FAEP transforma aulas presenciais em híbridas para atender a realidade de seus alunos
Equipe pedagógica da Faculdade de Educação
Paulistana desenvolveu projeto de ensino híbrido, a partir de pesquisas
realizadas com o corpo discente da instituição
Embora
estejamos vivenciando o retorno gradativo das atividades presenciais, após um
longo período de isolamento social, é impossível dizer que voltamos à
normalidade pré-COVID-19. É o caso de algumas instituições educacionais que,
mesmo com o retorno das aulas presenciais, não abandonaram o ensino remoto,
oferecendo aos alunos a oportunidade de escolher estudar em casa ou sala de
aula por meio do chamado ensino híbrido (aulas presenciais transmitidas
virtualmente, em tempo real). Afinal, com a pandemia do novo coronavírus,
muitos educandos se adaptaram ao conforto do lar para realizar seus estudos e
evitaram o estresse ocasionado pelo deslocamento até a instituição, sem contar,
muitas vezes, o gasto com o trajeto.
Mas
é óbvio que nem todos preferem a modalidade remota, seja pela dificuldade de
acesso à internet, a saudade da sala de aula e a facilidade de solucionar
dúvidas ao conversar presencialmente com o professor. Dessa forma, o ensino
híbrido se revela uma importante solução. Pensando em todas essas questões,
neste ano de 2022, a FAEP (Faculdade de Educação Paulistana), localizada na
zona noroeste de São Paulo, desenvolveu um projeto
de ensino híbrido para todos os seus cursos.
A
instituição já vinha oferecendo aulas online desde a chegada da pandemia do
novo coronavírus ao Brasil, em 2020 , o que facilitou o desenvolvimento do
modelo híbrido de ensino, cujos testes começaram no segundo semestre de 2021.
“Possuímos grande expertise em aulas online, pois tivemos tempo para testar
plataformas, equipamentos, metodologias ativas e formatos durante esse período.
Aprendemos com nossos erros, vencemos muitos desafios, fizemos parcerias, e desenvolvemos
soluções corporativas”, ressalta a professora Kátia Cristina Marcolino,
professora e coordenadora dos cursos e Tecnologia da FAEP e uma das
responsáveis pelo projeto.
A
equipe educacional da FAEP se preocupou em ouvir seus alunos para compreender
suas frustrações, dificuldades e expectativas durante o período de ensino
remoto, de modo que muitos manifestaram o desejo de seguir apenas no formato
online, pela comodidade, a opção de acompanhar a gravação da aula em qualquer
horário, ou, até mesmo, rever uma explicação ou a resolução de um exercício.
Porém, outros educandos disseram que sentiram falta do ambiente
presencial, em razão da interação oferecida e a facilidade de aprendizagem.
“Analisamos
esses dois cenários, pensando também em oferecer nossos cursos para pessoas de
outras regiões de São Paulo e do Brasil, de modo geral, já que seria
inviável o deslocamento delas até a nossa instituição. Assim, decidimos iniciar
o projeto de ensino híbrido, com a colaboração direta de alunos, professores e
demais funcionários”, afirma Kátia.
Para
ela, o novo modelo de interação entre o ambiente virtual e presencial – também
conhecido como Sala de Aula Invertida - permite uma maior flexibilidade para
atender a necessidade de cada um, respeitando suas particularidades. Assim, em
cada semestre letivo, os cursos da instituição apresentarão suas disciplinas em
três formatos diferentes: híbrido (o aluno optará por assistir aulas
presenciais ou remotas), online (aulas transmitidas virtualmente em tempo real)
e EAD (aulas disponibilizadas nas plataformas virtuais). “Dessa forma, os
educandos que desejarem interação presencial, poderão se deslocar até a
instituição e, quem não puder, acompanhará as aulas remotamente de casa,
trabalho, ou outro local que preferir. E mesmo quem não puder acompanhar a aula
em tempo real não precisará se preocupar, pois todas as aulas online e híbridas
serão disponibilizadas na plataforma virtual de aprendizagem”, afirma Kátia.
Já
a diretora da FAEP, Vânia Aparecida da Costa, ressalta como o mundo mudou e,
cada vez mais, as pessoas precisam se adaptar a um novo formato de vida que
transita, o tempo todo, pelo virtual e presencial simultaneamente: “É o caso do
ensino híbrido oferecido por nossa instituição”. Outro destaque do projeto apontado
pela diretora são as mentorias mensais oferecidas aos educandos. Trata-se de
orientações oferecidas pelos coordenadores da FAEP, que podem trazer convidados
externos para conversar com os estudantes. Nestes encontros são abordados
temas sobre estudos, carreira, mercado de trabalho. “A mudança enriquece as
mentorias, já que os convidados não precisam mais se deslocar até a faculdade
para conversar com os alunos. Antes do projeto, muitos não podiam comparecer ao
local e acabavam recusando nosso convite”, diz Vânia. Além disso, uma série de
reuniões, além de treinamento presencial, reuniu a equipe docente da FAEP para
estudo e difusão do novo projeto.
O levantamento Observatório da Educação Superior, feito em parceria com a Educa Insights e encomendado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior, envolvendo 668 estudantes matriculados em cursos presenciais de universidades privadas, constatou que, desse total, 55% preferem o ensino híbrido. Dados que demonstram como a realidade mudou e seguirá mudando. “Queremos contribuir na formação de cidadãos digitais e profissionais com experiência prática para atender a esse novo mercado de trabalho, mais tecnológico, mais digital e menos presencial, mas sem perder a essência do ser humano acima de tudo”, conclui Kátia.
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