Robótica e realidade virtual são ferramentas da medicina atual que projetam o futuro da medicina de alta performance
Cada vez mais presentes no planejamento e execução de procedimentos que exigem precisão, ferramentas tecnológicas podem se valer do 5G para tornar realidade a medicina à distância
Rosa, Robô da Zimmer
(Imagem: Divulgação)
Com a chegada de novas tecnologias
como a comunicação celular na frequência 5G, o metaverso passou a ser um termo
cada vez mais presente no cotidiano e passará a fazer parte de nossa realidade
muito em breve. Esse termo, basicamente, descreve um mundo virtual que é um
espelho da vida real e, dentre os diversos setores que serão impactados, um que
pode trazer benefícios a todos é o da medicina.
Muitas tecnologias cada vez mais usadas atualmente em procedimentos cirúrgicos fazem parte desse futuro próximo, como robótica, impressão 3D, internet das coisas e realidade aumentada. Com conexão mais rápida e confiável, a operação remota por meio desses aparelhos será apenas um primeiro passo para inovações que hoje são difíceis de imaginar, além de possibilitar um alcance muito mais amplo e democrático de procedimentos médicos de primeira linha. CIRURGIA ROBÓTICA NA ORTOPEDIA A assistência de robôs em cirurgias é algo que
está sendo utilizado há mais de 10 anos. Na ortopedia, até o momento, eles auxiliam
principalmente nas cirurgias de prótese de quadril, joelho e em procedimentos
na coluna. “Essa tecnologia proporciona maior precisão nos cortes do osso
e no posicionamento dos implantes e componentes da prótese da forma mais
alinhada possível, obedecendo as características de cada paciente”, explica o ortopedista
Marco Aurélio Silvério Neves, especialista em técnicas minimamente invasivas e
que tem usado a robótica em suas cirurgias. O ROSA (Robô da Zimmer) é usado apenas para cirurgias de Prótese de
Joelho. O Hospital Moriah foi o primeiro a adquiri-lo no Brasil. O ROSA auxilia
o cirurgião a otimizar o planejamento e execução de cirurgias de substituição
total do joelho. Ele ajuda a posicionar o implante de forma adequada de acordo
com a anatomia específica de cada paciente. Outro modelo é o MAKO (Robô da Stryker), usado em procedimentos de joelho, em cirurgias de quadril e brevemente, nas de ombro. Ele chegou primeiro no Brasil no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte. Em São Paulo, no Hospital Alvorada em Moema, “o uso de robôs nos procedimentos cirúrgicos será cada vez mais comum, principalmente na ortopedia, área da medicina que permite um planejamento cirúrgico com grande precisão, já que atua sobre estruturas mais estáveis”, diz o dr. Marco Aurélio. NOVAS TECNOLOGIAS O cirurgião paulista é um entusiasta de novas técnicas. É, por exemplo, um dos maiores especialistas no Brasil em técnicas minimamente invasivas, como a Via Anterior - AMIS, nos quadris, procedimento que ganhou destaque na série O Hospital, na TV Record. “Além da Robótica também temos usado muito a impressão 3D para planejar procedimentos e modelar próteses. A realidade aumentada será a próxima tecnologia a ganhar espaço na medicina, uma técnica que estou me especializando no momento, inclusive com um curso realizado no fim de novembro, na Suíça”, disse o dr. Marco Aurélio. Com relação à Medicina 4.0, o ortopedista acredita que esse é um caminho que já está sendo percorrido, mas a estrada ainda é longa. “Lidamos com a vida e a saúde de pessoas. O cirurgião estar presente no ambiente cirúrgico ainda é essencial. As tecnologias ajudam muito, mas a definição de cada passo, a resolução do caminho a tomar em eventuais imprevistos ainda é do médico. Mas acredito que os processos vão evoluir até um ponto em que teremos a mesma segurança nos procedimentos remotos e autônomos que temos hoje presencialmente no centro cirúrgico”, completou o dr. Marco Aurélio. Acompanhe o trabalho do Dr. Marco Aurélio no Instagram @drmarcoaurelio.ortopedia e no site https://drmarcoaurelio.com.br/ |
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