Exposição “Festival Hors Pistes Brasil - A Ecologia das Imagens” entra em cartaz no MM Gerdau, com realização da Aliança Francesa
CONCEBIDA PELO CENTRO POMPIDOU, MOSTRA INTEGRA A PROGRAMAÇÃO DO NOVEMBRO DIGITAL E PODE SER VISITADA DE 5/11 A 29/12
O Centro Georges Pompidou, na França, é um dos maiores complexos
culturais da Europa e sempre busca formas diferentes de discutir a arte. Com a exposição
“Festival Hors Pistes Brasil - A Ecologia das Imagens”, concebida no Centro
Pompidou, com curadoria de Géraldine Gomez e realização em Belo Horizonte da
Aliança Francesa e do Serviço de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da
França para o Estado de Minas Gerais, não seria diferente. Em cartaz no MM
Gerdau - Museu das Minas e do Metal entre os dias 5 de novembro e 29 de
dezembro, a mostra utiliza o digital para abordar a proteção ao meio
ambiente, o consumo de imagens e telas e muitos outros questionamentos.
A mostra é presencial e o MM Gerdau segue todos os protocolos sanitários para receber o
público com segurança, tais como uso obrigatório de máscaras cobrindo nariz e
boca, distanciamento entre as pessoas e capacidade de cada ambiente, mediação
de temperatura na entrada do museu e higienização das mãos.
A exposição
integra a programação do Novembro Digital, em Belo Horizonte, e inicia uma
parceria entre o Centro Pompidou e o Brasil. Inaugurada na capital mineira, a
mostra segue para mais cinco cidades: Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de
Janeiro e São Luís.
“Festival Hors Pistes Brasil - A Ecologia das Imagens” apresenta obras visuais internacionais
que exploram o mundo em que vivemos, destacando a interação, cada vez maior,
entre o cinema e outras áreas artísticas. Artistas renomados e emergentes se
unem no que é a criação mais inovadora da atualidade. Durante a exposição
artistas mineiros de vídeo arte serão convidados para apresentarem obras que
dialogam com o propósito da mostra.
Serão expostos cinco filmes de quatro artistas. Em “Haptophilia” (2016),
o artista Nicolas Gourault utiliza linguagens como fotogrametria, modelagem 3D
e simulação física; Jacques Perconte, em “Le Tempestaire” (2020) e o lançamento
Ouinze Mille (Pieds) (2021) com filme infinito; a série de vídeos inéditos
Floralia (2021), de Sabrina Ratté e as animações em 3D “Cores” (2020), de
Nicolas Sassoon & Rick Silva.
O tema A ecologia das Imagens propõe que todos questionem os possíveis
significados entre o visível e o invisível envolvidos em toda a riqueza visual
presente no cotidiano. As obras trazem interpretações dos seres humanos e sua
tecnologia como testemunhas ou mesmo invasores sobre a questão ambiental.
Bilhões de pessoas estão onipresentes no cenário digital, que se transforma em
um ecossistema, e refletem sobre preocupações ecológicas e uma transformação
mundial que já está acontecendo.
Seguindo a mesma temática das outras obras, outro filme estará
disponível, exclusivamente entre 5 e 20 de novembro: “Planet” (2017),
uma imersão em realidade virtual. A obra apresenta um mundo em ruínas,
apenas cogumelos e bolores crescem entre corpos gigantescos de insetos secos.
Uma mudança meteorológica é desencadeada, a chuva irriga este planeta árido até
que gradualmente o afoga. Na água, nasce um ecossistema, habitado por girinos
carnívoros gigantes. Imerso em um espaço árido e depois aquático, o filme
oferece uma incrível experiência multiespacial e atemporal.
A curadora Géraldine Gomez explica que as imagens cinematográficas e
digitais se
entrelaçam, projetadas nas paredes, telas, sobre a água, uma membrana, imagens
de diversos e que têm como elo a da observação do mundo. “A exposição oferece
uma parada, uma brecha, um sopro suspenso da imagem: não aquela que
vemos, mas aquela que falta. Não aquela que não teria sido filmada, mas aquela
que pressagia uma cena ainda por vir, como os sacerdotes da antiguidade, que
com a ponta de uma vara traçam um retângulo no céu e observam um sinal que
surgiu”, reflete.
O Hors Pistes é um festival criado pelo Centre Pompidou em 2006. Está
implantado desde a sua criação, no panorama nacional e internacional. Tóquio,
Nova York, Málaga, Istambul, Londres, Veneza, Barcelona, Tanger, Sydney,
Reykjavík, Havana e Bruxelas são algumas das cidades que já receberam o
festival.
Presente nos cinco continentes e em mais de 40 países, o festival
internacional Novembro Digital celebra a criação digital sob todas as
formas. Realizado em Belo Horizonte pelo Serviço de Cooperação e Ação
Cultural da Embaixada da França para o Estado de Minas Gerais e Aliança
Francesa Belo Horizonte com o apoio do Institut Français, da Coordenação
Nacional das Alianças Francesas do Brasil, do Centro Cultural Banco do Brasil,
da
Fundação Clóvis Salgado e do MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal o
público poderá conferir uma extensa programação online e presencial
durante todo o mês de novembro, com participação gratuita.
