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Janeiro verde: exposição em estação de metrô de São Paulo orienta sobre câncer do colo do útero e outros tumores

Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) promove a ação que visa alertar a população a respeito de medidas que podem salvar milhares de vidas

São Paulo, janeiro de 2022 - Apesar de passível de prevenção e tratamento, o câncer do colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente nas mulheres (depois do câncer de mama e do colorretal) e a quarta causa de morte da população brasileira por câncer no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, são estimados cerca de 16 mil novos casos em 2022 e mais de 5 mil óbitos.  

No Janeiro Verde, campanha que tem por finalidade despertar a atenção da população para a importância da prevenção e detecção precoce do câncer do útero, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) retoma a sua exposição nas estações de metrô paulistanas.

Desta vez, a estação Campo Belo (Linha 5 – Lilás) exibe os painéis com orientações sobre meios de evitar e tratar deste e de outros tipos de neoplasia. Há um ano, a exposição da SBOC percorre as estações de metrô de São Paulo com seus banners informativos.

“A iniciativa busca esclarecer e dialogar com o maior número possível de pessoas nos espaços públicos”, diz Dra. Angélica Nogueira, da diretoria da SBOC. “Dessa maneira, podemos contribuir para prevenir a doença ou, com o diagnóstico precoce, ampliar as possibilidades terapêuticas. O câncer do colo do útero pode ser eliminado”, enfatiza.

Acesso a vacinas, exames e tratamento

A transmissão da infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), principal causador do câncer do colo do útero, ocorre por via sexual. Embora o uso de preservativo reduza o risco de infecção, a forma mais efetiva de prevenção contra a doença é a vacina.

Um dos pleitos da SBOC junto aos órgãos públicos é que se atinja a meta de 90% de cobertura vacinal em meninas e meninos adolescentes até 2030. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2020 apenas 55% de meninas entre 9 e 14 anos tomaram as duas doses da vacina contra o HPV. No grupo de meninos entre 11 e 14 anos a adesão foi ainda menor: 36,4% compareceram aos postos para completar o esquema vacinal. Por isso, apesar da imunização contra o HPV integrar o calendário nacional de vacinação e ser oferecida gratuitamente pelo SUS, a SBOC defende a realização de campanhas mais abrangentes. “É importante retomarmos a vacinação contra o vírus HPV nas escolas públicas e privadas”, explica Dra. Angélica Nogueira.

Estudos indicam que a imunização do vírus é mais eficaz em crianças e em adolescentes que ainda não iniciaram a vida sexual, mas adultos também podem ser vacinados. A rede pública oferece o imunizante contra o HPV a mulheres imunossuprimidas de 9 a 45 anos e a homens imunossuprimidos de 9 a 26 anos.

Exames periódicos do colo do útero, conhecidos como Papanicolau, também são essenciais para identificar possíveis alterações. “Precisamos de políticas públicas que promovam mais acesso a exames diagnósticos e tratamento a fim de reduzir a incidência do câncer e as taxas de mortalidade relacionadas à doença”, completa a diretora da SBOC.

Hoje, estima-se que 50% da população feminina no Brasil tenha dificuldade de acesso ao tratamento do câncer de colo do útero. “Além da cobertura insuficiente de exames por problemas estruturais do país, o desconhecimento e preconceitos prejudicam a adesão das pacientes ao rastreamento”, acrescenta”, acrescenta Dra. Angélica Nogueira. “A SBOC trabalhar para levar informação precisa e relevante à sociedade.”

 

Acesse infográfico produzido pela SBOC sobre o câncer do colo do útero.

 

SERVIÇO

Exposição da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)

Local: Estação Campo Belo (Linha 5 – Lilás) de metrô

Data: de 5 a 31 de janeiro

 

SOBRE A SBOC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA  

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é a entidade nacional que representa mais de 2.500 especialistas em oncologia clínica distribuídos pelos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Fundada em 1981, a SBOC tem como objetivo fortalecer a prática médica da Oncologia Clínica no Brasil, de modo a contribuir afirmativamente para a saúde da população brasileira. É presidida pelo médico oncologista Dr. Paulo Hoff, eleito para a gestão do biênio 2021/2023.  

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