Empresas de crédito movimentam cerca de R$ 30 bilhões por ano em Minas Gerais
Hoje o setor opera em um volume mais alto, com demanda maior do que operava antes da pandemia
Roberto Ribeiro, presidente do Sindisfac-MG e sócio-diretor da Simples Antecipação de Recebíveis/Crédito Léo Guedes
Dados de
pesquisas realizadas pelo Sindisfac-MG, em parceria com o Sinfac-SP e a
ABRAFESC, apontam que Minas Gerais possui cerca de 200 empresas de factoring
atuantes, 40 Empresas Simples de Crédito (ESC) e 50 securitizadoras. O
segmento hoje tem uma grande importância socioeconômica: atende
aproximadamente 250 mil micro e pequenas empresas em todo o país,
sendo 35 mil apenas em Minas Gerais, movimenta cerca de R$ 30 bilhões no estado
por ano, cerca de R$ 200 bilhões no Brasil e contribuem
indiretamente para a manutenção de mais de 6 milhões de empregos no país. Neste
ano, o setor prevê um crescimento acima dos 10%.
As empresas de factoring (fomento mercantil) foram criadas para
impulsionar e facilitar a vida dos pequenos e médios empreendedores por meio de
antecipação de recebíveis. Nessas empresas, o empreendedor repassa para a
factoring seus créditos futuros e, em troca, recebe os valores desses
pagamentos à vista. As factorings também possuem a opção de ceder créditos e
valores a troco de uma quantia imediata. Um outro tipo de empresa de crédito
existente no Brasil é a securitizadora, que atua na conversão de uma dívida em
títulos, que são vendidos para investidores.
Já o objetivo das ESCs é facilitar o crédito para micro e
pequenas empresas e microempreendedores individuais. Pessoas físicas podem
abrir uma ESC e realizar empréstimos a pequenos empreendedores; assim, podem
suprir uma demanda por empréstimos às pequenas empresas que não conseguem
crédito em bancos tradicionais e em outros tipos de empresas de crédito.
Visando auxiliar todas essas empresas, o Sindicato das
Empresas de Factoring de Minas Gerais (Sindisfac-MG) foi criado em 1991 e hoje
acumula 30 anos de experiência em assistência aos associados. A
missão da entidade é promover o reconhecimento de que a atividade das
factorings, securitizadoras e ESCs é fundamental para o desenvolvimento de
micro, pequenas e médias empresas.
Enfrentando a crise
Para passar por esse momento econômico atípico,
devido a crise causada pela pandemia, a entidade criou um manual de
boas práticas para o enfrentamento da crise no segmento e disponibilizou para
todos os associados. Neste documento constavam informações, dicas e conselhos
relevantes para ajudar os empresários, como por exemplo, proposta para criação
de comitês provisórios de gestão da crise, estruturação de uma nova régua de
aprovação de operações, flexibilização na cobrança de títulos de clientes
adimplentes e com bom histórico de liquidação, publicação interna de relatório
de gestão da crise adoção de medidas para redução de custo, implementação e
melhoria de ferramentas de monitoramento e análise de crédito, intensificação
do acompanhamento da cobrança, revisão e enrijecimento das políticas gerais da empresa com
relação à operação, novos projetos comerciais focados na retomada da economia.
“Nosso maior propósito é colaborar com o
crescimento e desenvolvimento do fomento mercantil, unindo forças e
desenvolvendo trabalhos significativos, contribuindo com as micro, pequenas e
médias empresas e garantindo a elas um melhor desempenho econômico”, explica
Roberto Ribeiro, presidente do Sindisfac-MG, vice-presidente
da ABRAFESC e sócio-diretor da Simples Antecipação de
Recebíveis.
Mercado aquecido
Segundo Roberto Ribeiro, o setor
foi extremamente importante durante a pandemia e será no pós-pandemia.
“O mercado recebeu uma demanda grande dos bancos que fecharam as portas aos
micro, pequenos e médios empresários. O Pronampe, que foi uma tentativa do
governo federal de ajudar os micro e pequenos empresários, foi bem-sucedido,
porém os bancos foram muito rígidos na análise de crédito e liberaram valores
muito baixos para as empresas. Ou seja, ajudou mas não foi suficiente e assim
as factorigns, securitizadoras e Esc’s, puderam ajudar mais. Temos a
consciência de que fomos muito importantes na pandemia e seremos ainda
mais no pós-pandemia, pois muita gente parou devido ao lockdown e ficaram sem
recebíveis para conseguir antecipar. Desta forma, quando recomeça, é necessário
um capital de giro para dar fôlego ao negócio, pagar fornecedores, matérias-primas,
colocar em dia algumas contas”, comenta.
Hoje o setor opera em um volume mais alto, com demanda
maior do que operava antes da pandemia. “Isso é um motivo de
felicidade pra gente, pois é uma demonstração de que o mercado está muito
aquecido em todos os segmentos. Como trabalhamos com empresas de diversos
setores – indústria, serviços, comércio –, temos acesso de forma pulverizada e
conseguimos ter essa dimensão. Estamos confiantes para este ano, mesmo com
alguns cenários não tão positivos, seguimos otimistas de que a vacina funciona
e de que não teremos um grande retrocesso do ponto de vista da pandemia no
Brasil. Vai ser um ano de crescimento da economia e de controle de inflação”,
conclui.
Sobre o Sindisfac-MG
O Sindicato das Empresas de Factoring de Minas Gerais representa as empresas que atuam no fomento do segmento comercial, securitizadoras de recebíveis empresariais, financeiros e consultorias especializadas em fundos de investimentos em direitos creditórios, em Minas Gerais. Sempre mobilizando, liderando e integrando, o Sindisfac-MG prevê diversos benefícios aos associados, entre eles cursos, palestras, seminários e workshop com temas de interesse para gestores e funcionários; assessoria jurídica, assessoria contábil, parcerias comerciais, consultas ao SPC e IEPTB-MG com valores diferenciados, convênios de saúde, entre outros.
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