Adiamento do Carnaval em SP deve impactar vendas
Sem festas de rua e blocos, vendas devem mostrar queda de
35%
Maurício Stainoff, presidente da FCDLESP
Divulgação
Com o avanço da variante
ômicron, o estado de São Paulo decidiu recuar e adiar a realização dos desfiles
e blocos de Carnaval. Neste cenário, pelo segundo ano consecutivo, as vendas
devem apresentar declínio. De acordo com um levantamento realizado pela FCDLESP
(Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo), o
adiamento deve impactar cerca de 35% do faturamento do comércio.
Além do varejo, os segmentos
ligados ao turismo, como hotéis, bares e restaurantes serão impactados durante
o período de carnaval. Em 2020, o perído festivo reuniu cerca de 15 milhões de
pessoas, sendo 20% de fora do estado de SP, o'que movimentou os setores e
resultou no faturamento de R$ 8 bilhões.
“O Carnaval aumenta a busca por
fantasias, máscaras, confetes e outros adereços, mas, neste ano, a procura já
apresentou queda de 8% . Os maiores prejudicados serão os municípios onde os
blocos de rua são a principal atração. Sem desfiles, a região metropolitana
deve apresentar a maior queda nas vendas no balanço final da data”, explica o
presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff
Em 2020, última vez que a data
foi celebrada, bebidas alcoólicas registaram o faturamento de cerca de 1,5
bilhão de reais. A entidade estima que, mesmo com o adiamento, o setor de
alimentação e bebidas não deve sentir o maior impacto, já que o litoral vai
receber grande parte da população,
“Sem desfiles e os tradicionais blocos, a população deve migrar para as regiões litorâneas. Essas regiões vão apresentar números positivos e grande movimentação. Estimamos cerca de 5% de aumento”, finaliza Stainoff.
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