Brasília sedia 1º Encontro da Escola de Capoeira Angoleiros do Sertão, com a presença do consagrado Mestre Cláudio Costa, de Feira de Santana-BA
Evento terá três dias de oficinas, rodas de capoeira e
atrações culturais
O Encontro dos Angoleiros do Sertão no DF
promove três dias (10, 11 e 12 de dezembro) de atividades, com o mestre
Cláudio, contramestres e treineis desta escola, que são referências no Brasil.
O objetivo é divulgar conhecimentos e técnicas, e disseminar raízes
tradicionais do sertão baiano, através de oficinas, rodas de diálogo e
vivências, além de apresentações artísticas de cultura populares tradicionais.
O evento, que conta com o apoio da Secretaria de Cultura do Distrito Federal,
será de livre acesso para todas as idades e acontecerá no Rancho Janela do
Cerrado, próximo ao Pólo de Cinema, em Sobradinho 2.
Segundo o organizador, Luiz Claudio de
Oliveira França, conhecido como Minhoca, o aspecto integrativo e sociocultural
é uma das máximas desta proposta. “Esses encontros visam um fortalecimento das
comunidades participantes, promovendo uma convivência harmoniosa e respeitosa
entre diferentes grupos étnicos, etários e de gênero. Essa sensibilização do
público, principalmente dos novos integrantes, é fundamental à construção da
sua autoestima e da sua identidade, num processo de estreitamento de irmandade
e de enriquecimento e valorização da identidade cultural da comunidade
capoeirística”, explica.
Serão dadas duas opções para a entrada ao
evento: Os capoeiristas participantes devem doar uma cesta básica, que dá
direito a permanecer no local do camping durante os três dias, e inscrição em
todas as oficinas. Para a comunidade que quiser acessar o evento, basta doar 1
quilo de alimento não perecível. As inscrições e mais informações podem ser
obtidas pelo WhatsApp: 61 98173-5553 (Minhoca).
Confira a programação completa:
10/12 - Sexta-Feira
6h – Chegada ao local do evento -
organização no camping
9h – Abertura com apresentação dos
convidados e apoiadores do evento.
10h – Vivência movimentação e Roda de
Capoeira com mestre Claudio Costa – Feira de Santana - BA.
12:30 – Almoço
15h – Vivência com Contramestre Xande –
SP.
17h – Oficina de Samba Rural - mestre
Claudio Costa – Feira de Santana - BA.
18h – Vivência de samba coco, com
Léo Lima de Pernambuco/
Apresentação do Côco de Jataí DF
20:30 – Jantar
21h – Tambor de Crioula de Seu Teodoro
11/12 - Sábado
6h – Vivência com Contramestre Tico (
Angoleiros do Sertão) – SP.
8h – Café da Manhã
10h – Vivência Treinela Natureza
(Angoleiros do Sertão) – SP. (Treino/Roda)
12:30 – Almoço
15h – Vivência Hulluca Costa (Angoleiros
do Sertão) – Feira de Santana - BA.
17h – Vivência Treinel Blanca (Angoleiros
do Sertão) – SP.
19h – Roda de Capoeira com Mestre Claudio
– Feira de Santana - BA.
20:30 – Samba Rural com Mestre Claudio –
Feira de Santana - BA.
22h – Jantar
12/12 - Domingo
6h – Café da manhã
8h – Vivência Mestre Claudio - Feira de
Santana - BA. Treino, Roda, Samba
11h – Encerramento e confraternização
Conheça os mestres e demais componentes da
Escola de Capoeira Angoleiros do Sertão, que participarão do evento:
Cláudio Costa (Mestre Cláudio de Feira)
Mestre de Capoeira Angola e Samba Rural,
iniciou-se na Capoeira com Mestre Negão de Jorgina e Mestre “Di Mola” do
mercado modelo, porém foi nas ruas de Feira de Santana-BA que aprendeu muito do
que hoje sabe, tendo como maior referência a rua e festas populares.
