Startups de educação crescem 28% durante pandemia e lideram mercado de inovação
Buscando desburocratizar, empresas inovam em
serviços focados no aprendizado à distância para o ensino básico, superior,
técnico e em educação corporativa
São Paulo, Outubro de 2021 - Mesmo com o cenário de incertezas no
Brasil, o mercado de educação é um dos que mais cresce. O impacto na suspensão
das aulas presenciais ao longo desses dois últimos anos deixou evidente a
importância da tecnologia aplicada à área e impulsionou empresas a
desenvolverem ferramentas e metodologias com foco no aprendizado remoto, se
tornando a principal alternativa para o ensino.
De acordo com o levantamento realizado
pela Distrito, maior ecossistema de
transformação e inovação aberta do país, o Brasil registrou um aumento de 28%
no número de EdTechs, passando de 434 em 2019 para 559 em dezembro de 2020, que
estão distribuídas em ensinos específicos (22,4%), novas formas de ensino
(22,2%), plataformas para a educação (20%), ferramentas para instituições
(17,5%), foco no estudante (11,1%), conteúdo educativo (4,1%) e financiamento
do ensino (2,7%).
Além desse crescimento, segundo o Inside
Venture Capital Report, relatório do Distrito Dataminer, braço de inteligência
da Distrito, elas chegaram a levantar US$525 milhões neste ano e a
tendência é só aumentar. Grande parte dessas startups estão no Sudeste, que
detém uma fatia de 58,7% das Edtechs, seguido pelo Sul, com 20,7%, e o
Nordeste, com 10,4%. Já o Centro-Oeste do país representa 8% e o Norte, 2,3% de
empresas do segmento, aponta o mapeamento realizado pela Associação Brasileira
de Startups (Abstartups) sobre as tecnologias educacionais brasileiras. Dentre
os Estados, São Paulo é quem domina o cenário nacional com 37,5% das empresas
educacionais. Rio de Janeiro e Minas Gerais aparecem na sequência, com 9,7% e
9,5%, respectivamente.
Educação digital
Os ensinos específicos e novas formas de
ensino são o foco de boa parte das startups de educação no Brasil e têm se
tornado porta de entrada para o surgimento de novas iniciativas e chegada de
outras Edtechs. É o caso da BYJU’S
FutureSchool, edtech mais valiosa do mundo, que, aqui no Brasil, oferece
aulas de programação com uma metodologia desenvolvida especialmente para
crianças e adolescentes dos 6 aos 15 anos, que possibilita que elas desenvolvam
habilidades como raciocínio lógico e concentração, que serão imprescindíveis no
futuro.
A startup criada na Índia está
expandindo sua presença para países como Estados Unidos, México,
Indonésia, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, além do Brasil. Por
aqui, a BYJU’S FutureSchool foi lançada em julho e já conta com mais de 4
mil alunos, em todo território nacional, cerca de 480 professoras parceiras e
já realizou mais de 40 mil horas/aulas. “Há um grande leque ainda para ser
explorado dentro desse segmento. A nossa missão vai muito além de uma formação
técnica, o que nos motiva é estimular a criatividade, o raciocínio
lógico, o pensamento crítico - habilidades que serão fundamentais para
que esses jovens possam lidar com os desafios do presente e do futuro”,
comenta Fernando Prado, Country Manager da BYJU’S.
Foco na carreira
Com o aumento da demanda de
profissionais em Tecnologia da Informação (TI), movimento impulsionado pela
pandemia, a escola digital Awari observou
uma maior procura no número de brasileiros interessados em fazer carreira no
setor. Desde sua fundação, em 2018, a edtech capacitou cerca de 700 alunos e
conta com mais de 100 profissionais experientes. Nos últimos meses, a companhia
recebeu investimentos anjo que, somados, contabilizam R$ 2 milhões.
Segundo o CEO da Awari, Fábio Muniz, a
startup oferece aos alunos a possibilidade de cursos remotos e acompanhamento
personalizado de mentores até a entrada no mercado de trabalho. E, para
amenizar o impacto da falta de mão de obra em TI, a empresa investiu R$ 2
milhões em um programa de bolsas de estudo para alunos de baixa renda. As vagas
são para os cursos de Data Science, UX/UI Design, Web Development e Product
Management.
“Eu sei a importância que a educação faz
na vida das pessoas, por isso, o programa de bolsas visa promover a diversidade
e inclusão no mercado de tecnologia. Criamos um formato exclusivo com muito
aprendizado na prática para que nossos alunos possam ingressar na área já
preparados para os desafios mais comuns de suas futuras profissões”, afirma
Muniz. Os interessados podem se inscrever no link: https://awari.com.br/programa-de-bolsas-integrais-da-awari/.
Muito mais do que proporcionar um ensino alternativo e inovação para as escolas, as EdTechs têm um papel fundamental a desempenhar, oferecendo aprendizado de alta qualidade mais acessível e inclusivo por meio de soluções que são capazes de melhorar a gestão e o desenvolvimento educacional dos estudantes. Elas estão revolucionando o mercado no país e são a base para a Educação 4.0, fazendo com que menos alunos fiquem para trás e mais educadores migrem para o universo digital com o auxílio de tecnologias que visam transformar o aprendizado.
Nenhum comentário