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Festas durante o lockdown: seria o fim do governo de Boris Johnson?

Crise de imagem do primeiro-ministro do Reino Unido chega ao ápice. Governo do premiê britânico já havia passado por outra onda de escândalos pela quebra do lockdown por membros do seu gabinete

São Paulo, 13 de janeiro de 2022 - Para o professor de Relações Internacionais da ESPM, Roberto Uebel, por mais que se tenha um ambiente propício para uma moção de desconfiança contra o premiê Boris Johnson, é improvável que haja uma mudança radical no governo britânico no curto prazo. Nos últimos dias, Johnson, do partido Conservador, vem enfrentando protestos no Parlamento e na sociedade por ter sido flagrado em uma festa durante um dos piores períodos de lockdown. A oposição pede sua renúncia. E há possibilidade do próprio partido Conservador lançar uma moção de desconfiança contra Johnson, o que o sacaria do cargo de primeiro-ministro.

Na análise de Uebel, porém, Johnson deve resistir às pressões – pelo menos por ora. "Hoje, o Reino Unido não possui um nome forte no partido conservador que possa substituir Johnson e conduzir a agenda política", diz Uebel. "Além disso, convocar eleições em um período de novas restrições de circulação de pessoas por conta da variante ômicron da covid-19 seria especialmente complicado." 

O professor também lembra que outros escândalos no Reino Unido – sendo o maior deles o envolvimento do Princípe Andrew em casos de abuso sexual de menores e que fizeram com que ele perdesse seus títulos militares – dividem a  opinião pública e a atenção da sociedade britânica. "Esse caso vem ganhando um grande espaço na mídia – o que é bom para Johnson, no momento."

Embora exista a possibilidade de Boris Johnson se manter no cargo, Uebel acredita que seu governo ficará enfraquecido pelas várias crises ocorridas durante a pandemia de covid-19.

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