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Diploma Digital no ensino superior: o que muda para a sociedade?


 

Já não é novidade o quanto a tecnologia, a internet e a digitalização têm se espalhado pelo mundo, mudando sensivelmente nossas vidas. Nesse sentido, o diploma digital é apenas uma consequência de um panorama bem maior.

De fato, até pouco tempo atrás a própria questão do EaD (Ensino a Distância) era algo questionado por muitos. Até que a ideia se espalhou e simplesmente se tornou uma norma, sendo adotada por grandes instituições de ensino.

Lembrando que isso inclui não apenas as faculdades e graduações, mas também cursos livres e cursos técnicos, como o de um profissional da área de caixa de passagem eletrica subterranea. Na verdade, já se discute o ensino infantil e juvenil nesse formato.

Ou seja, permitir que um aluno do Ensino Médio ou mesmo uma criança do Ensino Básico possam aprender por meio de recursos digitais remotos, com uma professora que transmite uma vídeoaula para vários alunos que assistem desde casa.

Atualmente o MEC (Ministério da Educação) nacional ainda não deliberou nada nesse sentido, embora o debate esteja bem aceso. O que já foi aprovado é, precisamente, o diploma digital, para o caso de graduações, que são diplomas de faculdade.

Abaixo dela está o Ensino Médio e acima a pós-graduação, ambos ainda indefinidos nesse sentido, apesar de já permitirem EaD em alguns casos, facilitando tanto a vida dos alunos, quanto a rotina da instituição e do próprio corpo docente.

Ao mesmo tempo, não é possível ignorar que a crise iniciada com a pandemia em 2020 também acabou acelerando drasticamente toda essa agenda de digitalização, não só do ensino, mas também de empresas e negócios privados.

Basta imaginar os impactos que uma fábrica de uniforme para construção civil sofreu, tanto no sentido restritivo de queda da produção, quanto no sentido positivo de maiores investimentos em e-commerce e um mercado maior para desbravar.

Contudo, também é preciso debater o fato de que a educação não é a mesma coisa que outros serviços habituais. Afinal, quando você fala de um aluno que vai ter de aprender algo novo e se formar como cidadão, não está falando de algo como comprar um celular.

Há vários fatores culturais, psicológicos e até antropológicos que precisam ser levados em conta na hora de discutir algo tão sério quanto uma modalidade de ensino. Por isso achamos pertinente desenvolver este artigo sobre o diploma digital.

Além de fazer um recorte do tema com o foco no ensino superior, que já permite essa digitalização tecnológica, também já deixamos explícito no título que isso é algo que impacta a sociedade como um todo, inclusive as próximas gerações.

O que inclui o impacto de pessoas de todas as idades. Às vezes, por exemplo, uma pessoa que trabalha há décadas com algo como limpeza de estofados a vapor, e que tentava estudar sem conseguir marcar presença na faculdade, agora vai poder fazê-lo.

Naturalmente, esse tipo de avanço trás debates, ponderações e pontos de vista diferentes. Mas já podemos adiantar que, geralmente, o ponto de vista que se sobressai é o mais integrador e mais humanizado, ainda que seja disruptivo.

Desta maneira, se o seu interesse enquanto leitor e eventual aluno dessa modalidade é compreender os fundamentos dela, bem como suas vantagens e impactos de médio e longo prazo, então basta continuar a leitura até a última linha.

O que é o diploma digital?

Acima mencionamos o fato de que, em 2020, a crise na saúde acelerou alguns processos de digitalização pelos quais a sociedade já vinha passando.

Contudo, no caso do diploma digital, a discussão já vinha se cristalizando em termos jurídicos desde os anos de 2018, ao contrário do que podem pensar alguns.

Como dito, a digitalização tecnológica vem marcando profundamente o universo escolar e acadêmico como um todo por conta do Ensino a Distância.

Agora, o diploma digital se apresenta como uma alternativa 100% oficial e reconhecida pelo Ministério da Educação, com chancela das devidas portarias legais de cunho municipal, estadual e até mesmo federal, em alinhamento com Brasília.

Na prática, portanto, o diploma digital tem os mesmos efeitos que o famoso diploma impresso com o qual já estávamos acostumados. Ou seja, a mesma autenticidade verificável e o mesmo valor jurídico e profissional.

Inclusive, outros documentos estão caminhando na mesma direção, desde o CPF (Cadastro de Pessoa Física), até carteiras de habilitação para condutores, como a CNH de alguém que vai fazer seu primeiro emplacamento de moto e já sair dirigindo.

Em termos mais técnicos e legais, o que o diploma digital faz para atingir esse status oficial é atender às normas do Padrão Brasileiro de Assinaturas Digitais, nosso PBAD, que é um verificador de autenticidade de altíssima segurança.

