Influenza (H2N3) e ômicron afetam atividade de hotéis, bares e restaurantes
Segundo estimativas
do SinHoRes Osasco - Alphaville, sindicato patronal do setor, cerca 20% a 25%
da força de trabalho dos hotéis, bares e restaurantes está afastada. O
sindicato observa, no entanto, que o pior momento foi o período de final e
início de ano, provavelmente devido aos festejos de Natal e Réveillon.
Por essa razão, a
entidade patronal emitiu aos associados e empresas do setor quatro
recomendações.
A primeira é a
testagem de funcionários logo a partir dos primeiros sintomas. A ideia é evitar
o alastramento da nova variante ômicron, mais contagiosa, e da gripe, para não
prejudicar ainda mais as operações do setor.
A segunda é a oferta
comprovada de equipamento de proteção aos empregados. A preocupação do
sindicato é que, se ficar comprovado que o empregador não ofereceu medidas de
proteção para evitar a contaminação, a Covid-19 poderá ser enquadrada como
acidente de trabalho, o que gerará outras medidas compensatórias aos
funcionários que a longo prazo podem representar maiores custos.
Outra recomendação é,
se necessário, optar pela contratação de temporários ou extras para suprir a
ausência temporária de quadros afastados.
A última recomendação
é não relaxar e seguir cumprindo todos os protocolos higiênico-sanitários
dispostos no e-book do SinHoRes, disponibilizado em sinhoresosasco.com.br, tais
como: distanciamento, uso de máscaras, álcool em gel dentre outros.
Um problema adicional
detectado pela entidade é que estão faltando kits de testes na rede pública de
todo o Estado. E como há essa falta de testes, os médicos da rede pública estão
afastando os trabalhadores por 10 dias sem a confirmação de Covid-19.
"Podemos presumir que estão sendo afastados de imediato, por outras
doenças. E, nesses casos, como o afastamento dura menos de 15 dias, obrigando o
empregador a arcar com os custos, uma vez que o auxílio-doença do INSS só é
dado no caso de afastamentos superiores a 15 dias", avalia Edson Pinto,
presidente do SiHoRes Osasco - Alphaville.
Em caso de
afastamentos superiores a 15 dias, os trabalhadores podem requisitar do INSS a
concessão do auxílio-doença. Mesmo os trabalhadores informais podem ter acesso
a esse benefício, desde que tenham contribuído no mínimo 12 meses para o INSS.
Edson Pinto reforça
que "nossa atividade é eminentemente humana e especializada e por isso
somos tão afetados em situações como essa. Devido à grave crise causada pelo
fechamento das empresas nos últimos dois anos, nós já estávamos operando
com equipes reduzidas e esses afastamentos têm comprometido a operação de
algumas empresas".
Apesar desse início
de ano conturbado, o SinHoRes estima um crescimento de 5% a 7% do setor em
2022, aliado à retomada das contratações, considerando o fato de que 2021 foi
um ano muito ruim para o setor.
Segundo o presidente
da entidade, o que o setor não pode nem cogitar é uma volta das restrições de
horários e fechamentos compulsórios. O macro setor de turismo (que inclui
hotéis, bares e restaurantes) foi o mais atingido em quase dois anos de
pandemia. Perdeu 30% das empresas - que quebraram - e mais de 100.000 postos de
trabalho no Estado de São Paulo, segundo a FHORESP, Federação do setor, que
conta com 24 SinHoRes filiados em todo o Estado.
O SinHoRes Osasco - Alphaville e Região (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares), é uma entidade sindical empresarial e representa cerca de 20.000 empresas, sendo atualmente o segmento que mais gera empregos na região metropolitana oeste.
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