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Desmistificando a transformação digital: pilares e processos

Por Ana Debiazi, CEO da Leonora Ventures

Chamo de darwinismo empresarial o movimento que surgiu de adequação à nova realidade das empresas para acompanharem e seguirem o fluxo da transformação digital. Independentemente da área de atuação e do público-alvo, é preciso buscar novos processos e evolução. Quem não procura estratégias de crescimento será engolido pelos concorrentes mais atuantes e inovadores.

E para tudo isso é necessário investir em tecnologia. Existem diversas possibilidades para a construção desse processo, como: automação de marketing, inteligência artificial, uso de dados (big data) para entender melhor o perfil do seu consumidor. E, é claro, entender qual é útil para seu negócio.

E quais são os pilares fundamentais da transformação digital? Eu diria que o mais importante é a experiência do cliente. É estar presente em toda sua jornada de compra. Também podemos citar a automatização dos processos, que facilita e traz agilidade nos resultados, já que a equipe estará mais focada na estratégia com melhor retorno.

No passado a inovação acontecia através de pequenas pesquisas de mercado rápidas, com um público muito pequeno e muitas vezes usava de intuição, o que gerava um custo alto para as empresas. Com o aumento das startups no mercado, o processo de inovação mudou. A transformação digital acelerou os testes de ideias, e hoje o processo de inovação conta com feedbacks desde o pré-projeto até o pós. Os colaboradores ficam mais produtivos, e a empresa economiza tempo, reduz o custo e melhora no âmbito organizacional.

Investir em soluções que digitalizem os serviços, ofereçam facilidade e benefícios na experiência do consumidor, aumentem o faturamento e engajamento do público-alvo é importante para o crescimento do comércio on-line. Quanto mais segurança a empresa passar para o usuário, mais fortalecimento da marca ela terá no mercado.

Dados da Neotrust, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital, mostram que o e-commerce no Brasil teve um crescimento de 45,17% em janeiro de 2021, comparado ao mês anterior. E 61,82% de aumento do valor do faturamento em relação aos mesmos meses. Vale ainda citar o crescimento no número de internautas brasileiros que realizaram ao menos uma compra on-line: 18,4%.

Se isso é um hábito que vai durar ou trata-se apenas de um cenário imposto pela própria pandemia, não há garantias. Mas especialistas já falam de uma mudança permanente no comportamento de consumo.

E quais são as mudanças de hábito que levam à transformação digital no varejo? O consumidor quer acesso rápido sobre toda a informação de um produto ou serviço, pois o mundo digital lhe permite isso. Ele quer a comodidade de buscar preços sem sair de casa. Porém, mesmo sem sair de casa, ele quer o melhor atendimento.

Para isso, é preciso que o varejista entenda seu segmento e seu público para montar estratégias de vendas assertivas. É importante reduzir a burocracia para diminuir o tempo da jornada de compra, porque quanto mais difícil for para o consumidor fechar a compra, mais fácil que haja a desistência.

Empresas que aderiram às vendas no digital de maneira mais efetiva se mantiveram em pé. Já muitas que se mantiveram apenas em estabelecimentos físicos fecharam suas portas ou chegaram muito perto disso.

Quando citamos vendas no digital, não se trata de criar um perfil de rede social e fazer posts. Estamos falando de uma transformação digital mais forte, consolidada e duradoura. Falamos de tecnologias que tragam processos seguros para quem vende e quem compra.

Mesmo em meio à crise econômica, o ano passado foi primordial para a consolidação do comércio digital. Obviamente que essa tendência cresceu devido à pandemia, mas é um hábito que ficará presente mesmo quando a situação voltar ao normal.

Assim como muitos empreendedores perderam o receio de investir no mercado on-line, os consumidores também encontraram nessa forma de consumir uma comodidade que poderá servir mesmo após o fim da pandemia. Ainda vale ressaltar que 7,3 milhões de brasileiros realizaram a sua primeira compra on-line desde o começo da pandemia.

 

 

*Ana Debiazi é CEO da Leonora Ventures, Corporate Venture Builder com DNA inovador e com proposta de trazer soluções para os setores de educação, logística e varejo e promover a aproximação entre organizações já consolidadas e startups – leonoraventures@nbpress.com

 

Sobre a Leonora Ventures

A Leonora Ventures é uma Corporate Venture Builder com DNA inovador e com proposta de trazer soluções para os setores de educação, logística e varejo e promover a aproximação entre organizações já consolidadas e startups. Tem o objetivo fomentar ideias inovadoras de educação e varejo e promover a aproximação entre organizações já consolidadas e startups. Pertencente ao grupo FCJ Venture Builer, multinacional que leva a inovação como base de ação com sede em Belo Horizonte (MG), pioneira no ramo de Venture Builder na América Latina, presente também nos Estados Unidos, Portugal e Finlândia.

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