos em um sucesso empresarial.
Acesse:
https://www.buildfromscratch.co/
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