O fenômeno YOLO e os desafios para a retenção de talentos
*Por
Giovanna Calvo, CMO da Naomm
Carpe Diem é coisa do passado! O fenômeno
agora é o YOLO, sigla em inglês para “You
only live once” (você só vive uma vez, em português). Em linhas
gerais, o movimento que traz à tona a insatisfação principalmente dos
millennials, geração que nasceu entre 1981 e 1995, com o mercado de trabalho e
as condições oferecidas pelas empresas atualmente, vem ganhando força e inspira
cuidados.
Isso porque, no Brasil, os millennials
já ocupam 50% das posições no mercado de trabalho, segundo um levantamento da
ManPowerGroup. Além disso, um estudo da seguradora MetLife concluiu que os
chefes dessa geração possuem propensão a burnout muito maior que os de qualquer
outra geração, o que acende um sinal ainda maior de alerta.
Diante deste novo cenário, é
imprescindível que o setor de Recursos Humanos fique atento e reinvente,
criando alternativas para engajar esse profissional e reter talentos. E a
tarefa, infelizmente, não é fácil! Isso, somado a nova realidade de trabalho
híbrido trazida pela Covid-19, tem dificultado ainda mais essa movimentação,
forçando a área a buscar alternativas para inovar.
A boa notícia é que a tecnologia tem
trazido novas possibilidades para o RH, funcionando com o parceiro de inovação.
Somada a essa tendência, temos o surgimento de startups focadas em auxiliar os
gestores de Recursos Humanos a modificarem esse quadro, propondo novas soluções
focadas no bem-estar dos colaboradores. Inclusive, esses profissionais são os
que mais acreditam nos benefícios trazidos pelo cuidado com a saúde mental.
Prova disso é a pesquisa feita pela
Gupy, startup voltada para recrutamento e seleção online, em parceria com a
consultoria Ideafix, que mostrou que 54% dos 500 profissionais de RH ouvidos em
todo o Brasil acreditam que a segurança psicológica será um dos principais
indicadores de recursos humanos no futuro. Por isso, é cada vez mais importante
ir além, e pensar no bem-estar do colaborador.
Entre as alternativas para a melhora
desse quadro está a utilização de Práticas Integrativas e Complementares
(PICs), tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em
conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças. Essas
ferramentas, se aplicadas de forma estratégica e direcionada, a fim de engajar
o time e fazer com que o “sentir” e o bem-estar estejam mais presente no dia a
dia das corporações.
Acupuntura, yoga, Técnica de Liberação
Emocional (EFT) estão entre essas terapias e podem ser benéficas no ambiente
corporativo. Além de auxiliar com o cuidado com os colaboradores, a metodologia
também ajuda no desenvolvimento profissional dos indivíduos, auxiliando no
engajamento das equipes, o que pode impactar diretamente no desempenho das
atividades na empresa.
Mais do que nunca, é preciso olhar para
as pessoas individualmente, suas necessidades, seus anseios. A construção de
processos que permitam o compartilhamento de feedbacks construtivos também pode
ser uma ferramenta importante para entender os gaps de uma organização. Outro
ponto é em relação à autonomia, principalmente porque muitas pessoas ainda
estão trabalhando em casa, o que pode desencadear cobranças excessivas por
parte da liderança, que não pode estar presencialmente checando o trabalho
realizado.
Diante disso, é preciso dar autonomia a
quem de fato faz um bom trabalho, sem trazer aquela sensação de “vigília” a
todo momento. Isso pode desmotivar completamente um funcionário, fazendo com
que ele busque novas oportunidades no mercado. Empatia aqui é a palavra-chave,
use sem moderação e se reinvente sem medo!
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