Marco Regulatório dos Jogos de Azar é aprovado pela Câmara dos Deputados, mas texto ainda tem muito a avançar
A
Câmara dos Deputados concluiu as votações do Projeto de Lei (PL) 442/1991, que
trata do Marco Regulatório dos Jogos de Azar, nesta quinta-feira (24). Da forma
em que foi encaminhado ao Senado Federal, o PL impossibilita a efetivação dos
Cassinos por todos os estados e Municípios, restringindo a quantidade segundo a
densidade geográfica de cada local. O Coordenador Jurídico da FPLM, deputado
Gilson Marques (NOVO/SC), criticou, em Plenário, a limitação do número de
Cassinos.
“O artigo, como está, é que limita o desenvolvimento dos Estados, caso eles
queiram colocar mais um cassino. Por exemplo, pela legislação, a maioria dos
Estados do Brasil pode ter só um cassino. Então, é lógico, para ter mais
desenvolvimento, nós precisamos deixar que os Estados decidam por si, os
empreendedores e a demanda também”, defendeu. Para o deputado, tal limitação
tira a liberdade do empreendedor, que deve ter o poder de escolha sobre seu
próprio negócio. “O que define quantos cassinos vai ter uma localidade é o
empreendedor e a demanda. Logicamente, o empreendedor não vai instalar cassino
onde não há demanda”, disse, durante sessão.
Além da limitação da quantidade de Cassinos e Casas de aposta por estado,
adicionalmente, o Estado poderá conceder a exploração de Cassinos em até dois complexos
de lazer, em estados com dimensão superior a 1 milhão de km². A interferência
do governo no assunto é preocupante, tendo em vista que não cabe ao Estado
conceder uma atividade que não é estatal e não tem relação com o serviço
público.
Como lembrou o Secretário-geral da FPLM, deputado Tiago Mitraud (NOVO/MG),
durante a votação, “o Estado não deve impedir a atividade empreendedora no
País”. “Da mesma forma, o cidadão deve ser livre para optar pelos serviços que
quer consumir, ainda que cada um de nós aqui tenha a própria crença em relação
ao benefício ou ao malefício do consumo de determinado produto. Nós acreditamos
que o Estado não deve impedir o indivíduo de tomar as próprias decisões”,
argumentou.
Uma vez aprovado pela Câmara, o texto segue para apreciação do Senado Federal.
A Frente Parlamentar pelo Livre Mercado segue articulando no Congresso Nacional
pela consideração de tais pontos, por entender todas as melhorias que as Casas
de apostas e Cassinos podem trazer ao Brasil.
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