Startup lança plataforma de contratação para mulheres em vulnerabilidade
{reprograma} aumenta a empregabilidade feminina na área tech
Silvia Rodrigues Follador é Gestora de Projetos
da {reprograma}
Divulgação
A área tech é conhecida pela alta
presença masculina, por essa “afirmação” surge a dúvida: Por que há tão poucas
mulheres no mercado de tecnologia? Para Silvia Rodrigues Follador, Gestora de
Projetos da {reprograma}, uma das razões está na falta de divulgação de nomes
tão importantes no desenvolvimento da informática e do conhecimento aplicado à
área de programação.
“Pouco se ouve falar sobre mulheres
importantes do setor tech, como Ada Lovelace, criadora do primeiro algoritmo
processado em uma máquina, ou Grace Murray Hopper, responsável pela criação da
Flow-Matic, que serviu de base para uma das linguagens de programação mais
populares em todo o mundo, a Common Business Oriented Language”, comenta
Follador.
Com o intuito de valorizar a presença
feminina no universo da tecnologia da informação e diminuir a lacuna de gênero
no setor, a {reprograma}, startup social paulistana, vai impactar com o projeto
Todas em Tech, 2,400 mulheres em situações de vulnerabilidade, além de formar
400 mulheres, preferencialmente, negras, trans e travestis em todo o
Brasil, em programação front-end e back-end, até o final de 2022.
Follador explica que entre os principais
feedback das alunas após a formação na {reprograma} é sobre uma nova visão
referente ao posicionamento feminino na área tech. “As participantes dizem que
a educação diferenciada na área de programação lhes permitiu não apenas a
obtenção de uma capacitação profissional, mas também a compreensão da
importância do protagonismo feminino”, comenta.
Para facilitar a conexão das formandas
ao mercado de trabalho, a startup social lançou a plataforma de contratação
{reprograma}. Além das empresas parceiras do projeto: Accenture, Creditas, Nu Invest,
Facebook, iFood e Nubank, empresas externas - aquelas que não
financiaram o projeto Todas em Tech-, podem ter acesso à plataforma.
Ao adquirir acesso, a empresa parceira
pode divulgar vagas exclusivas para as alunas recém-formadas da {reprograma} ,
além de realizar todo o processo de seleção, de ponta a ponta, na plataforma.
Na plataforma, por exemplo, é possível acompanhar o desempenho das alunas em
cada etapa do processo e se comunicar diretamente com elas.
“As empresas podem publicar a vaga como
aberta, no qual qualquer aluna inscrita na plataforma pode se candidatar, além
da possibilidade de publicar a vaga fechada e destiná-la apenas para um
grupo de programadoras pré-selecionadas pela área de recrutamento e seleção das
empresas”, explica Follador.
As empresas interessadas em ter o acesso
da plataforma de contratação da {reprograma} deverão entrar em contato através
do formulário: https://reprograma.typeform.com/to/aR9oYtnF
Como as mulheres podem se cadastrar na
plataforma?
O convite para participar da plataforma
de contratação é feito de duas maneiras, o primeiro é exclusivo: a aluna só
pode se candidatar por meio de um convite, já o segundo modo é aberto: qualquer
aluna cadastrada na plataforma pode se candidatar.
Na versão beta, que foi lançada em
agosto, o foco da empregabilidade foi para as alunas formadas no Todas em Tech
no primeiro semestre, com dois grandes componentes:
- Criação do perfil das alunas
que concluíram os primeiros dois cursos do Todas em Tech:
nesse perfil haverá as seguintes informações: formação, experiência
profissional, habilidades e competências, além da exibição do portfólio e
outros projetos que as alunas já desenvolveram ou estão em processo.
Até o momento, há 72 alunas cadastradas,
sendo que 80% são negras, 9% trans ou travestis. Além disso, 70% são do Norte e
Nordeste.
- Perfil das empresas:
informações com um breve descritivo, número de funcionários, site,
possibilidade de subir um vídeo e/ou apresentação institucional, além da
pessoa recrutadora - que será responsável por navegar na plataforma,
descrição da vaga e seu respectivo processo seletivo de ponta a ponta.
O segundo componente permite à empresa
executar o processo seletivo por meio da plataforma, ela pode listar todas as
etapas de seu processo seletivo, como triagem, teste técnico e entrevistas, e
por último realizar a comunicação com as alunas por meio da plataforma.
Para futuras versões da plataforma, há
expectativas de disponibilizar materiais de apoio como textos, e-books e
vídeos.
Sobre a {reprograma}
Fundada em 2016, pela peruana Mariel
Reyes Milk e suas sócias Carla de Bona e Fernanda Faria, a startup social
paulistana que ensina programação para mulheres, priorizando as negras e/ou
trans e travestis, por meio da educação, tem o objetivo diminuir a lacuna de
gêneros na área de T.I. A {reprograma} possui parceria com grandes empresas
como Accenture, Creditas, Facebook, iFood, entre outras. Mais informações no www.reprograma.com.br
Nenhum comentário