As festas de fim de ano e o papel dos pagamentos digitais
por Haroldo Vieira, Head de Novos Negócios do
PayPal Brasil
Divulgação/PayPal |
As festas de fim de ano estão chegando
e, embora muitas pessoas desejassem (e ainda desejam) um retorno à normalidade,
a realidade é que os acontecimentos dos últimos 20 meses mudaram a sociedade em
muitos níveis. Incluindo a forma como adquirimos produtos e serviços.
O que não mudou é que as empresas
aguardam, ansiosamente, pela última temporada de compras do ano – e ela vem
começando cada vez mais cedo – cerca de 10 semanas antes da Black Friday, para
ser mais exato, segundo a última edição da pesquisa do PayPal sobre a data,
feita em parceria com a BigDataCorp. Até por causa disso, os especialistas
projetam que as vendas este ano devem superar as de 2020.
Apenas para referência, de acordo com a CNC
(Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), a projeção
é de aumento de quase 5% nas vendas no consolidado de 2021. No entanto, o medo
de contágio permanece latente e, embora as compras físicas devam aumentar em
comparação com o mesmo período do ano passado, as preocupações contínuas com a
Covid manterão muita gente longe dos shoppings – e próxima do smartphone.
O consumidor vai preferir abraçar a
tendência de compras online ou comprar via internet e retirar na loja – opção
que vem ganhando adeptos e tem se provado muito popular. Novamente, os
compradores colocarão sua segurança como prioridade e estarão em busca de
experiências convenientes e personalizadas em um ambiente de pagamento digital,
fazendo o mínimo de esforço possível.
Em todo esse cenário, métodos
alternativos de pagamento sem dinheiro tornaram-se muito importantes. Os
cartões de débito, que tradicionalmente têm sido um método de pagamento usado
em ambientes físicos, mudaram para configurações digitais. É fundamental
oferecer a opção de pagamento com cartão de débito no e-commerce em
mercados como o Brasil, onde chegou-se em 2020 à marca de 167 milhões de
cartões de débito ativos, aumento de 26% em relação a 2019.
Isso significa que, mais e mais, as
empresas devem garantir suporte aos métodos de pagamento com os quais os
consumidores desejam pagar. E nesse sentido, as carteiras digitais, que ampliam
as opções de pagamento para o consumidor, se encaixam bem na estratégia de
negócios.
Por outro lado, espera-se que as
estratégias omnicanal prevaleçam. Os consumidores vem descobrindo novos
produtos de muitas maneiras – por meio de e-mail, pesquisas orgânicas, anúncios
pagos e, obviamente, campanhas de mídia social. A audiência está pulverizada e
as empresas precisam criar caminhos para entregar sua mensagem onde quer o
público esteja. Por isso, estratégias de marketing de comércio eletrônico
omnicanal são de extrema importância, principalmente em temporadas de compras.
Será essencial que os vendedores tenham
um plano de marketing integrado, que alcance uma maior variedade de canais de
comunicação e vendas. Do contrário, estarão destinados a perder para a
concorrência.
Isso, claro, sem perder de vista a
questão da segurança das compras online. Os compradores sabem que a fraude
digital está na ordem do dia e precisam se sentir tranquilos quanto à compra
propriamente dita e, sobretudo, a seus dados pessoais e financeiros. Segundo
pesquisa do PayPal “Consumo
Online no Brasil”, 78,2% das pessoas se dizem preocupadas quando compram ou
pagam contas de forma virtual; mas 70% dos pesquisados garantem que não vão
diminuir suas compras online quando a pandemia terminar. A responsabilidade das
lojas online é fornecer uma experiência de pagamento confiável com o menor
atrito possível, já que os clientes não querem mais perder tempo inserindo
informações do cartão, senhas etc.
É importante observar que não há como voltar atrás no que diz respeito ao e-commerce. Como dizemos aqui no PayPal, esse trem já partiu e não vai parar. Devemos, portanto, estar cada vez mais sensíveis em relação às necessidades do consumidor. Temos de nos lembrar sempre que ele se modernizou e tem cada vez menos medo da digitalização. Precisamos ver as próximas festas de fim de ano como uma oportunidade de dar mais um passo na direção de uma América Latina mais evoluída, forte e disposta a mudar sua cultura financeira.
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