O bancário autônomo como profissional do futuro na revolução do Open Banking
Por Wagner Ferreira*
Nos últimos meses o termo Open Banking
explodiu e não era para menos. A proposta de tecnologia e maior controle
financeiro trouxe inúmeras possibilidades para pessoas físicas e jurídicas.
Diferentemente do Pix, entretanto, onde as operações são diretas e feitas pelo
usuário, o novo sistema requer um pouco mais de expertise para identificação e
aproveitamento das melhores oportunidades, com condução de todo o processo. É
aí que entra a figura do bancário autônomo, também conhecido como business banker.
Um agente com conhecimento do mercado
financeiro e de produtos bancários tem mais chances com o Open Banking de
trazer soluções personalizadas e realmente vantajosas, ao passo em que aumenta
sua carteira de clientes e capacidade de atendimento de forma exponencial.
Considerando o crescente nível de confiança da população nos serviços
financeiros digitais e o número elevado de business bankers que atuam de forma
autônoma, seja pela busca de melhor qualidade de vida ou por oportunidade de
renda, dado o número cada vez maior de fechamento de agências bancárias, temos
o melhor de dois mundos.
Por que chamar a atenção dos business
bankers agora? A implantação da fase 4 do Open Banking está prevista para o dia
15 de dezembro de 2021, de acordo com o calendário do Banco Central (BC),
adicionando instituições financeiras, bancos digitais, fintechs e outras
organizações autorizadas pelo BC. Nesta fase, será possível comparar, por
exemplo, taxa de câmbio, termos e condições e taxas de ativos financeiros,
seguros e previdência aberta, bem como taxas e tarifas referentes a atividade
de credenciamento de cartões de crédito e de débito. Diante de toda a
transformação desse ecossistema de dados, a assistência de um especialista será
cada vez mais demandada pelas empresas por lidarem com volumes maiores.
Em minha passagem por grandes bancos,
era muito comum ouvir que bancário não era profissão. Isso sempre me incomodou,
pois em toda minha carreira me posicionei como um consultor financeiro,
analisando e projetando cenários, para ajudar as empresas tomarem as melhores
decisões, fosse acessando recursos para ampliação e manutenção de seus negócios
ou orientando sobre onde alocar a sobra de caixa nas melhores aplicações.
Durante muito tempo refleti sobre como
poderia contribuir para mudar esse pensamento. A fundação da Teddy veio
justamente do propósito de romper com esse estigma. Hoje, posso afirmar que,
além de ser, sobretudo, um trabalho consultivo, bancário é a profissão do
futuro, pois as mudanças do mercado financeiro passam diretamente pelas mãos
desse profissional.
Até pouco tempo, os bancos costumavam
tratar os clientes pessoa física e jurídica de maneiras diferentes. Enquanto o
primeiro sempre pôde desfrutar de um atendimento mais humano, os clientes
empresariais relatam uma experiência diferente em relação ao tratamento
recebido por seus bancos.
É neste contexto que as novas
oportunidades de carreira apresentadas pelas fintechs representam uma revolução
para esses profissionais e uma oportunidade para as empresas vivenciarem um
atendimento diferenciado, pois com tantas possibilidades, os negócios precisam
contar cada vez mais com decisões baseadas em dados, atenção personalizada e,
acima de tudo, especializada.
O trabalho do business banker é entender
os objetivos de seus clientes e tornar os serviços bancários mais acessíveis e
compreensíveis. Fundamentalmente, seu papel é ajuda-los na administração das
finanças, na navegação por diversos serviços, procedimentos e produtos
disponíveis, incluindo ações, títulos, empréstimos, transações internacionais,
imóveis, créditos comerciais, apólices de seguro e muito mais.
Por não ter vínculo com nenhuma
instituição financeira, o business
banker é capaz de fornecer aos clientes corporativos o melhor
conselho independente sobre como devem ser suas soluções bancárias, agregando
valor, melhorando as operações e ajudando as empresas a prosperarem.
Por isso mesmo, a seleção para iniciar
na carreira de business banker acaba sendo bastante criteriosa. Para ingressar
na Teddy, por exemplo, o profissional precisa ter, no mínimo, três anos de
experiência dentro de instituições financeiras. Caso preencha esse
primeiro requisito, uma equipe de seleção segue com o processo de recrutamento
para avaliar se o perfil de trabalho do candidato corresponde às políticas da
plataforma. A partir disso, ele tem acesso a um ambiente personalizado para
realizar as operações do dia a dia, sem estar vinculado a uma única instituição
financeira e sem a obrigação de ofertar os produtos que o banco direciona, mas,
sim, o produto ou serviço que seu cliente realmente necessita.
Em função disso, além de uma grande
mudança na carreira bancária, o open banking, representa um grande ganho paras
as empresas que estão embarcando em suas próprias transformações digitais e
buscam métodos mais rápidos e eficientes para acessar os serviços financeiros.
Wagner Ferreira, é fundador e CEO da Teddy Open Banking, fintech criada para intermediar o contato entre grandes instituições financeiras e clientes de Pequenas, Médias e Grandes Empresas, nos segmentos Corporate, Middle e Empresas.
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