Pesquisadores da RedeVírus MCTI isolam cepa da variante Ômicron do coronavírus no Brasil
Trabalho coordenado pelo pesquisador Edison Durigon vai permitir monitorar a disseminação da nova variante pelo país e verificar eficácia de vacinas
Pesquisadores
da RedeVírus MCTI conseguiram isolar, pela primeira vez, a cepa da variante
Ômicron do coronavírus no Brasil. O trabalho foi coordenado pelo virologista
Edison Durigon, chefe do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de
São Paulo (ICB-USP). Amostras da variante estão sendo cultivadas e, dentro de
duas semanas, começarão a ser distribuídas para laboratórios e pesquisadores
para ajudar a detectar a disseminação da Ômicron pelo país. Além disso, o
isolamento da nova cepa permitirá avaliar a eficácia das vacinas aplicadas nos
brasileiros.
De
acordo com Edison Durigon, a cepa da variante Ômicron foi detectada em um casal
de brasileiros que mora na África do Sul e veio ao Brasil a passeio. O casal
passou por exames no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, que detectou a
infecção pelo coronavírus e encaminhou amostras ao ICB-USP na quarta-feira (8).
“Essa amostra foi rapidamente sequenciada pelo hospital, que confirmou que era
a cepa Ômicron. Nós pegamos essa amostra e colocamos em cultura de célula. É a
primeira vez que a cepa Ômicron é isolada no Brasil”.
O
pesquisador explicou que nova cepa está sendo cultivada em laboratório e
posteriormente será distribuída pelo país. “Como fazemos parte da RedeVírus
MCTI, estamos preparando alíquotas desse vírus para poder distribuir para
laboratórios de diagnóstico que queiram fazer o teste ou padronizar novos
testes para identificar essa variante rapidamente em outras cidades e estados”.
O pesquisador acrescenta que o cultivo da nova cepa também poderá ser utilizada
em novas drogas antivirais e testar a eficácia de vacinas.
A
previsão é de que no período de duas semanas haverá um estoque suficiente de
vírus cultivado para dar início à distribuição pelo país. “É lógico que
laboratórios que estão necessitando com mais urgência, a gente consegue enviar
algumas alíquotas mais rapidamente”, afirma Edison Durigon.
O
secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI e coordenador da RedeVírus
MCTI, Marcelo Morales, destaca o trabalho realizado pela Rede e a importância
do isolamento da variante Ômicron para o monitoramento da Covid-19 no Brasil.
“Com o vírus isolado, teremos a possibilidade de avaliar se essa nova variante
está escapando ou não dos anticorpos de pacientes que receberam as diferentes
vacinas aplicadas no país”, reforça.
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