Energia solar: o que muda com o Marco Legal da Microgeração e Minigeração distribuída
Lei que regula o mercado de geração de energia
foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e traz segurança jurídica para o
setor; saiba o que muda para o consumidor
A nova Lei 14.300, sancionada com vetos
na última semana pelo Presidente da República, regulamenta o setor de energias
alternativas no Brasil e cria o Programa de Energia Renovável Social. De acordo
com Leandro Kuhn, CEO da L8 Group (conglomerado empresarial que atua em
soluções tecnológicas), a nova legislação traz segurança jurídica para o setor
e vai impulsionar as vendas e instalações de Sistemas Geradores Fotovoltaicos
em 2022. “A falta de uma regulamentação traria instabilidade para o setor, que
vem crescendo muito no Brasil, principalmente nos últimos cinco anos”, destaca.
Para Leandro Kuhn, com a nova
legislação, o Brasil está preparado para um crescimento vertiginoso nos
próximos anos, seguindo uma tendência mundial de investimentos em fontes
alternativas de energia elétrica. “Nós acompanhamos a tramitação deste projeto
no Congresso Nacional e o texto que foi sancionado foi um acordo. Não foi o
melhor texto para o setor de Geração Distribuída, mas foi o acordo possível.
Ele mantém um equilíbrio entre a demanda crescente do setor fotovoltaico e as
distribuidoras de energia elétrica”, explica.
O que muda para
o consumidor?
De acordo com o texto, a partir de
agora, os consumidores residenciais ou pequenos comércios geradores de energia
poderão se unir na modalidade “Loteamento para Microgeração” e ter uma única
central geradora de até 1 MW, desde que estejam localizados lado a lado, o que
minimiza os custos de produção. Será permitida ainda a instalação de
microgeração e minigeração distribuída com a combinação de diferentes fontes de
energia, como a eólica e a fotovoltaica, por exemplo.
O diretor da L8 Energy (empresa do Grupo
L8 que atua na industrialização e distribuição de sistemas fotovoltaicos)
Guilherme Nagamine, explica que a lei estabelece os limites de geração para
cada modalidade de geração distribuída. A microgeração é definida para os
geradores com potência menor ou igual a 75 kW. A minigeração distribuída tem
potência de 75kW a 5MW para fontes hidrelétricas, biomassa e biogás e, de 75kW
a 3 MW para fontes geradoras solar e eólica.
“A principal mudança para o consumidor
que tiver sistema de geração de energia por meios renováveis, como solar
fotovoltaica, eólica, biomassa e centrais hidrelétricas, é a remuneração da
Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), por meio de uma metodologia
para valores de créditos de energia, fazendo uma diferenciação de compensação,
fontes e capacidade instalada que será de responsabilidade da Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel)”, destaca Nagamine.
Crise hídrica
evidencia necessidade de investimentos em energias renováveis
O Marco Legal da Geração Distribuída vem
em um momento crítico para o atual sistema elétrico brasileiro, em meio à maior
crise hídrica do Brasil desde 1910, que atinge cerca de 40% do território
nacional, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Centro Nacional
de Monitoramento e Alertas de Destras Naturais (Cemaden).
Dados da Aneel e da Associação Brasileira
de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) demonstram que 57,6% da energia gerada
no país vem de fontes hídricas, enquanto apenas a energia solar fotovoltaica é
responsável por apenas 2,4% da Matriz Energética Brasileira. Leandro Kuhn
lembra que os dados reforçam a necessidade de investimentos em fontes
alternativas de energia em um país que ainda é muito dependente dos recursos
hídricos. “Além de ser uma energia mais barata e ambientalmente sustentável, a
geração de energia distribuída pode desafogar o Sistema Elétrico Integrado,
gerando energia no próprio local de consumo”.
“A escassez de água novamente evidenciou
a dependência do Brasil em relação à energia gerada pelas usinas hidrelétricas
e provocou um aumento das tarifas. A energia fotovoltaica é uma fonte
alternativa que vem para ajudar o consumidor a não sentir os impactos desses
aumentos na conta de energia elétrica, já que esses sistemas podem gerar uma
economia de até 95% na fatura mensal”, afirma Nagamine.
Sobre a L8
Group (www.l8group.net):
O Grupo L8 é formado por empresas de
tecnologia: O intuito é facilitar e otimizar a utilização de tecnologias
diferenciadas, para oferecer soluções com valores agregados aos clientes. O
grupo preza por inovação e materiais de qualidade, tornando-se referência no
mercado brasileiro.
Sobre a L8
Energy
A L8 Energy é uma empresa do Grupo L8 e atua na Industrialização e Distribuição de Sistemas Fotovoltaicos por todo o Brasil. Com Matriz em Curitiba - PR, é referência em soluções inovadoras para geração de energia como a Telha Solar L8.
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