GESTÃO DE TALENTOS/LIVRO|Como estimular equipes a resolver problemas com agilidade e criatividade diante da dificuldade em se obter dados confiáveis?
Para construir um mundo sustentável em uma era
de profunda interdependência econômica e ambiental, cada pessoa, cada país e
cada organização são desafiados a olhar para trás e para frente ao mesmo tempo.
Olhando para trás, o desafio é descobrir novas maneiras de acabar com os
traumas e erros cometidos em um mundo capitalista, desigual e preconceituoso.
Para a frente, os seres humanos têm a capacidade de realizar os sonhos antigos
de civilidade, curiosidade e cuidado enquanto abordamos as questões urgentes
que nos cercam. Luis Lobão e Rodrigo Peter Schilling, autores de Agile Strategy
Management - Uma nova estratégia empresarial
São
Paulo, 2021 | Esta
obra pode gerar incômodo e ansiedade. Com esse alerta, o livro Agile Strategy Management - Uma nova
estratégia empresarial, de Luis Lobão e Rodrigo Peter
Schilling, faz um convite aos gestores, desafiando-os à reinvenção. Ao longo
dos capítulos, os autores detalham conceitos e ferramentas essenciais a uma
gestão interessada na construção de novos modelos estratégicos: mais ágeis,
adaptativos e colaborativos. Na visão deles, a obra é para todos aqueles que
querem ajudar a própria organização, a comunidade e a sociedade a prosperar em
um mundo de mudanças; àqueles que desejam construir um maior progresso sobre as
questões importantes, fortalecer a prática de liderança e ajudar a coletividade
a potencializar a capacidade de mudança. Progresso significativo está no centro
das aspirações deste conteúdo que está sendo lançado pela Primavera Editorial.
Na análise de Lobão e Schilling, os
tempos que vivemos são extraordinários. “As novas tecnologias e a pandemia
aceleraram as mudanças e trouxeram a premente percepção de que todo ser
profissional deve encontrar melhores maneiras de competir e colaborar. Para
construir um mundo sustentável em uma era de profunda interdependência
econômica e ambiental, cada pessoa, cada país e cada organização são desafiados
a olhar para trás e para frente ao mesmo tempo. Olhando para trás, o desafio é
descobrir novas maneiras de acabar com os traumas e erros cometidos em um mundo
capitalista, desigual e preconceituoso. Para a frente, os seres humanos têm a
capacidade de realizar os sonhos antigos de civilidade, curiosidade e cuidado
enquanto abordamos as questões urgentes que nos cercam”, afirmam.
As perguntas incômodas
Como estimular equipes a resolverem
problemas com agilidade e criatividade em um contexto no qual é difícil obter
dados confiáveis e as circunstâncias mudam rapidamente? Como criar condições de
sobrevivência para os negócios? Como engajar os stakeholders em meio à pressão e com recursos
escassos? Como fortalecer a capacidade de lidar com o imponderável? A partir
dessas e de outras perguntas incômodas – e, ao mesmo tempo, assertivas e
pragmáticas –, os autores desenvolvem respostas baseadas na prática. “Inovar é
uma tarefa árdua, que prospera na diversidade e no conflito. É preciso
honestidade para identificar e mitigar riscos e coragem para aceitar os
inevitáveis passos em falso e as mudanças de rota que ocorrem ao longo do
percurso”, define Schilling.
No livro, o leitor encontrará
informações para organizar uma estrutura de planejamento e implementação de uma
estratégia ágil o suficiente para se adaptar a um ambiente dinâmico e focado.
“Ao aceitar a definição de agilidade como a capacidade de responder e se
adaptar de forma rápida, vemos que, em uma organização, ela pode ser avaliada
com três critérios: velocidade de resposta, crescimento e resultados, ou seja,
a faculdade de responder às mudanças dentro e fora da empresa. A perspectiva é
torná-la uma meta prática e entender onde estão as alavancas para gerenciá-la”,
detalha Lobão.
“Não gostamos do termo ágil, mas é um
princípio prático e central para a Era Digital por pregar o desenvolvimento de
uma capacidade de responder rapidamente, algo que é fundamental para empresas
que operam em mercados cada vez mais dinâmicos e incertos. Aliás, propor
agilidade tem sido a resposta comum e óbvia da maioria dos especialistas para
um mundo em transformação. Entretanto, quando nos deparamos com mudanças
rápidas e com inovações disruptivas, concluímos que a adaptabilidade – que
pouco é citada nas recomendações – é um fator-chave”, detalham Lobão e
Schilling.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO PELOS AUTORES
Os autores desenvolveram um framework para implantação
de um modelo de planejamento estratégico ágil e adaptativo, o Agile Strategy Management (ASM),
composto de dois grandes
eixos: Agile Strategy (AS) – Adaptabilidade – e Agile Management (AM) –
Agilidade –, bem como por quatro fases (Visualização, Design, Implantação e
Governança) e, por fim, doze entregáveis, apresentados com um portfólio de
outras ferramentas e outros artefatos que trarão uma gestão estratégica ágil e
adaptativa ao seu negócio.
