Prêmio Arcanjo de Cultura 2021: confira os vencedores da 3ª edição, de volta ao Theatro Municipal de São Paulo
Evento contou com as presenças de Ana Canãs, Supla
e João Suplicy, secretários de Cultura do Estado de São Paulo, Sérgio Sá
Leitão, e da Cidade de São Paulo, Aline Torres, que receberam
o Prêmio Especial, entre outros convidados
Premiação
idealizada pelo jornalista e crítico Miguel Arcanjo Prado, Prêmio Arcanjo de
Cultura retornou ao presencial em sua terceira edição para celebrar grandes
nomes das artes com muita diversidade no Theatro Municipal de São Paulo
Valorizar e premiar
nossa cultura e seus artistas em tempos tão difíceis é a missão do Prêmio
Arcanjo de Cultura, idealizado pelo jornalista e crítico Miguel Arcanjo
Prado, diretor do Blog do Arcanjo. A premiação chegou à sua terceira
edição em 8 de dezembro de 2021, quarta-feira, em cerimônia
presencial no Theatro Municipal de São Paulo, tradicional palco no qual o
evento nasceu em 2019 — em 2020, a cerimônia teve formato digital. A volta ao
presencial seguiu os protocolos vigentes. A cerimônia teve números musicais
de Ana Canãs, Anná, Marcelo Veronez, Ilu Obá De
Min, Rico Ayade, Supla e João Suplicy. O evento contou com a presença
dos secretários de Cultura do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, e da
Cidade de São Paulo, Aline Torres, que receberam o Prêmio Especial,
entre outros.
O Prêmio Arcanjo de
Cultura teve oito indicados em sete categorias: Artes
Visuais, Cinema, Dança, Música, Redes, Streaming TV e Teatro. A
categoria Especial condecorou grandes nomes das artes em noite
marcada pela diversidade e muita emoção.
O júri do Prêmio
Arcanjo de Cultura, presidido pelo idealizador, é composto pelos
especialistas Adriana de Barros, Bob Sousa, Elba
Kriss, Hubert Alquéres, Miguel Arcanjo Prado e Zirlene
Lemos. A direção artística é de Ivam Cabral, direção de produção
de Elen Londero e Gustavo Ferreira, produção executiva
de Rodrigo Barros, arte de Henrique Mello, com apoio da Adaap, SP
Escola de Teatro, Theatro Municipal de São Paulo e Secretaria Municipal de
Cultura da Cidade de São Paulo.
Miguel Arcanjo Prado
ressalta a importância da realização da terceira edição, com o retorno da
cerimônia presencial no Theatro Municipal. “Estar de volta ao Municipal, casa
onde a premiação nasceu, é emblemático. O Prêmio Arcanjo de Cultura celebra a
garra de nossos artistas, que resistem em tempos tão tenebrosos, e valoriza os
trabalhadores do setor cultural, que é carro-chefe do desenvolvimento do
Brasil”.
3º PRÊMIO ARCANJO DE
CULTURA – VENCEDORES 2021
ARTES VISUAIS
Maria Bonomi –
Réquiem para os tombados pela Covid-19 na América Latina, do Memorial da
América Latina
Pela homenagem aos mortos na pandemia no continente em obra idealizada com
Jorge Damião e Helena Peres Oliveira
Naïfs do Brasil, do
Sesc São Paulo
Pela valorização da arte popular em mostra no Sesc São José dos Campos e na
Bienal Naïfs do Brasil no Sesc Piracicaba, sob curadoria de Ana Avelar e Renata
Felinto
Rita Lee – A Rainha
do Rock – Rock Exibithion, do MIS – Museu da Imagem e do Som
Pela importância da mostra que percorre a trajetória da mais importante mulher
do rock brasileiro sob curadoria de João Lee, direção artística de Guilherme
Samora e cenografia de Chico Spinosa, sob supervisão da própria Rita Lee
CINEMA
Deserto Particular,
de Aly Muritiba
Pelo olhar sensível para o amor em tempos contemporâneos por meio de um
personagem à deriva nas estradas da vida
Doutor Gama, de
Jeferson De
Por recuperar a história do legendário abolicionista que foi precursor na defesa
de direitos para a população negra no Brasil
Urubus, de Claudio
Borrelli
Pelo olhar interessado e poético para o mundo da pichação na cidade de São
Paulo, quarta maior metrópole do mundo
DANÇA
A Casa, de Marisa
Bucoff, e Transe, de Clébio Oliveira, do Balé da Cidade de São Paulo
Pelo potente retorno ao presencial com duas coreografias inéditas que
conquistaram o público com seu diálogo com a vida e a morte
Rui Moreira
Pela primazia na construção de impecável carreira na dança, repleta de pontes
potentes em seu trilhar artístico
Silvia Gaspar
Pela trajetória de brilhantismo como dedicada e talentosa bailarina, com
