Em cartaz até 29/12 - Exposição “Festival Hors Pistes Brasil - A Ecologia das Imagens” recebe novas obras
OBRAS DE ELIZABETE MARTINS CAMPOS
E LELIANE DE CASTRO FORAM CRIADAS ESPECIALMENTE PARA A MOSTRA, QUE PODE
SER CONFERIDA ATÉ 29/12
Sabrina Ratté, Floralia |
A exposição “Festival Hors Pistes Brasil - A Ecologia das Imagens”, em cartaz até o dia 29 de
dezembro no MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal, acaba de ganhar duas
novas obras em diálogo com as que já compõem a mostra. Nessa 2ª fase, duas
artistas mineiras participam: Elizabete Martins Campos, com o filme “Em si, fora de si”, e Leliane
de Castro, com “A Grosso Modo”.
A mostra utiliza o digital para abordar a proteção ao meio
ambiente, o consumo de imagens e telas e muitos outros questionamentos. Ela foi
concebida no Centro Pompidou, com curadoria de Géraldine Gomez e realização em
Belo Horizonte da Aliança Francesa e do Serviço de Cooperação e Ação Cultural
da Embaixada da França para o Estado de Minas Gerais.
“Em Si, Fora de Si” (2021) traz dois conceitos: "Em
Si'', é a confluência da natureza consigo mesma, transformando-se, regenerando,
gerando novas vidas na terra e, "Fora de Si", a atuação do ser humano
junto à mesma, deteriorando radicalmente, o habitat e a natureza própria das
coisas. A experiência lida com as imagens, como quadros orgânicos da vida e do
belo e, responsabiliza o ser humano pelas mudanças climáticas, tendo como
crítica o consumismo exacerbado, o frenesi das bolsas de valores, na contramão
da harmonia do ecossistema.
A Cineasta e jornalista brasileira, Elizabete Martins Campos,
trabalha no entroncamento entre documentário, filme ensaio e artes visuais. Seu
longa-metragem "My Name is Now", vencedor do Grande Prêmio do Cinema
Brasileiro, em 2019, como Melhor Filme Documentário, Júri Popular e Melhor
Trilha Sonora Original, Júri Oficial, depois de passar por mais de 30 (trinta)
salas de cinema e 40 (quarenta) festivais no Brasil e no exterior, é uma
experiência sensorial, que cria um fluxo fílmico sobre o Brasil, a partir da
história de vida e obra da cantora Elza Soares. A artista busca nas forças da
natureza, elementos para trabalhar suas impressões.
Já “A Grosso Modo” (2021) é uma experiência de observação do cotidiano
que nos rodeia, mas não é visto a olho nú, criando um pensamento fluido,
através de provocações e a identificação das singularidades e semelhanças entre
texturas dos reinos da natureza, o olhar e pulsar da artista.
Leliane de Castro é artista visual, fotógrafa e design. Atualmente
desenvolve o projeto "Artes Sentidos BH" que integra sua série de
experimentações em videoarte, fotografia e ilustrações, sobre Belo Horizonte,
sua gente, arte, cultura, lugares, saberes e sentidos, que serão reunidos e
disponibilizados em plataforma digital. Em, “A Criatura Sou Eu Ontem”, assina
assistência de direção, finalização, registros fotográficos e cartaz.
Atua como fotógrafa, designer, e produtora no projeto Circulabit - Circuito
Itinerante, Interativo e Laboratorial de Criação e Distribuição Audiovisual em
Multiplataformas. Trabalhou como designer gráfica, fotógrafa e marketing na
distribuição do longa “My Name is Now, Elza Soares”. Em 2019 funda a Áurea
Audiovisual, Design Integrado e Marketing Digital, onde vem desenvolvendo seus
novos projetos e também parceria com outros artistas.
A exposição é presencial e o MM Gerdau segue todos os protocolos
sanitários para receber o público com segurança, tais como uso obrigatório de
máscaras cobrindo nariz e boca, distanciamento entre as pessoas e capacidade de
cada ambiente, mediação de temperatura na entrada do museu e higienização das
mãos.
“Festival Hors Pistes Brasil - A Ecologia das Imagens” apresenta obras visuais que exploram o
mundo em que vivemos, destacando a interação, cada vez maior, entre o cinema e
outras áreas artísticas. Artistas renomados e emergentes se unem no que é a
criação mais inovadora da atualidade. Durante a exposição artistas
mineiros de vídeo arte serão convidados para apresentarem obras que dialogam
com o propósito da mostra.
Além das novas obras, estão expostos cinco filmes de quatro artistas. Em
“Haptophilia” (2016), o artista Nicolas Gourault utiliza linguagens como
fotogrametria, modelagem 3D e simulação física; Jacques Perconte, em “Le
Tempestaire” (2020) e o lançamento Ouinze Mille (Pieds) (2021) com filme
infinito; a série de vídeos inéditos Floralia (2021), de Sabrina Ratté e as
animações em 3D “Cores” (2020), de Nicolas Sassoon & Rick Silva.
O tema A ecologia das Imagens propõe que todos questionem os possíveis
significados entre o visível e o invisível envolvidos em toda a riqueza visual
presente no cotidiano. As obras trazem interpretações dos seres humanos e sua
tecnologia como testemunhas ou mesmo invasores sobre a questão ambiental.
Bilhões de pessoas estão onipresentes no cenário digital, que se transforma em
um ecossistema, e refletem sobre preocupações ecológicas e uma transformação
mundial que já está acontecendo.
O Hors Pistes é um festival criado pelo Centre Pompidou em 2006. Está
implantado desde a sua criação, no panorama nacional e internacional. Tóquio,
Nova York, Málaga, Istambul, Londres, Veneza, Barcelona, Tanger, Sydney,
Reykjavík, Havana e Bruxelas são algumas das cidades que já receberam o
festival.
