E o ESG como vai?
Por Jéssica Costa e Priscila Saad, da AGR
Consultores
Jéssica Costa – Sócia e Head de projetos de
eficiência operacional Priscila Saad, Consultora em Supply Chain da AGR
Consultores
Temos abordado recentemente em nossos
artigos temas relacionados à Eficiência, Transformação Digital, Anywhere Channel, entre
outros. Muito focados na revisão de modelos operacionais e de negócios, com o
objetivo de contribuir na reflexão e apoio a gestores de empresas de quaisquer
portes, nossos conteúdos compartilharam insights de como “colocar a mão na
massa” e sairmos melhores e maiores deste contexto crítico sem precedentes na
história recente.
É claro que a rentabilidade e a
lucratividade em nossas operações é pauta vital e de sobrevivência, sem a qual
não temos agenda disponível para trilharmos outros desafios não menos
importantes. É com este intuito que abordamos no nosso Papo Jedi desta semana
o ESG – Environmental, Social and Governance.
E o seu? Como vai?
Basta observar os movimentos nas mídias
sociais, nos jornais impressos, nos webinares e
demais meios de comunicação, para entendermos que os temas estão indo além dos
temas tradicionais. O farol anda se voltando com força para as práticas de
sustentabilidade e suas derivadas. Muito além do viés ambiental, debatemos a
sustentabilidade do negócio de forma mais ampla. Destacam-se aqui as práticas
de ESG e as Empresas B (B
Companies) que fortalecem os compromissos de longo prazo com
fornecedores, clientes e demais elos da cadeia. O sucesso das empresas será
medido pelo impacto que causam em pessoas, na natureza e na sociedade.
O intenso destaque à importância das
melhores práticas relacionadas ao meio-ambiente, às ações sociais e à
governança tem aumentado progressivamente. Clientes e consumidores,
independentemente em que pedaço da cadeia de consumo ele se encontra, estão
valorizando com maior intensidade e se conscientizando sobre as posturas e
ações empresariais e de seus representantes. Desta forma, o espaço para atuação
das empresas que miram tão somente a sustentabilidade financeira de seu negócio
está ficando diminuto.
O conceito de Sustentabilidade não é
novo. Suas discussões tiveram início em 1972, em uma Conferência das Nações
Unidas sobre meio ambiente. Desde então, este tema só vem ganhando maior
abrangência e mais força não somente nos órgãos regulamentadores, mas também no
mercado financeiro. Prova disso é que temos, inclusive, índices específicos nas
Bolsas de Valores, critérios para aprovação de crédito no mercado, que prezam
por estes aspectos.
As práticas de ESG contam com ações voltadas
para o meio ambiente, sustentabilidade econômico-financeira, responsabilidade
social e governança corporativa, esta última, baseada, e não somente, na lei da
FCPA – Foreign Corrupt
Practices Act, estabelecida nos anos 70, mas que explodiu nos anos
2000 com escândalos midiáticos de empresas multinacionais renomadas.
E onde toda essa história começa nas
organizações? Pelo assertivo e profundo mapeamento e conhecimento dos
processos, identificação franca de nossas fragilidades e oportunidades
internas, construção e apropriação da matriz de riscos e o estabelecimento de
estratégias e planos de ação de curtíssimo a longo prazo, garantindo a melhoria
contínua.
O que queremos ressaltar hoje é que, mesmo para temas de alta complexidade e abrangência como o ESG, tudo começa no básico, em olhar para dentro de nossas organizações, de forma honesta e transparente, desafiando o próprio modelo, o mindset e times. Sonhar alto e traçar um caminho orientado para o cumprimento destes objetivos é responsabilidade de todos nós. Acreditamos que melhor que crescer, é crescer de forma sustentável, ética, pensando e agindo para o coletivo.
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