Dia do Comércio Exterior: conheça 3 empresas brasileiras que estão ajudando as importadoras em suas operações internacionais
Alta demanda faz crescer a tendência por
soluções de consultoria, capital de giro e big data, comentam CEOs da China
Gate, Vixtra e Logcomex
As instabilidades ocasionadas pela
pandemia, como a alta do frete internacional, disparada do dólar e atrasos na
logística marítima, colocaram diversos desafios para o comércio exterior nos
últimos dois anos. Porém, longe de fazer vista grossa para os gargalos e
problemas, os dados mostram que o Brasil seguiu batendo recordes em número de
importadores e exportadores e em volume transacionado.
De acordo com o Ministério da Economia,
entre 2020 e 2021, houve um crescimento de quase 8% em empresas exportadoras
(28.754 em 2020, ante 30.967 em 2021) e de quase 10,5% de importadoras (45.513
em 2020, ante 50.313 em 2021). Outros dados da Balança Comercial comparando o
mesmo período mostram que o volume de exportações subiu quase 35% (R$209.1
bilhões e R$280.6 bilhões, respectivamente). Já o volume de importações cresceu
quase 28% de 2020 para 2021 (R$158.7 bilhões e R$219.4 bilhões,
respectivamente).
Por causa desse aumento de demanda e
movimentação no mercado, há algumas empresas dedicadas a auxiliar
principalmente as pequenas e médias importadoras em suas operações, como é o
caso da China Gate, Vixtra e a Logcomex, que ajudam de formas diferentes com as
suas soluções de consultoria, capital de giro e big data, respectivamente. No
Dia do Comércio Exterior, celebrado anualmente em 28 de janeiro, os CEOs dessas
companhias comentaram sobre quais são os principais desafios que as
importadoras enfrentam com base na experiência de seus clientes.
Para empresas envolvidas diretamente no
comércio internacional, importar continua sendo uma alternativa viável para
varejistas brasileiros. “A China oferece a vantagem de custos mais baixos, de
poder negociar preço diretamente com os fabricantes, além de personalizar a
própria marca e produto”, disse Rodrigo Giraldelli, CEO da China Gate,
consultoria de importação que auxilia empresários a comprar na China para
revender no Brasil há 21 anos. Giraldelli reitera que a China é a principal e,
em muitos casos, a única fornecedora de produtos e insumos para o Brasil. “Não
comprar dos chineses, independentemente do preço, significará deixar de vender
o produto no mercado brasileiro”, afirma.
A falta de crédito é outro desafio
recorrente enfrentado pelas pequenas e médias importadoras, que costumam ser
cobradas com antecedência nas operações. Neste sentido, a Vixtra, fintech de
comércio exterior que atua como um meio de pagamento internacional, já tem sido
procurada para ajudá-las com a questão de capital de giro. "Em algumas
cadeias produtivas, os importadores no Brasil e na América Latina estão
antecipando os pagamentos em 180 dias, pois os fornecedores também estão
encontrando dificuldades para obter todos os insumos para produzir o material”,
comenta Leonardo Baltieri, um dos CEOs da empresa. Com a solução da
fintech, que espera crescer dez vezes mais ao longo do ano, os fornecedores
conseguem aliviar a necessidade de caixa e pagar em reais (R$) somente quando o
produto é nacionalizado.
Outra área crucial do comércio exterior
é a de levantamento de dados que divulgam a quantidade, valor e quais insumos
são importados e exportados do país. Presente no mercado há 6 anos, a Logcomex,
startup que revolucionou o comércio exterior com automação e big data, possui
em sua plataforma produtos que auxiliam as empresas do segmento sobre o
mercado. “Com o Logcomex Search, o importador consegue agregar inteligência na
tomada de decisão. A plataforma oferece informações dos mais diversos produtos,
incluindo provável importador, valor importado, país de origem e principais
encargos. Com ele, é possível achar fornecedores alternativos e calcular o
market-share da empresa”, explica Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex.
Sobre a Vixtra
A Vixtra
é uma fintech de comércio exterior e atua como um meio de pagamento
internacional na relação entre importador e fornecedor, com o objetivo de
conceder limite de crédito para médias empresas importarem produtos do
exterior. Fundada em julho de 2021 por Caio Gelfi, Guilherme Rosenthal e
Leonardo Baltieri, os administradores criaram uma forma de pagamento e
financiamento em reais (R$), com menor risco cambial, menos burocrática e mais
segura, cujo importador terá capital de giro, confiança e dados em relação ao
exportador, outros serviços financeiros (seguros, hedge e câmbio) e controle e
visibilidade do processo de importação. A companhia recebeu um aporte de R$ 35
milhões, um dos maiores valores para uma startup em estágio inicial, pelos
sócios da Sertrading e mais dois investidores (Mauro Negrete e Gustavo Jobim).
Sobre a Logcomex
Fundada em 2016, pelos empreendedores
Helmuth Hofstatter Filho e Carlos Souza, a Logcomex é uma startup que se propõe a organizar
as informações do comércio global para transformar a maneira que as empresas
fazem negócios. Oferecendo
produtos de automação e Big Data para todos os elos do comércio exterior, a
Logcomex atua em duas frentes: inteligência comercial (informações do mercado)
e automação de tarefas (com organização e centralização de informações do
cliente).
Sobre a China Gate
A China Gate é uma empresa de educação e consultoria focada em importação empresarial da China para o Brasil, presente no mercado há 20 anos. Com sede em Maringá (PR) e escritórios na China, auxilia empresários de pequeno e médio porte, de diversos ramos, a fazer busca por produtos e fornecedores no mercado chinês. Também presta assessoria de cálculo de custos, negociação e compra, inspeção, desembaraço aduaneiro, e acompanhamento em viagens de negócios à China. Além disso, ensina empreendedores a importar do país asiático através de cursos online e lives diárias em suas redes sociais.
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