A importância da máscara de proteção respiratória
J.A.Puppio*
Com a pandemia do novo
Coronavírus, tem-se buscado muitas medidas de prevenção e cuidados, e uma das
maneiras mais recomendadas é o distanciamento social, cuidados com a higiene e
o uso de máscaras de proteção.
Como tem sido divulgado
pelos órgãos nacionais e internacionais de saúde, as infecções respiratórias
acontecem através da transmissão de gotículas contendo vírus e aerossóis
exalados por indivíduos infectados. Por aerossóis entende-se a dissipação de
fluidos, que no caso de algumas doenças, como a COVID-19, se dá pela transmissão
de partículas menores do que gotículas, emitidas pela tosse, espirro e até
mesmo a fala, e que podem permanecer no ar por horas e, assim, ser facilmente
inalado.
Mas um dos principais
efeitos colaterais do uso adequado das máscaras de proteção respiratória, além
de proteger a população do Covid-19 foi a redução dos casos de sarampo, cujo
vírus é transmitido por via aérea respiratória.
O uso de máscara de
proteção respiratória consegue reduzir em 99% os casos de sarampo, as
medidas sanitárias adotadas para conter a Covid-19 levaram uma queda de 99% nos
casos de sarampo.
No ano de 2000 o estado
de São Paulo teve 772 casos de sarampo, sendo que durante o ano de 2020 somente
tivemos 5 casos de sarampo. A redução brutal dos casos neste período
é atribuída ao uso de máscaras de proteção respiratória, mas devemos
alertar que a máscara deve ter o selo do INMETRO e obedecer
às normas da ABNT de PFF2 ou N95.
O vírus do sarampo é
transmitido por via aérea respiratória. Em 2019 no auge da pandemia de
sarampo, São Paulo viveu com 17.976 casos, com 61% de óbitos. Mesmo
sendo uma grande proteção a máscara correta é fundamental o esquema de
vacinação, o vírus continua em circulação e não podemos baixar a
guarda. Além de ser altamente transmissível o sarampo pode evoluir para
casos graves e causar complicações sérias como pneumonia, encefalite e até a
morte.
Agora sabemos que temos
2 aliados contra o sarampo: a vacina e a máscara de proteção respiratória.
*J.A.Puppio é empresário e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”
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