Abaixo desse parâmetro, contamos ainda com as normas da própria ICP-Brasil, que é a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira, também indispensável.

Ou seja, houve toda uma mobilização técnica e profissional voltada para esse universo, em vez de simplesmente baixarem um decreto e autorizarem que as universidades saíssem emitindo diplomas digitais.

Na verdade, cada instituição de ensino que queiraqueria fazer isso precisará passar por várias burocracias. A primeira delas é ter o curso reconhecido pelo MEC, na sequência essas etapas de verificação de parâmetros e de normas digitais.

Só então se torna possível emitir os diplomas digitais, como algo que realmente ajuda o aluno, em vez de prejudicá-lo ou defasar seu aprendizado.

Motivos para usar a modalidade

Uma das questões mais levantadas quando o assunto é a digitalização do ensino e, consequentemente, dos seus diplomas e certificados, são as vantagens.

Ou melhor, inicialmente a questão parece em um formato mais neutro, do tipo “por que eu devo adotar essa modalidade, afinal?”. Sobretudo se vamos partir de uma ótica mais conservadora que tenderia a negar o avanço da tecnologia.

Lembrando que essa deliberação se limita apenas àquilo que no universo educacional se chama de IES, que são as Instituições de Ensino Superior.

O que, aliás, nem sequer impacta na formação ou no currículo de cada disciplina, alterando somente a emissão do certificado de conclusão.

Por exemplo, se um médico que quer se voltar para a área de harmonização facial masculina decide procurar uma alternativa dessas, vai perceber que a formação curricular não está em discussão nem será alterada em função da digitalização do diploma.

Deste modo, os cursos mais comuns no Brasil são os seguintes:

  • Direito;

  • Administração;

  • Pedagogia;

  • Engenharia Civil;

  • Psicologia;

  • Contabilidade.

Em todos esses casos, um dos principais motivos para adoção da digitalização é justamente o fato de que o aprendizado não será impactado em si mesmo, uma vez que o diploma é uma questão secundária, se comparada com outras formas de ensino.

É como tentar ensinar alguém a fazer manutenções hidráulicas, que é um curso técnico ou tecnólogo. Ora, o modo como você vai certificar a habilitação do profissional é algo alheio à maneira como ele fará suas aulas.

Desta maneira, mesmo uma visão mais conservadora tende a compreender que a digitalização não vem para mudar tudo ou extrair algo, mas sim, para agregar valor.

Sobre a economia de recursos

Ao falar sobre o que muda para a sociedade e para cada universitário após a implementação do diploma digital no ensino superior, é incontornável que falemos da questão econômica, justamente no sentido de otimização e diminuição de gastos.

A começar pelas instituições, valor que pode ser levantado pelo próprio MEC em parceria com instituições como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Naturalmente, isso só inclui dados de universidades federais, que são aquelas que estão sob a alçada do Governo. Mas depois é possível projetar cenários com base nisso, concebendo também a economia possível para as redes privadas de IES.

É mais ou menos como pegar uma empresa que faz limpeza de vidros profissional no mercado aberto e comum, e comparar com uma que faz por licitação, atendendo o Governo.

No caso do diploma digital, a economia pode chegar a R$ 50 milhões por ano, o que costuma surpreender quem não imaginava que a cultura do diploma de papel poderia ser tão cara.

Naturalmente, isso impacta não apenas a universidade em questão, mas também os alunos, uma vez que essa economia com certeza vai se converter em competitividade de mercado e acabar baixando o valor da mensalidade.

O papel da desburocratização

É preciso lembrar que o Brasil é um país que, infelizmente, tem fama de ser extremamente burocrático.

Ou seja, uma nação em que a máquina pública é considerada muito grande e lenta, sempre colocando empecilhos para resolver questões que deveriam ser simples.

No mercado privado não é assim, pois se uma loja vende lona para toldo 3x3, o que ela quer é facilitar a vida do cliente para fidelizá-lo. Mas na esfera pública e de serviços comuns da união, isso tende a mudar drasticamente.

Por isso mesmo, é preciso citar o fato de que o diploma digital também favorece e muito para uma desburocratização que tende a impactar a sociedade como um todo.

Afinal, tornar o ensino superior mais acessível e mais facilitado é algo que vai mudar a vida de milhares ou mesmo milhões de pessoas, transformando o Brasil e seu mercado de trabalho.

Conclusão

Os impactos que o diploma digital traz à sociedade brasileira são amplos e profundos, seja para as faculdades ou para os alunos.

Mesmo que por enquanto eles estejam restritos apenas ao Ensino Superior, isso já altera consideravelmente o panorama geral, conforme as informações e dicas que demos acima.


Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.


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