Luis Lobão |
“A primeira parte do livro tem como
objetivo contextualizar o que vamos apresentar e discutir ao longo das próximas
páginas. As empresas não podem mais contar com os tradicionais exercícios de
previsão para detectar e capitalizar ameaças e oportunidades emergentes.
Precisamos de um novo modelo de formulação estratégica para um mundo dinâmico.
Para se manterem competitivas, as organizações necessitam oferecer respostas
rápidas para grandes desafios sociais e tecnológicos, de concorrência, de
regulamentações, do mercado de trabalho e de muitas outras áreas. No entanto, a
possibilidade de tais mudanças acontecerem cria profunda incerteza, e isso
dificulta na identificação dos caminhos mais rentáveis a seguir. Embora seja
impossível as organizações estarem totalmente preparadas para um choque, as
mais resilientes aprendem a esperar o inesperado, a se recuperar depressa
quando isso ocorre e a aproveitar as oportunidades imprevistas que surgem.
Na segunda parte, vamos apresentar
alguns dos principais conceitos que embasam as práticas deste novo modelo de
gestão estratégica. O design organizacional deve fomentar o fluxo de
informação entre os pontos de coleta e os locais em que ela é relevante –
garantindo, por exemplo, que processos visíveis e sistemas de incentivos
encorajem a colaboração e a interação.
E quando o futuro é particularmente
difícil de prever, os líderes têm de instilar insights, criar uma série de cenários e depois
desenvolver, testar e “retestar” hipóteses; organizar respostas para tais
ameaças ou oportunidades, o que talvez envolva realocar recursos, renovar
processos, preencher gaps de
capacidade e alinhar a estrutura e a governança da empresa. Ainda assim, se
pensarmos apenas no design organizacional, ficaremos míopes a ponto de limitar
nossas ações estratégicas, então, nós entendemos que a captação de valor por
meio de uma revisão do modelo de negócio da sua organização também seja
necessária, reestruturando, assim, as relações no ecossistema em que ela está
inserida. Por fim, se pensarmos apenas na organização como uma forma de gerar
experiências de uso e de consumo, podemos acabar nos esquecendo da peça-chave
desta transformação estratégica, que são as pessoas, mais precisamente os
líderes. Estes precisam construir estruturas e processos flexíveis que permitam
que a empresa inove e abrace mudanças. Um aspecto-chave da organização é
preencher os gaps de
capacidade que surgem quando a organização entra num novo mercado ou renova
seu modelo de negócio.
Na terceira parte, demonstramos a forma
de utilizar esses conceitos por meio de uma agenda (framework) e de ferramentas. Para ajudar nesses
esforços, desenvolvemos uma abordagem que vai além dos tradicionais exercícios
de previsão e análise de riscos. Ela é composta de quatro conjuntos de
atividades: primeiramente, desenvolver processos para o sensing ativo (detecção
ativa) de novos insights (internos
ou externos) que podem afetar o negócio, a fim de identificar ameaças ou
oportunidades o mais cedo possível. Nossa proposta de uma nova metodologia de
estratégia sumariza desses conceitos e apresenta um caminho para o leitor
revisitar os processos, as estruturas organizacionais e os modelos de negócio
com o objetivo de se posicionar efetivamente em um contexto cada vez mais
competitivo. Ainda assim, vale salientar que a maior captura de valor está
pautada na capacidade de o líder ter clareza, junto ao corpo estratégico e
operacional da organização, quanto às prioridades estratégicas, orquestrando
os ativos tangíveis e intangíveis da empresa – como capital, parcerias e
propriedade intelectual – e, assim, propondo um ciclo de melhoria contínua
estratégica.
A
crise da Covid-19, no início de 2020, veio como uma bomba e mudou o mundo para
sempre. Ela também fez as empresas perceberem que a transformação digital é
para todos e acelerou o processo de digitalização das organizações. Quem
ainda não estava sensibilizado com o assunto, certamente o colocou como
prioridade máxima na agenda a partir de então. Todas as fichas caíram de uma vez
só! E não apenas pelo fato de se ter boa parte da equipe trabalhando de forma
remota, mas, principalmente, pela necessidade de estar presente no mundo
digital fazendo negócios, enquanto o mundo real está vazio e parado. Neste novo
desafio, qual modelo de gestão estratégica é necessário para criar e garantir o
fluxo de informações, o trabalho colaborativo e autônomo e que gere valor
para a empresa e para o cliente?