Quando ainda menino acompanhava sua mãe
que vendia acarajé nas feiras, onde se deixou influenciar pelos capoeiristas do
local através das rodas de capoeira realizadas aos domingos e segundas-feiras.
Na roça do Sertão Baiano, mais
especificamente na Lagoa das Pedras (área rural de Feira de Santana-BA), ele
começou a se dedicar à arte da Capoeira.
Sem escolaridade formal, mas a partir de
seus saberes populares, fundou a Escola de Capoeira Angola “Os Angoleiros do
Sertão”, na década de 1980.
Mestre Cláudio resgatou e vem disseminando
pelo Brasil e pelo Mundo a arte da Capoeira Angola e do Samba Rural com muita
propriedade e fundamento. Ele faz parte da resistência negra em nossa
contemporaneidade, e suas ações vêm potencializando nossa expressividade
popular em diversos contextos e camadas da sociedade. Ele vive de Capoeira
Angola, ministra oficinas e vivências, além de ser lutiê: produz artesanalmente
instrumentos que são usados na composição musical das rodas de Capoeira Angola
e do Samba Rural.
Mestre que dedicou uma vida inteira para a
disseminação e prática da Cultura de Matriz Africana da Capoeira e do Samba no
Brasil e no mundo.
Carla Natureza – SP
Treinela de Capoeira Angola pela Escola
“Os Angoleiros do Sertão”, arte educadora em Capoeira Angola desde 2007,
Contadora de Histórias, mestra em Literatura e Vida Social produziu a
dissertação “Versos, veredas e vadiação: uma viagem no mundo da capoeira
angola”, ativista social pela Gingando pela Paz (Brasil, Congo e Haiti),
liderança do Núcleo dos Angoleiros do Sertão em São José dos Campos-SP desde
2014.
Márcio Blanca / SP
Capoeirista Angoleiro, educador
sociocultural, artesão de instrumentos musicais e mobilizado cultural. Iniciado
na prática da capoeira em 1993, em Santo Anastácio/SP, migrou para Assis/SP no
ano de 2007, ingressando na Escola de Capoeira Angoleiros do Sertão, onde no
ano de 2012 obteve o título de treinel pelo mestre Cláudio.
Hulluca da Silva Costa - BA
Capoeirista membro da Escola de Capoeira
Angola “Os Angoleiros do Sertão”, filho, aluno e discípulo do Mestre Claudio,
fundador do Grupo em meados dos anos 80 na busca do entendimento e da prática
da capoeira angola do interior do sertão baiano. Nascido em Feira de Santana-
Bahia (92), faz parte do grupo Angoleiros do Sertão desde os anos 90, inaugurou
seu espaço cultural em “2018”, com aulas de capoeira angola pela Escola de
Capoeira Angola dos Angoleiros do Sertão, que se encontra em Feira de Santana-
Bahia, é promoter de rodas de conversa e debates sociais com lideranças do
movimento afro-brasileiro e da cultura popular, entre outros, também
responsável pelos treinos e movimentação da Escola no (CUCA) Centro
Universitário de Cultura e Artes na ausência do Mestre Claudio. Constrói instrumentos
de forma artesanal em parceria com seu pai e irmãos, assim como executa a
tradição de tocá-los: berimbau, pandeiros, tambores, entre outros. Faz uso
desta ancestralidade em suas aulas e treinos. Hulluca tem 27 anos e é também
aluno de Geografia pela (UEFS) Universidade estadual de Feira de Santana
Paulo Henrique Guerra – SP
Capoeirista angoleiro, educador social,
artesão de instrumentos musicais. Tico, como é conhecido, possui o título de
Contra-mestre pela Escola de Capoeira Angoleiros do Sertão. Atua em diversos
projetos socioculturais, dentre eles o Ponto de Cultura Estação Cultural, em
Bauru-SP. Participa de encontros e ministra cursos de Capoeira Angola, já tendo
realizado cursos na Alemanha, Finlândia e Inglaterra e diversas cidades brasileiras.
Realiza oficinas em instituições culturais, como SESC, bem como em instituições
educacionais, já tendo capacitado a formação de alunos do curso de Educação
Física da Universidade Estadual Paulista e da Universidade Estadual da Bahia.
