Da plantação à nuvem: a jornada do agronegócio na transformação digital
Fábio Junges, cofundador e CEO da SOU.cloud, e
Rodrigo Castro, CTO da SOU.cloud (Crédito: Ana Gomes)
Da tradição
cafeicultora do Brasil Colônia até as modernas plantações do século XXI, o
agronegócio segue como um dos setores mais fortes e importantes da economia
brasileira. O segmento representa mais de 1/5 do PIB do país, 21,4% de acordo
com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Mas, se no
passado quem mandava na produção era a natureza, agora o homem tem assumido
cada vez mais o papel de líder do agronegócio e, ao lado dele, estão as novas
tecnologias, como o cloud computing.
Também
conhecida como computação em nuvem, essa tecnologia consiste na forma mais
moderna de disponibilizar diversos serviços por meio da internet, como
armazenamento de dados e configuração de servidores. Prática e inovadora, a
computação em nuvem é um segmento em ascensão no Brasil e no mundo, e consegue
atuar em diferentes setores do mercado, inclusive em áreas tradicionais como o
agronegócio.
O Gerente de
TI da Agrodanieli, Rodrigo Menon, ressalta que o cloud computing não está
presente somente em grandes grupos internacionais do setor, mas também na
agropecuária familiar. “O agronegócio no Brasil é muito diversificado e amplo e
está crescendo de forma acelerada com relação à transformação digital”,
analisa. A própria Agrodanieli começou de forma tradicional em uma cidade
pequena até que, em 2019, diante da atualização parcial de seu parque de
máquinas, deparou-se com a necessidade de licenciamento de soluções Microsoft.
Diante da
necessidade de mudanças tecnológicas, a companhia buscou uma empresa de
serviços em nuvem e acabou fechando parceria com a SOU.cloud, empresa
brasileira referência no segmento. O que começou com uma necessidade específica
de atualização de 25% do parque de máquinas, acabou dando início a um processo
de escopo maior: a migração para o Microsoft 365.
Na nuvem, as
restrições quanto ao antigo sistema de e-mails foram substituídas por um
serviço com maior disponibilidade. Já a comunicação interna passou a ser feita
pelo Microsoft Teams, uma plataforma que combina bate-papo, videoconferências,
armazenamento de arquivos e integração de aplicativos no local de trabalho. “O
impacto na experiência do nosso cliente interno foi muito grande”, destaca
Menon.
Um processo
semelhante ocorreu na Zilor: Energia Alimentos, cujo SAP hoje está 100% na
nuvem. Após ter mecanizado toda a sua colheita, a empresa decidiu que era hora
de dar o próximo passo e também encontrou na SOU.cloud e na Microsoft uma forma
de modernizar a empresa de maneira personalizada.
Se,
anteriormente, a companhia agrícola estava enfrentando dificuldades para
encontrar assistência que realizasse instalações e manutenção nos servidores
sempre que preciso, agora, com seus sistemas em nuvem, essa já não é uma
preocupação. A Zilor encontrou na nuvem oportunidades para aproveitar ao máximo
as novas ferramentas tecnológicas: “O céu é o limite para a nuvem”, pondera o
IT Coordinator da Zilor, Fernando Silva, “Tudo fica mais flexível, tanto quanto
ao básico de infraestrutura, quanto para estabelecer BI para extração de
informação, além de uma série de outras coisas que não fazemos ainda, mas que
vamos ter a possibilidade de fazer”.
A mudança
foi importante pela Zilor devido aos benefícios de se ter um ERP 100% em nuvem.
Enquanto um ERP local disponibiliza dados e recursos fisicamente, um ERP em
nuvem permite fazer tudo de forma integrada em regiões e com serviços inéditos
diversos, e ainda garante o acesso de forma ágil e segura.
Outra
empresa familiar do ramo, a Usina da Pedra, que já atua no mercado há 90 anos,
também vê na computação em nuvem um futuro cheio de possibilidades. A empresa
iniciou o contato com a SOU.cloud, em busca de mais produtividade, através de
melhorias no serviço de e-mail, assim como a Agrodanieli.
A Usina da
Pedra também aproveitou para incluir o Active Directory, uma implementação de
serviço de diretório no protocolo LDAP que armazena informações sobre objetos
em rede de computadores e disponibiliza essas informações a usuários e
administradores desta rede.
“Foi
importante para a empresa trazer o investimento nessa ferramenta de mercado
muito boa e mostrar que é possível investir em produtividade e investir certo”,
explica Wenceslau Marcomino, Coordenador de TI da Usina da Pedra. “Quebramos o
gelo e já estamos vendo benefícios. Agora estamos com várias frentes de move to
cloud, envolvendo análise de dados, serviços SaaS, data lake, entre
outras”, completa.
Segundo
Marcomino, a migração para a nuvem tornou a gestão mais prática e trouxe mais
tempo para a equipe, que agora pode se preocupar com o que realmente importa: a
estratégia da empresa. “A equipe gostou muito da iniciativa, então hoje a Usina
da Pedra já está dando os primeiros passos rumo a outras tecnologias em nuvem”,
revela.
Para o
Account Executive de Agronegócio da Microsoft, Ivon de Souza, mesmo que ainda
haja algumas dificuldades a serem ultrapassadas, a tecnologia está cada vez
mais interligada ao agronegócio. “O primeiro desafio com o setor é a
conectividade no campo para conseguir gerenciar os dados para uma tomada de
decisão mais assertiva. Então tecnologias como IOT, Analytics, Big Data, entre
outras, estão começando a ser implementadas no agronegócio”, explica.
Segundo o
especialista, já se vê muita tecnologia no segmento, porém ainda se encontram
muitas informações e dados descasados dentro das empresas que já os coletam:
“Isso pode atrapalhar na tomada de decisões. Então nós tentamos verificar quais
são as necessidades de cada cliente e quais são os pontos onde podemos realizar
melhorias”.
Já o CTO da
SOU.cloud, Rodrigo Castro, avalia que a presença do agronegócio na nuvem e o
uso de tecnologias avançadas no setor é de vital importância para o crescimento
do país. “O agronegócio é uma das grandes fortalezas do Brasil, que está nos
levando a uma modificação da matriz produtiva do país, além de ter uma
participação global muito importante”, analisa.
Além disso,
segundo o CTO, a migração para a nuvem é mais simples do que muitas empresas
pensam. “Às vezes pensamos que, para migrar, é necessário cumprir todos os
passos em ordem, mas, na verdade, é possível pular tendências de acordo com o
contexto. Afinal, podem acontecer os game changers, situações que obrigam
o negócio a repensar a estratégia e, com a nuvem, é possível se adaptar ao
futuro”, conclui.
Sobre a SOU.cloud
Empresa especializada em nuvem, a SOU.cloud foi criada de forma totalmente remota, utilizando o melhor das soluções de nuvem Microsoft 365 e Azure. Possui mais de 1.200 clientes por todo o país, num total que ultrapassa os 120 mil usuários. Em 2021, a SOU.cloud conquistou o status de Azure MSP Expert, título concedido pela Microsoft a menos de 100 empresas em todo o mundo.
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