E se a criança quiser ser vacinada contra a Covid-19 e os pais negarem?
Especialista
diz que público infantil foi o mais prejudicado nessa pandemia
Recomendação é que crianças de 5 a 11 anos sejam imunizadas contra a Covid-19/Pikist
Já imaginou que
crianças a partir de 7 anos já têm certa consciência sobre a importância da
vacinação contra a Covid-19, mas podem ter pais contra a imunização? O que
fazer nestes casos? A bacharel em Direito e pós-graduanda em Direitos da
Mulher, Sabrina Donatti, aborda a discussão e afirma que todas as crianças têm
direito a tomar essa vacina assim que ficar disponível. Isso porque, de acordo com dados da Câmara Técnica de
Assessoramento em Imunização da Covid-19, desde 2020, a cada dois dias uma
criança morre no Brasil por causa da doença.
Ela explica que apesar
da questão ainda não ter sido amplamente debatida precisa ser olhada porque
compõe parte importante sobre Direitos. O Estatuto da Criança e do Adolescente
aponta como obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas
autoridades sanitárias, no art. 14 §1º. Ela explica que a vacina contra a
Covid-19 ainda não se encaixa neste item, porque não entrou para a lista do
Cadastro Nacional de Vacinação, mas pode entrar. “Para a criança é
assegurado o direito a proteção da sua vida e a saúde e, em um caso como esse,
o Ministério Público pode agir se houver denúncia. É preciso entender que a
vacinação é de interesse coletivo e não apenas individual”, afirma.
Para Sabrina as
crianças foram as mais prejudicadas nessa pandemia com as aulas online e com o
distanciamento dos amigos. "É nosso dever como pais e sociedade proteger
as crianças. Essa revolta da vacina em pleno 2022 só atrapalha. É realmente
necessário vacinar as crianças o quanto antes", enfatiza. Ela diz que
já foi demonstrado que a Covid-19 é a doença com vacina existente que mais mata
crianças no Brasil, isso contando todas essas doenças juntas. Sabrina ressalta
que a maioria dos adultos vacinados tem voltado à vida social e muitos,
inclusive, levam os filhos junto. “O problema é que como as crianças ainda não
foram imunizadas estão em risco, porque estão mais vulneráveis a contrair o
vírus e ainda o transmitem muito mais”, alerta. A especialista lembra que
é preciso ter consciência e parar com teorias conspiratórias.
Sobre Sabrina Donatti
Formada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, Sabrina Donatti é
pós-graduanda em Direitos das Mulheres. Em 2013, começou a trabalhar com
comunicação digital como criadora de conteúdo para incentivar, empoderar e
ajudar mulheres a ficarem menos sobrecarregadas após a maternidade. Em seus
canais do Instagram (@eusabrinadonatti) e do Youtube (@Sabrina Donatti) aborda
temas que vão do Direito à Política, de Legislação à Educação Infantil. Além de
assuntos do dia a dia, como a realidade de muitas mulheres que enfrentam de
violência doméstica até depressão com assuntos que as estimulem a viver com boa
autoestima, de maneira leve e descomplicada
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