Sobre os
artistas e suas obras
● Nicolas
GOURAULT
Através de
uma utilização artística e divertida de ferramentas contemporâneas de simulação
e modelação 3D, Nicolas Gourault explora as relações que nós, humanos,
construímos com o nosso ambiente, sejam naturais ou tecnológicas. Suas obras
retratam um mundo desumanizado, às vezes distópico, às vezes paródico, dominado
por ampla vigilância.
Haptophilia,
2016
Fotogrametria,
modelagem 3D e simulação física
Comprimento:
5'11 "
Design de
som: Antoine Auboiron Produção: Nicolas Gourault
Como uma
resposta cinematográfica ao ensaio de Vinciane Despret, Thinking Like a Rat,
Haptophilia é uma tentativa de reproduzir a percepção animal de uma paisagem
montanhosa por meio da câmera de bordo.
● JACQUES PERCONTE
Jacques Perconte
é um cineasta experimental e artista visual francês, cujos primeiros trabalhos,
em meados da década de 1990, marcaram a vanguarda das chamadas artes digitais.
Le Tempestaire, filme 2020 Infinite (trabalho
gerador)
Compressões dançantes de dados de vídeo editados em
tempo real.
Le Tempestaire é
uma interpretação digital das imagens meteorológicas do filme Le Tempestaire
(1947) de Jean Epstein. Depois de filmar uma tempestade no Cap Fagnet em
Fécamp, na Normandia, Perconte brinca com a turbulência atmosférica que empurra
as ondas e sacode a câmera, para explodir a pictorialidade das imagens da
natureza.
Quinze mil (pés), 2021
Gravação, filme infinito (trabalho gerador)
Filmado durante um vôo para o Mont Blanc, esta aventura no
cume oferece uma rara perspectiva sobre muitos picos ameaçados pelo desaparecimento
do gelo que os mantém em equilíbrio.
● SABRINA RATTÉ
A prática
artística de Sabrina Ratté é plural e multimídia. Centrada na imagem digital,
investe nos campos da fotografia, do vídeo analógico, da animação 3D, da
realidade virtual e da performance.
Floralia, 2021
Série de vídeos
Inspirado nos escritos de Donna J. Haraway, Ursula K. Le
Guin e Greg Egan, o trabalho mergulha em um futuro especulativo, onde amostras
de espécies de plantas então em extinção
e são preservadas
e expostas em um corredor.
● NICOLAS SASSOON & RICKY SILVA
Reunidos sob a
égide do projeto colaborativo SIGNALS, Nicolas Sassoon e Rick Silva desenvolvem
na sua prática individual um trabalho de vídeo e imagem digital centrado na
transformação dos nossos ambientes a partir da presença de novas tecnologias e
às convulsões climáticas.
CORES, 2020
Animações renderizadas em 3D, resolução 4K,
multicanal
Comprimento: 15'8
Na fronteira entre as artes digitais e as ciências
diagonais, CORES apresenta uma série de oito animações digitais de espécimes
geológicos, alterados em sua estrutura e revelando substâncias enigmáticas.
Acompanhado por um ensaio da geóloga Elise Misao Hunchuck e do teórico Jussi
Parikka, CORES oferece uma reflexão poética sobre os vestígios inscritos nos
materiais que nos rodeiam e que constituem o nosso meio ambiente.
Sobre
o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal
www.mmgerdau.org.br
O MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal é integrante do Circuito Liberdade,
complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo
(Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de
manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. É um museu de
ciência e tecnologia que apresenta de forma lúdica e interativa a história da
mineração e da metalurgia. Em 20 áreas expositivas, estão 44 exposições que
apresentam, por meio de personagens históricos e fictícios, os minérios, os
minerais e a diversidade do universo da Geociências. O Prédio Rosa da Praça da
Liberdade, sede do Museu, foi inaugurado em 1897, juntamente com Belo
Horizonte. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
(IEPHA), o edifício passou por meticuloso trabalho de restauro, que constatou
que a decoração interna seguiu o gosto afrancesado da época, com vocabulário
neoclássico e art nouveau. O projeto arquitetônico para a nova finalidade
do Prédio Rosa, que já foi Secretaria do Interior e da Educação, foi feito por
Paulo Mendes da Rocha e a expografia, que usa a tecnologia como aliada da
memória e da experiência, é de Marcello Dantas. O MM Gerdau – Museu das Minas e
do Metal é patrocinado pela Gerdau, via lei Federal de Incentivo à Cultura, com
o apoio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).
SERVIÇO:
Aliança
Francesa
Novembro
Digital
Exposição
“Festival Hors Pistes Brasil -
A Ecologia das Imagens”
Data:
de 5 de novembro a 29 de dezembro
Local:
Galeria
"Janelas para o Mundo", no MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
Praça
da Liberdade – Funcionário, Belo Horizonte
Dias e
horários de funcionamento:
Terça a Sábado: das 11
às 18h
Quinta-feira: das 11 às
21h
Toda última terça-feira
do mês: das 12 às 17h
Participação
Gratuita
Programação
completa no site: www.aliançafrancesabh.com.br
Informações:
CIRCUITO
LIBERDADE
O Centro Cultural Banco do Brasil é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas. Acesse o site do CCBB em: bb.com.br/cultura.
Nenhum comentário