O futuro do trabalho já começou
Nesta nova dimensão do metaverso, as pessoas
irão interagir representadas pelos seus avatares e "skins", serão
remuneradas via moedas digitais e premiadas com artigos digitais protegidas por
NFT
Até 2020, antes da pandemia do Covid-19,
se falava em transformação digital e inovação, mas ainda era um tema um pouco
distante para muitas pessoas. Ninguém imaginava que um vírus vindo da China ia
mudar completamente este cenário. O mundo todo precisou adotar novas formas de
pensas e agir. O futuro, que parecia distante, virou presente da noite para o
dia, levando pessoas e empresas a anteciparem seus planos e se adequarem de
forma abrupta a todas as novidades que estavam sendo impostas para todos nós.
Nem bem nos adaptamos a essas mudanças,
e diversas tecnologias já estão invadindo o nosso dia a dia, como metaverso,
NFT, blockchain, inteligência artificial, realidade virtual e/ou aumentada, que
formam novas perspectivas de futuro e criam possibilidade de novos ambientes de
interação entre as pessoas, semelhante aos mundos virtuais dos games em que
milhares de pessoas já passam horas e horas imersos.
Nesta nova dimensão do metaverso, as
pessoas irão interagir representadas pelos seus avatares e “skins”, serão
remuneradas via moedas digitais, premiadas com artigos digitais protegidas por
NFT e, como num vídeo game, estarão submersos com os objetivos de “passar de fase”
ao alcançar as metas do metaverso, seja na educação, no trabalho e/ou no lazer.
Imagine um experimento de deixar um
adolescente num ambiente seguro, com um vídeo game, sem nenhuma
responsabilidade a ser cumprida e com fornecimento de alimento e bebida,
provavelmente, ele irá passar dias neste local jogando e, talvez, não saia nem
para tomar banho.
A inteligência artificial deve acabar
com as atividades repetitivas e analíticas. Por exemplo, já existem algoritmos
de IA que conseguem diagnosticar doenças por análise de imagem, com maior
precisão do que médicos especialistas, outros que escrevem petições jurídicas
com alto grau de assertividade, através de análises de milhares de outros casos
e características dos juízes do local do julgamento. Com todas estas mudanças,
vagas de trabalho como atendente de call center, auxiliar de escritório, entre
outros, não farão mais sentido no escopo das empresas. Em contrapartida, serão
criadas novas oportunidades de trabalho como arquiteto de mundo virtual,
influenciadores do metaverso, e outras que nem imaginamos ainda, porém, a
tendência é que estas profissões necessitem cada vez mais especialização e
conhecimento.
É certo afirmar que teremos maiores
perdas em empregos de baixo salário, enquanto a demanda por profissionais mais
qualificados e com maior remuneração deve crescer. Estas mudanças implicam numa
necessidade enorme de transição de carreiras e, para isso, é necessário se
preparar, como já mencionado. Estudos apontam que entre 10% e 14% da população,
em diferentes geografias precisarão mudar de carreira se quiserem se manter
ativos profissionalmente. É importante ter em mente que cada vez mais a
tecnologia fará parte do dia. Ou seja, pessoas que estiverem mais preparadas
serão as que disputarão essas vagas.
Além da competência profissional, as
empresas também estarão atentas as “soft skills”, ou habilidades pessoais e
comportamentais, que farão a diferença na hora da decisão. Alguns dos skills
que já estão sendo considerados fundamentais para o futuro do trabalho, são:
fluência digital, autoconfiança, saber lhe dar com incertezas, conhecimento
organizacional, adaptabilidade, pensamento analítico e inovação, resolução de
problemas complexos, aprendizagem, criatividade, liderança, inteligência
emocional e influência social.
O Fórum Econômico Mundial fez um alerta
ao indicar que 85 milhões de empregos serão remodelados até 2025, e que 50% dos
profissionais que continuarão na sua função terão que se atualizar se quiserem
fazer parte do trabalho do futuro.
A requalificação profissional se torna
essencial neste cenário em que muitos sistemas se tornaram ou estão se tornando
autônomos e a inteligência artificial está mais presente em nossas vidas do que
podemos imaginar.
A questão é: quais serão as alternativas
para as pessoas que não terão acesso e nem oportunidade para se atualizar e
adquirir as especializações necessárias? Será que teremos milhões de pessoas
vivendo imersos em uma realidade virtual do metaverso, simplesmente passando de
fases e sendo sustentados por políticas globais de oferta de renda mínima,
semelhante ao experimento do vídeo game citado anteriormente?
O futuro está sendo criado hoje, e é um
reflexo de diversas reações em cadeia. A qual grupo de trabalhadores do futuro
você quer pertencer? Não perca mais tempo, se prepare agora.
AUTOR: Leonardo Nogueira, CEO da
Prosperi
Sobre a Prosperi:
Desde 1993, a Prosperi oferece soluções
de colaboração, gestão de conteúdo e gerenciamento inteligente de projetos e
portfólio de ponta a ponta. Com modelos únicos e dinâmicos, a empresa se
consolidou como um dos principais parceiros Gold
da Microsoft na América Latina, tendo sido reconhecida como Partner of The Year Latin America
por seis anos (2012, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021) e finalistas na categoria
global por quatro anos (2012, 2017, 2018 e 2021). Nascida no Espírito Santo, a
empresa hoje está presente em todo o Brasil e, desde 2017, também conta com
escritórios nos Estados Unidos.
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