especial destaque para sua atuação no Grupo Corpo
Zebrinha – José
Carlos Arandiba
Pela trajetória de incomensurável contribuição à dança, com primor coreográfico
ancestral no Balé Folclórico da Bahia, Bando de Teatro Olodum e Cia. dos Comuns
MÚSICA
Ana Cañas
Pelo ótimo álbum Ana Cañas canta Belchior, postura solidária e estreia da
paulistana como apresentadora em Sobrepostas no Canal Brasil
Don L
Pelo inquieto álbum Roteiro pra Aïnouz vol. 2 do rapper cearense que inovou com
videoclipe vertical Na Batida da Procura Prefeita
Kaê Guajajara
Pelo urgente álbum Kwarahy Tazyr da rapper indígena maranhense que valoriza a
luta dos povos originários em suas músicas
REDES
Célia Xakriabá
Pelo pioneirismo no ativismo indígena da intelectual Xacriabá e comando do
primeiro podcast indígena do Globoplay, Papo de Parente
Festival AfroMusic
Por valorizar a música e intelectuais pretos da cena independente, realizado em
formato digital e acessível
Supla
Pela reinvenção nas redes sociais que o coloca em diálogo com as novas gerações
em redes como TikTok e Instagram
STREAMING TV
Elenco trans de
Manhãs de Setembro
Pelo destaque na série no Amazon Prime Video protagonizada por Liniker e com
Clodd Dias, Linn da Quebrada, Divina Nubia, Danna Lisboa e Dante Aganju
Roda Viva
Pelos 35 anos, renovação multiplataforma, com entrevistados e entrevistadores
que valorizam a diversidade e o debate de ideias na TV Cultura
Trace Brasil
Pela valorização da cultura afrourbana brasileira em formato multiplataforma,
no Globoplay, Multishow e redes sociais
TEATRO
Afluentes Acreanas,
do Teatro Candeeiro
Pelo resgate delicado e potente da história indígena na formação do Acre,
valorizando nomes importantes da cena na Amazônia, com texto e direção de
Jaqueline Chagas
Aurora, da Cia. de
Teatro Os Satyros
Pela retomada presencial do icônico Espaço dos Satyros com elenco, texto e
direção potentes, em uma ode de amor a São Paulo por Ivam Cabral e Rodolfo
García Vázquez
Diego Ribeiro, de
Pink Star, e Letícia Soares, de A Cor Púrpura
Por atuações arrebatadoras como protagonistas de seus respectivos espetáculos,
conquistando o coração do público
Turmalina 18-50, da
Cia Cerne
Por recuperar a importância histórica de João Cândido com um belo trabalho da
Cia. Cerne de São João de Meriti escrito e dirigido por Vinicius Baião
ESPECIAL
Alê Youssef
Pela retomada do Studio SP, um dos mais emblemáticos palcos da música em São
Paulo, em sociedade com Ale Natacci e Ronaldo Lemos
Aline Torres
Pelo pioneirismo em ser a primeira mulher negra secretaria de Cultura da Cidade
de São Paulo, com grande contribuição ao setor artístico
Elenco de A Cor
Púrpura
Pelo talento farto e espírito de equipe neste musical já lendário repleto de
corpos e almas negras que emocionam o público
Grace Gianoukas
Pelos 40 anos de brilhante carreira no teatro, foco do solo Grace em Revista,
criação da Terça Insana e destaque nas novelas da Globo
Grupo Gattu
Pelo constante trabalho de formação de novos públicos para as artes cênicas no
acolhedor Teatro do Sol, em Santana, zona norte de SP
Hernan Halak e Felipe
Gonzalez
Por construírem pontes musicais entre Brasil e América Latina com o
internacional Festival Mucho, da Mundo Giras e Difusa Fronteira
Ilu Obá de Min
Pela valorização da arte negra e da mulher no Carnaval de São Paulo, constantes
ações sociais e de formação com foco na cultura de matriz africana
Leci Brandão
Pela irretocável carreira na música, dedicação social relevante e pioneirismo
feminino na história do samba e do Carnaval brasileiros
Nicole Puzzi
Pelos 50 anos de carreira com gigantesca contribuição ao cinema, ao teatro e à
TV, onde apresenta o inovador Pornolândia no Canal Brasil
Selo Lucias, da Adaap
Pela contribuição à memória do teatro brasileiro e homenagem a Lucia Camargo,
com edição de livros emblemáticos como Teatro de Grupo na Cidade de São
Paulo
Sérgio Sá Leitão
Pela constante contribuição à classe artística à frente da Secretaria de
Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo
Zé Celso e Teatro Oficina
Pela trajetória de 63 anos do mais longevo grupo teatral do Brasil com amplo
reconhecimento internacional e estética singular
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