Mapeamento do fluxo de valor otimiza processos nas empresas
Nelson Soares*
“O homem erudito é um descobridor de
fatos que já existem - mas o homem sábio é um criador de valores que não
existem e que ele faz existir”, essa frase de Albert Einstein, trazida para os
dias atuais, pode nos dar um exemplo de como criarmos um fluxo de valor para as
nossas empresas e com isso facilitar a percepção dos nossos clientes e
colaboradores, uma vez que valor nada mais é do que aquilo que o cliente espera
receber, sua percepção com relação ao serviço que está sendo prestado, o
produto que está sendo comprado e a sua percepção com relação ao valor que está
sendo pago.
Um exemplo bastante simples para
entendermos esse conceito é a ida a um restaurante, onde o garçom demora a
atender ao pedido, a comida não chega dentro das expectativas, o café vem frio,
a conta demora a chegar. Certamente, o cliente não sairá satisfeito com esta
prestação de serviço. Mas como podemos entender e resolver esse contratempo do
restaurante e utilizá-lo no dia a dia das nossas empresas?
Por meio deste recurso, é possível
entender profundamente tudo que está agregando valor ou não em um
estabelecimento ou empresa, em todas as etapas. Saber quais são as barreiras
para que esse processo ocorra de maneira mais otimizada possível.
Uma vez detectado, o que agrega
e não agrega valor, o terceiro passo é o desenho de um mapa futuro,
englobando tudo aquilo que precisa acontecer para que o cliente seja bem
atendido, que ele saia do estabelecimento contente com a prestação de serviço
ou produto e que estes tenham sido executados
com o máximo possível de atividades
com valor agregado.
E por último, mas não menos importante,
a quarta etapa é efetivamente implementar tudo aquilo que foi planejado na
etapa anterior.
O mapeamento do fluxo de valor sempre
foi uma ferramenta muito valiosa e é muito usual para o chão de fábrica, área
administrativa, pequenos ou grandes negócios pois ajuda a identificar diversos
tipos de perdas, perdas por movimentação, excesso de material, retrabalho.
Enfim, uma série de ineficiências que raramente se consegue repassar para o
preço porque assim o produto ou serviço perderia a competitividade.
Nos escritórios, o mapeamento do fluxo
de valor também é bastante utilizado, principalmente em duas áreas bastante
críticas que são as que têm interface com o cliente: o recebimento de pedidos e
a entrega de produtos ou serviços. São áreas específicas em que, se tivermos
problemas operacionais, enganos, atividades redundantes, gerará insatisfação ao
cliente e normalmente acarretará custos adicionais à empresa.
Concluindo, o mapeamento de fluxo de
valor é uma ferramenta que permite resolver um dos principais problemas das
organizações, que é a falta de processos bem definidos e otimizados. Ele
permite identificar diversos problemas em qualquer processo e possibilita
avaliar tudo aquilo que precisa ser melhorado para uma organização ser mais
eficiente. Sendo mais eficientes, certamente a competitividade aumentará, com
reflexos diretos no fluxo de caixa da companhia.
*Nelson Soares é sócio consultor da
Certh Consultoria Empresarial.
Engenheiro Eletricista, MBA em
Administração ,Pós- Graduado em Consultoria Empresarial e Gestão
estratégica de Operações.
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