Não queremos ser dramáticos, mas, hoje
em dia, as organizações têm duas opções: adaptar-se ou morrer. Algumas
empresas que outrora lideraram o mercado morreram diante de nossos olhos;
outras estão tendo dificuldade de se adaptar e, provavelmente, vão sucumbir.
Enquanto isso, as técnicas que elas aplicaram durante décadas estão ficando para
trás. Empresas que mantiveram gerações de colaboradores seguindo uma política
de não demissão agora se veem despejando dezenas de milhares de pessoas de uma
só vez. É lastimável, mas tudo isso faz parte do processo de adaptação. Vale
esclarecer: essas mudanças provocam um ambiente de trabalho menos cordial,
gentil e previsível. Como já vimos, se você é um gestor em um ambiente como
esse, precisa desenvolver uma maior tolerância ao caos. Não estamos aqui
sugerindo que você se resigne e aceite a desordem de braços cruzados. Pelo
contrário, você deve fazer o possível para levar a ordem ao seu ambiente.
Neste mundo em ebulição, as
organizações precisam ser muito ágeis, tanto no aspecto de serem rápidas no
alinhamento e na adaptação às mudanças quanto no de serem muito
colaborativas na cocriação e no compartilhamento das decisões estratégicas.
Antes, as mudanças — dentro e fora das empresas — eram mais lentas. E as
organizações, mais hierárquicas. Este livro vai ajudá-lo a enxergar as
oportunidades suscitadas pelos pontos de inflexão estratégica e, mais do que
isso, vai auxiliar você, sua equipe e organização a tirar proveito delas.
Agora, as mudanças são muito rápidas e as organizações são colaborativas. Ou seja: o jogo e a forma de jogar mudaram!
[1].
[1] LOBÃO, Luis;
SCHILLING, Rodrigo Peter. Agile Strategy Management: Uma nova estratégia
empresarial. São Paulo: Primavera Editorial, 2021, p. 28-32.
FICHA TÉCNICA
Título: Agile
Strategy Management – Uma nova estratégia empresarial
Autores: Luis Lobão e Rodrigo Peter
Schilling
Categoria: Negócios
Páginas: 520
Editora: Primavera Editorial
ISBN: 978-65-86119-56-5
Preço sugerido: R$ 54,90
Lançamento: 30 de outubro de 2021
AUTORES
LUIS LOBÃO | Especialista em Governança Corporativa
e Estratégia Empresarial com ênfase em crescimento, possui uma larga
experiência como conselheiro de administração de
relevantes empresas. Consultor e palestrante internacional, foi diretor da HSM
Educação Corporativa e professor/pesquisador da Fundação Dom Cabral. Realizou
centenas de projetos no Brasil e no exterior; coordena, também, missões no
Vale do Silício, nos Estados Unidos. Autor de dezenas de artigos e 10 livros
publicados, é Certificado pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa (CCI+), Agile Coach Expert (PACC) e Fellow of the Strategic
Planning Society (SPS – UK). É mestre em Engenharia de Produção, com cursos
na Olin Business School, Kellogg School of Management e Harvard Business School.
Nos últimos 20 anos, tem se dedicado a trabalhar e apoiar empresas a se
tornarem mais competitivas e longevas.
PETER SCHILLING | Especialista em Criatividade,
Inovação e Estratégia, é certificado internacionalmente pela LEGO, no método
LSP - LEGO® SERIOUS PLAY®. Tem como missão de vida deixar o
conhecimento como legado. Fundador e CEO da Rodrigo Schilling, uma empresa de
consultoria em transformação de negócios e escola de inspiração e
criatividade, é fundador e CEO da Fábrica – Incubadora Social sediada em
Blumenau/SC. Mestre e Doutorando em Administração com ênfase em Inovação;
formado pela Dom Cabral em Desenvolvimento de Dirigentes de Empresa, possui MBA
Executivo de Gerenciamento de Projetos pela FGV e é certificado
internacionalmente na Gestão de Nível de Serviço, Gestão da Tecnologia da
Informação e norma de Qualidade de Serviços. Também atua como
professor/palestrante em instituições de ensino nos cursos de MBA e
pós-graduação nas disciplinas de: Estratégia, Inovação, Gestão e Criatividade.
SOBRE A EDITORA
A Primavera Editorial é uma editora que busca apresentar obras inteligentes, instigantes e acalentadoras para a mulher que busca emancipação social e poder sobre suas escolhas. www.primaveraeditorial.com
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