Alexandre Felix Felizatti - BA
Nascido em 1974, iniciou a capoeira em
1986, formou professor de capoeira em 1993, desde então trabalha como educador
social e agente cultural. Em 2000 matriculou-se no curso de educação física, em
2003 ingressou na Escola de capoeira Os Angoleiros do Sertão, da cidade Feira
de Santana. Em 2005, concluiu o curso de Ed.Fisica. No mesmo ano, o Projeto
Capoeira Angola na Escola foi inserido na grade curricular da rede
municipal de educação, nas escolas infantis (4 e 5 anos) e o fundamental
(1 e 2 anos), extra- curricular. Em 2005 passou a coordenar o Programa
Escola da família, em Luiz Dirini. 2009 lecionou como professor de
educação física, atuando como professor de capoeira (matéria curricular), na
Faculdade Ranchariense. 2012 formou contramestre da Escola de Capoeira "Os
Angoleiros do Sertão". Em 2019, foi convidado a ir para Finlândia e
Inglaterra para ministrar oficinas culturais. Em janeiro de 2020 iniciou a
etapa de oficinas de Maculelê para melhor idade, no Sesc de Bauru SP.
As apresentações culturais serão feitas
por:
Leo Lima – PE
Natural de Recife, nascido em 16/04/1980.
Músico, percurcionista, artesão, luthier, brincante e artista pernambucano. É
arte educador através da cultura afroindígena; Capoeira Angola, samba de coco e
cortejo de bois;
Responsável pelo núcleo da escola de
capoeira Os Angoleiros do sertão de Feira de Santana-BA, em São Lourenço da
Mata-PE. Também da aulas de percussão para jovens da comunidade onde mora. É
co-ofundador e músico regente do coletivo eco-pedagógico Boi da Mata,
fundado em 2010 em Recife-PE. Esteve na Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte
levando a oficina "Brinquedo de Resistência".
Sobre a oficina:
Trabalha a explanação sobre a origem do
samba de coco ou coco de roda Pernambuco; influência indígena; sotaques
(pedada) do bombo; apresentação dos instrumentos primários; importância da
palma de mão, ganzá, bombo e canto; pisada do coco (dança) na prática;
finalização com uma roda.
Tambor de Crioula do Seu Teodoro
O Tambor de Crioula é uma manifestação cultural
popular de matriz afro-brasileira muito difundida no Maranhão. As rodas de
tambor homenageiam São Benedito e, para os participantes, é um momento de fé,
devoção e lazer.
Os homens, conhecidos como “coreiros”, são
responsáveis pelos toques dos instrumentos (tambores e matracas).
A dança é realizada pelas “coreiras”
(mulheres), que durante a brincadeira formam uma meia lua. Elas realizam
movimentos circulares e giros, se revezando em frente aos tambores. Essa
alternância é realizada por meio da “umbigada”, toque de ventre com ventre que
representa um convite para entrar na roda.
Coco Jataí
É um grupo de cultura popular que
desenvolve seu trabalho cantando samba de coco. O grupo é formado por
brasilienses e tem suas influências variadas dentro dos estilos de samba de
coco e coco de roda de todo o Brasil. Hoje o grupo faz uma releitura de cocos
conhecidos nacionalmente e apresenta canções próprias compostas pelo coletivo
do coco jataí. Coco Jataí representa e reverencia à cultura popular nordestina
com a cara do cerrado, como diz a canção “...Esse coco tem mel ...”
Serviço
1º Encontro de Angoleiros do Sertão
Local: Rancho Janela do Cerrado- DF 326,
Sobradinho II, próximo ao Pólo de Cinema.
Datas: 10, 11 e 12 de dezembro, a partir
das 8h
Inscrições pelo WhatsApp: 61 8173-5553
(Minhoca)
Entrada:
1 kg de alimento não perecível para
acessar o evento
1 (uma) cesta básica, para os
participantes das vivências e oficinas constantes na programação
Instagram: @angoleirosdosertaobrasilia
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