A mostra integra a programação do Novembro Digital, realizado
em Belo Horizonte pelo Serviço de Cooperação e Ação Cultural da
Embaixada da França para o Estado de Minas Gerais e Aliança
Francesa Belo Horizonte com o apoio do Institut Français, da Coordenação
Nacional das Alianças Francesas do Brasil, da Fundação Clóvis Salgado e do MM
Gerdau - Museu das Minas e do Metal.
Sobre os
artistas internacionais e suas obras
● Nicolas
GOURAULT
Através de
uma utilização artística e divertida de ferramentas contemporâneas de simulação
e modelação 3D, Nicolas Gourault explora as relações que nós, humanos,
construímos com o nosso ambiente, sejam naturais ou tecnológicas. Suas obras
retratam um mundo desumanizado, às vezes distópico, às vezes paródico, dominado
por ampla vigilância.
Haptophilia,
2016
Fotogrametria,
modelagem 3D e simulação física
Comprimento:
5'11 "
Design de
som: Antoine Auboiron Produção: Nicolas Gourault
Como uma
resposta cinematográfica ao ensaio de Vinciane Despret, Thinking Like a Rat,
Haptophilia é uma tentativa de reproduzir a percepção animal de uma paisagem
montanhosa por meio da câmera de bordo.
● JACQUES PERCONTE
Jacques Perconte
é um cineasta experimental e artista visual francês, cujos primeiros trabalhos,
em meados da década de 1990, marcaram a vanguarda das chamadas artes digitais.
Le Tempestaire, filme 2020 Infinite (trabalho
gerador)
Compressões dançantes de dados de vídeo editados em
tempo real.
Le Tempestaire é
uma interpretação digital das imagens meteorológicas do filme Le Tempestaire
(1947) de Jean Epstein. Depois de filmar uma tempestade no Cap Fagnet em
Fécamp, na Normandia, Perconte brinca com a turbulência atmosférica que empurra
as ondas e sacode a câmera, para explodir a pictorialidade das imagens da
natureza.
Quinze mil (pés), 2021
Gravação, filme infinito (trabalho gerador)
Filmado durante um vôo para o Mont Blanc, esta aventura no
cume oferece uma rara perspectiva sobre muitos picos ameaçados pelo desaparecimento
do gelo que os mantém em equilíbrio.
● SABRINA RATTÉ
A prática
artística de Sabrina Ratté é plural e multimídia. Centrada na imagem digital,
investe nos campos da fotografia, do vídeo analógico, da animação 3D, da
realidade virtual e da performance.
Floralia, 2021
Série de vídeos
Inspirado nos escritos de Donna J. Haraway, Ursula K. Le
Guin e Greg Egan, o trabalho mergulha em um futuro especulativo, onde amostras
de espécies de plantas então em extinção
e são preservadas
e expostas em um corredor.
● NICOLAS SASSOON & RICKY SILVA
Reunidos sob a
égide do projeto colaborativo SIGNALS, Nicolas Sassoon e Rick Silva desenvolvem
na sua prática individual um trabalho de vídeo e imagem digital centrado na
transformação dos nossos ambientes a partir da presença de novas tecnologias e
às convulsões climáticas.
CORES, 2020
Animações renderizadas em 3D, resolução 4K,
multicanal
Comprimento: 15'8
Na fronteira entre as artes digitais e as ciências
diagonais, CORES apresenta uma série de oito animações digitais de espécimes
geológicos, alterados em sua estrutura e revelando substâncias enigmáticas.
Acompanhado por um ensaio da geóloga Elise Misao Hunchuck e do teórico Jussi
Parikka, CORES oferece uma reflexão poética sobre os vestígios inscritos nos
materiais que nos rodeiam e que constituem o nosso meio ambiente.
Sobre
o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal
www.mmgerdau.org.br
O MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal é integrante do Circuito Liberdade,
complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo
(Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de
manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. É um museu de
ciência e tecnologia que apresenta de forma lúdica e interativa a história da
mineração e da metalurgia. Em 20 áreas expositivas, estão 44 exposições que
apresentam, por meio de personagens históricos e fictícios, os minérios, os
minerais e a diversidade do universo da Geociências. O Prédio Rosa da Praça da
Liberdade, sede do Museu, foi inaugurado em 1897, juntamente com Belo
Horizonte. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
(IEPHA), o edifício passou por meticuloso trabalho de restauro, que constatou
que a decoração interna seguiu o gosto afrancesado da época, com vocabulário
neoclássico e art nouveau. O projeto arquitetônico para a nova finalidade
do Prédio Rosa, que já foi Secretaria do Interior e da Educação, foi feito por
Paulo Mendes da Rocha e a expografia, que usa a tecnologia como aliada da
memória e da experiência, é de Marcello Dantas. O MM Gerdau – Museu das Minas e
do Metal é patrocinado pela Gerdau, via lei Federal de Incentivo à Cultura, com
o apoio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).
SERVIÇO:
Aliança
Francesa
Exposição
“Festival Hors Pistes Brasil -
A Ecologia das Imagens”
Data:
Até 29 de dezembro
Local:
Galeria
"Janelas para o Mundo", no MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
Praça
da Liberdade – Funcionário, Belo Horizonte
Dias e
horários de funcionamento:
Terça a Sábado: das 11
às 18h
Quinta-feira: das 11 às
21h
Toda última terça-feira
do mês: das 12 às 17h
Obs: O MM Gerdau
estará de recesso de Natal entre os dias 23 e 26 de dezembro (quinta a domingo).
Participação
Gratuita
Informações:
CIRCUITO
LIBERDADE
O Centro Cultural Banco do Brasil é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.
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