Esqueça os grandes varejistas! A Black Friday 2021 vai ser dos pequenos e nas redes sociais
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Maurecy Moura é especialista em vendas e marketing digital, professor e criador
do método Venda no Instagram
Nos últimos anos, a popularização
dos comércios eletrônicos provocou uma verdadeira revolução digital na Black
Friday. Graças a essas ferramentas poderosas, as pessoas mudaram o
comportamento e passaram a comprar muito mais pela internet em vez de se
deslocar para as lojas físicas. Esta tendência se intensificou com a pandemia –
afinal, quem não costumava comprar por meios digitais, viu-se obrigado a
fazê-lo.
Se a Black Friday, em seu nascimento,
tinha o intuito de limpar os estoques das lojas e abrir espaço para novos
produtos nas festividades do final do ano, hoje a história é outra: os meios de
produção foram impactados pela crise, o estoque já não é abarrotado como antes.
Para os grandes varejistas, há um pessimismo sobre os resultados das promoções
de novembro, pois a situação econômica aliada aos juros altos e à inflação nada
favorável não devem permitir grandes descontos.
Como especialista em vendas por
plataformas digitais, posso dizer que esta é uma oportunidade de ouro para os
pequenos e médios empreendedores que vendem pelas redes sociais. A falta de
grandes ofertas nas lojas tradicionais abre espaço para movimentar outros tipos
de negócio, como a venda de produtos e serviços por meios nada convencionais.
É muito mais comum encontrarmos cursos,
comida e artefatos produzidos de forma manual e exclusiva nas plataformas.
Transmissões que vendem roupas e acessórios ao vivo, chamadas de “live shop”,
também já são realidade, e devem ganhar ainda mais destaque durante os dias de
descontos da Black Friday brasileira. Não por acaso, os cursos que ensinam técnicas
de vendas pelas redes sociais tiveram crescimento de 65% no terceiro trimestre
de 2021, comparado com o mesmo período do ano passado.
Armados até os dentes para fazer desta a
melhor Black Friday de seus negócios, os pequenos e médios empreendedores estão
capacitados e encontram as condições ideais para vender bem em 2021. Eles roubam a cena de grandes lojas por meio da publicação
massiva de stories, que os tornam os “novos influenciadores” das redes sociais. Desta forma, eles são responsáveis por lançar um
movimento de Social Black Friday, que consiste em usar todas as ferramentas
disponíveis em plataformas digitais
Inclusive, com a montagem de grupos em
aplicativos de mensagens, os vendedores constroem um lugar exclusivo para se
aproximar dos clientes e aproveitar para liberar ofertas e condições inéditas
que nem chegam em outras redes. E
prepare-se: cada vez mais teremos o conceito
de dropshipping difundido, que consiste na venda sem estoque – não
demanda de espaço físico e ainda complementa a renda dos vendedores em 35%.
Do mesmo modo, os consumidores estão mais habituados com a utilização das redes sociais. Com empreendedores e clientes focados nesta modalidade de vendas, poderemos esperar um ambiente propício como nunca para o crescimento dos pequenos negócios.
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