Segurança colaborativa para combater a criminalidade nas ruas
O conceito de segurança colaborativa surge como uma nova estratégia para combater a criminalidade. Talvez, esse seja o acontecimento mais importante da área nos últimos anos.
Historicamente, a segurança privada sempre manteve os seus olhos voltados para dentro dos seus muros. Enquanto o Estado estava encarregado da segurança coletiva, cada cidadão se protegia como podia: câmeras, cercas elétricas, sensores e monitoramento. No entanto, nos últimos anos, uma mudança cultural está ocorrendo com excelentes resultados: a segurança colaborativa.
Em outras palavras, o que está mudando é a maneira de se “pensar a segurança urbana”. Se antes a proteção individual era a regra, cada qual protegendo o seu espaço, atualmente as pessoas já sentem que é mais eficiente unir forças para enfrentar a criminalidade.
“Nós queremos ampliar esse conceito de segurança privada voltado da porta para dentro e estender o nosso olhar para as ruas. É hora de nos preocuparmos também com o entorno”, diz Luciano Caruso, Co-founder da Cosecurity, startup que lidera o conceito de segurança colaborativa.
Ele ainda destaca que o mais importante é a formação de uma rede conectada capaz de ampliar significativamente as áreas protegidas. Estamos falando de bairros e zonas que se integram numa complexa conexão de olhares eletrônicos que aumentam de maneira exponencial a capacidade de vigilância, tornando muito mais difícil a vida dos criminosos.
Segundo o executivo, a Cosecurity já tem uma rede com mais de 500 câmeras privadas voltadas para espaços públicos (ruas, avenidas, calçadas e praças), desenvolvendo uma conexão articulada em mais de uma dezena de bairros da Grande São Paulo.
Itaim, Jardins, Perdizes, Pacaembu, Sta. Cecília, Higienópolis, Faria Lima e Vila Nova Conceição são alguns dos bairros que mais aderiram ao conceito de segurança colaborativa da Cosecurity. Segundo ele, os moradores das zonas oeste e norte da cidade foram os primeiros a perceber a necessidade de abraçar o novo conceito proposto de câmeras fincadas em espaços privados”.
A atuação da empresa consiste em instalar torres com câmeras em áreas privadas de condomínios, imóveis comerciais ou residências e monitorar todo o entorno. Quando vários vizinhos fazem o mesmo, aos poucos, cria-se uma rede capaz de manter sob vigilância uma grande área que protege tanto a rua como o bairro.
“Nosso serviço tem um custo-benefício bem atraente. Então, não vamos nos limitar às regiões mais nobres. Nosso planejamento prevê presença em todos os bairros”, afirma Chen Gilard, CEO e Co-founder da empresa.
Startup em expansão
Em relação ao rápido sucesso econômico alcançado pela startup, Chen Gilad afirma que a combinação da tecnologia de ponta, internet, inteligência artificial e o conceito de “segurança colaborativa” vem ao encontro do que o consumidor anseia atualmente.
“As pessoas estão mais conscientes. É um caminho sem volta. Daqui para frente, a tendência é pensar na segurança coletivamente. O Estado, a iniciativa privada e a população já perceberam que, se não houver união de forças nesses três segmentos, não há como ter uma segurança eficiente. Nossa perspectiva é ultrapassar a meta de 2 mil câmeras nos próximos seis meses”, finaliza.
Nenhum comentário