Brasil é o segundo do mundo em crescimento de bancos digitais
No Brasil, os
bancos digitais têm mais clientes que em países desenvolvidos como Estados
Unidos, Alemanha e Reino Unido. Somos, segundo levantamento feito da Accenture
e o N26, o segundo país com o maior crescimento do setor no mundo nos últimos
dois anos. Só perdemos para a Suíça.
O diretor financeiro do Popibank, Marcelo Pereira,
atribui o sucesso das fintechs à agilidade e facilidade que elas proporcionam
aos clientes e reforça que a tendência é aumentar a adesão aos bancos digitais.
“As pessoas não precisam
mais enfrentar filas ou passar por diversos setores de um banco para resolver
alguma situação ou abrir uma conta. Tudo é feito com poucos cliques”,
pontua.
Se antes era
preciso ir até uma agência para abrir uma conta ou solicitar um financiamento,
hoje é possível resolver tudo por celular. “O formato permitiu aos clientes tratar o seu próprio
dinheiro de maneira mais autônoma e independente”,
completa.
atrativos dos bancos digitais (Imagem: Depositphotos)
A autonomia na
hora de movimentar o dinheiro, aliada a taxas mais atraentes em comparação aos
bancos tradicionais, fez os bancos digitais expandirem sua base de clientes.
Mas o estudo apontou que as fintechs ainda precisam conquistar a confiança do
brasileiro. “Muitas
pessoas sentem a falta de interação pessoal, por isso é importante se aproximar
dos usuários, mesmo que seja por meio da internet”, afirma
Pereira.
O especialista
acredita que a chegada do 5G pode ser um grande aliado nessa aproximação. “Será uma rede que permitirá, por
exemplo, realizar reuniões por chamadas de vídeo com muito mais velocidade e
menos interrupções na conexão. Então, os bancos digitais poderão disponibilizar
essa opção para os clientes que sentem falta de ter um contato mais pessoal com
o gerente ou suporte do banco”, explica.
Segurança
A falta de
confiança na segurança ainda é outro fator apontado por grande parte das
pessoas que prefere os bancos tradicionais, mas Marcelo Pereira afirma que não
há motivos para se preocupar. “Todos
os bancos digitais autorizados pelo Banco Central precisam seguir critérios
rigorosos de segurança e são punidos caso não ofereçam a proteção necessária
para os usuários. Além disso, as instituições sérias trabalham constantemente
para aprimorar ainda mais a segurança de seus sistemas e oferecer a melhor
experiência para seus clientes”, diz.
O especialista
orienta que, em caso de dúvida quanto à confiabilidade de um banco, é possível
fazer uma pesquisa rápida no Banco Central, que tem uma lista das instituições
financeiras que são autorizadas a operar. Para conferir, consulte www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/relacao_instituicoes_funcionamento.
Marcelo
Pereira é diretor financeiro do Popibank e
especialista em economia,
banco digital e fintechs
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