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Vendas Natal tiveram crescimento real de 10% em relação a 2020, diz ALSHOP

Associação de lojistas de shopping traz um panorama geral de como está o ano de 2021 para o setor de shoppings

Chegou a época que mais movimenta o varejo e a mais esperada pelos consumidores. Logo após o período mais forte do comércio, um levantamento feito pela ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) em âmbito nacional e lojistas associados que representam cerca de 15 mil pontos de venda, mostra que o Natal de 2021 registrou um aumento real nas vendas de 10% real em relação ao ano passado, mas ainda está distante de alcançar o patamar de 2019.

A ALSHOP entende que existem ainda alguns fatores que barram um crescimento e entre os principais estão a alta do dólar, inflação, desemprego elevado e a falta de confiança do consumidor, a falta de matéria-prima e ainda a questão logística, pois ainda faltam muitos produtos no mercado em vários segmentos. 

Segundo a ALSHOP, cerca de 123,7 milhões de consumidores foram às compras nesta época natalina, o que é um reflexo direto dos avanços da vacinação contra a COVID-19. Assim, os consumidores voltam aos centros de compra ainda com menor poder de consumo e o panorama é positivo. 

De acordo com o levantamento, cerca de 77% dos consumidores compraram lembranças como maneira de se conectar com as festividades de final de ano. E os presentes mais procurados nesta ocasião foram roupas com 61%, brinquedos 37%, seguido de perfumes, cosméticos e calçados, ambos com 36% e acessórios, opção de 24% dos consumidores. 

“A população está cada vez mais confiante com o recrudescimento da pandemia e os lojistas foram importantes neste processo na aplicação dos protocolos e na luta que empreendemos pela reabertura dos centros de compra. Ainda com desafios, essa retomada representa um alento para os lojistas que ficaram meses sem esperança de dias melhores, e hoje, tudo resulta no crescimento de vendas presenciais nas lojas”, afirma, Nabil Sahyoun, presidente da ALSHOP. 

Vendas em 2021

As vendas dentro dos centros comerciais projetam cerca R$ 204 bilhões, o que representa um crescimento de 58% em relação a 2020, época em que os empreendimentos estavam afetados pela pandemia, com restrições de público e o ‘abre e fecha’ afetando sobretudo estados como São Paulo que decretaram fechamentos até mesmo durante as festas de fim de ano. Se comparada com 2019, é prevista uma redução de 3,5% das vendas. 

Evolução da indústria de shoppings em 2021

Durante o ano de 2021 entraram em operação cinco novos empreendimentos no país: Recife Outlet Premium - Moreno/PE, Shopping Palladium Umuarama - Umuarama/PR, Shopping Sinop - Sinop/MT, Park Jacarepaguá - Jacarepaguá/RJ e Park Shopping Boulevard - Curitiba/PR. 

 A indústria de shoppings centers fechou o ano com 606 empreendimentos, resultado do saldo de 2020, acrescido dos cinco novos centros de compras que entraram em operação em 2021. 

Canais de venda e formas de pagamento

O comércio eletrônico cresceu muito durante a pandemia e muitas lojas físicas se adaptaram às vendas pelo e-commerce. De acordo com a pesquisa da ALSHOP, as compras via e-commerce foram o principal canal de compras no Natal, com 45% da participação do público e as compras em shoppings atingiram 40%. 

As formas de pagamento mais utilizadas são de acordo com a pesquisa: dinheiro 48%, seguido do cartão de crédito com 39%, cartão de débito 38% e PIX já representa 30%. 

Contratações de temporários

A fim de atender as altas demandas esperadas para este ano, os varejistas recrutaram 94,3 mil trabalhadores temporários, com o salário médio mensal entre R$ 1.600,00 a R$ 1.900,00, e a taxa de efetivação em média de 14%. 

Os segmentos que mais contrataram foram vestuário/acessórios/calçados com 57,9 mil vagas, seguido de hiper e supermercados com 18,9 mil vagas, artigos de uso pessoal e doméstico com 11 mil vagas, móveis e eletrodomésticos finalizando com 3 mil vagas. 

Já os estados que mais contratam foram São Paulo que lidera o ranking com 25,6 mil colaboradores, seguido de Minas Gerais que contrataram 10,7 mil e Rio de Janeiro com 7,2 mil colaboradores. 

“Sabemos que estamos caminhando rumo aos patamares anteriores e acredito que esse seja sim um momento de comemorar, afinal, foi um ano difícil e de muitas lutas para o setor que finalmente está respirando um pouco mais tranquilo”, finaliza, Nabil Sahyoun.

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