Imóveis residenciais devem valorizar em 2022, enquanto unidades comerciais estagnam
Expectativa é de aumento na procura por preços
acessíveis e o cooperativismo é opção
Carlos Massini, presidente da CICOM Cooperativa Habitacional
aponta cenário positivo para o mercado imobiliário
Divulgação
A imposição de restrições de
mobilidade e estabelecimento de distanciamento social durante a pandemia causou
esvaziamento dos escritórios e espaços comerciais em todo o País. A venda e a
locação desse tipo de imóvel despencaram em 2020 e, apesar de apresentarem
melhora neste ano, ainda foram insuficientes para alcançar os níveis
pré-pandêmicos. Para o ano que está chegando, a tendência é de valorização dos
imóveis residenciais, mostrando que o caminho do investidor tem um rumo
estabelecido.
Ainda que o trabalho presencial
esteja sendo gradativamente retomado, os números de venda e locação de espaços
comerciais registraram forte queda em 2021, refletindo a queda no investimento
nesse tipo de imóvel. Segundo dados da Associação das Administradoras de Bens
Imóveis e Condomínios de São Paulo, o aumento real no número de imóveis
comerciais vagos dobrou durante a pandemia, frente ao cenário anterior – a
vacância atingiu 38% em relação os imóveis disponíveis. Diante de um cenário
econômico de incertezas, o preço do aluguel comercial chegou a atingir, no
começo deste ano, o menor patamar da série histórica do índice Fipezap,
refletindo a dificuldade dos inquilinos em continuar mantendo o contrato.
Os últimos dados do
levantamento mostram que os níveis de reajustes nos contratos de locação
comercial permanecem abaixo da inflação, enquanto os preços de venda
praticamente não se alteraram, o que significa, por um lado, que há um grande
esforço dos proprietários em manter os contratos atuais e, por outro, uma tendência
de estagnação na comercialização dos espaços. Por outro lado, o cenário de
locação de imóveis residenciais foi de alta acumulada de 5,27% em 12 meses,
valorização que também se observa na projeção de vendas. A percepção do público
quanto ao preço de venda de imóveis para morar é de alta nos preços, sendo que
74% consideram que os preços já estão muito altos, e 42% prevê mais aumento
para 2022. Mesmo assim, ainda segundo a última pesquisa Fipezap, divulgada no
fim de novembro, 43% dos entrevistados têm intenção de comprar a casa própria.
“A prática do home office trouxe uma nova percepção aos
trabalhadores, de que a própria residência precisa estar adaptada para receber
atividades profissionais em ambientes preparados. Nesse sentido, a busca por
espaços funcionais, sem desprezar o conforto e a comodidade, é uma tendência
que deve permanecer em alta. A localização também tem sido repensada, sendo
favorecidos os empreendimentos que estejam mais próximos dos centros comerciais
e principais locais de trabalho, tudo para que os profissionais tenham que se
deslocar o mínimo possível”, analisa Carlos Massini, presidente da
cooperativa Habitacional CICOM.
Os números da Pesquisa da
imobiliária digital Quinto Andar reforçam essa visão já que 73% dos brasileiros
entrevistados veem seus lares de forma diferente por conta da pandemia e que
31,8% das pessoas sentem necessidade de ter um escritório em casa.
O que os demais índices
econômicos também têm mostrado, contudo, é o encarecimento da principal forma
de pagamento de imóveis no País. Com as frequentes altas na taxa básica de
juros, o financiamento habitacional tem encarecido, levando o consumidor a
buscar opções para adquirir o imóvel próprio pagando mais barato. O
cooperativismo habitacional entra como alternativa viável a quem não tem renda
suficiente para bancar as altas parcelas de um crédito imobiliário – já que o
pagamento direto nas cooperativas faz com que os preços sejam menores.
“O momento de investir no imóvel próprio é agora. Com a
Selic cada vez mais alta, pagar por anos um financiamento caro é impossível
para uma família de renda média ou baixa. Isso comprometeria toda a sua
capacidade de pagamento, impedindo o custeio de outros gastos fundamentais,
como alimentação e deslocamento. O cooperativismo habitacional oferece imóveis
sob preços justos, com condições de pagamento que levam em consideração esse
perfil de consumidor”, explica o presidente da CICOM.
A segurança do processo é uma
das maiores preocupações da CICOM, afirma Massini: “A experiência da cooperativa oferece a tranquilidade que os
cooperados precisam para ter a garantia de que o empreendimento respeite todas
as normas e exigências legais de construção, bem como que possua administração
financeira adequada para condução da empreitada”. Aliado a isso, a
implantação de procedimentos digitais para a formalização dos negócios tem
garantido segurança nas transações, que vão desde a análise de crédito até a
assinatura dos documentos, o que desburocratiza etapas e reduz o tempo de
negociação.
Sobre a CICOM
A CICOM Cooperativa Habitacional nasceu do sonho de transformar um objetivo em realidade: ajudar a reduzir o déficit habitacional do País, reconhecendo que todos podemos ser ferramentas poderosas para a solução e atendimento de uma causa. Moradia é um direito de todo cidadão, por isso, a CICOM desenvolve projetos voltados à área de habitação sob dois processos: a construção de empreendimentos imobiliários através do cooperativismo e a adequação de moradias em estado irregular a partir da regularização fundiária. Na CICOM os objetivos são comuns a cada comunidade atendida, e a responsabilidade é compartilhada, solidária e colaborativa.
Nenhum comentário