O que a pandemia deixa para as empresas de saúde?
*Gilberto
Barbosa
É normal ouvirmos frases como “A pandemia vai deixar novos hábitos de cuidado
na sociedade” ou “Ficamos mais atentos à nossa saúde depois da pandemia”. De
fato, todos os impactos que tivemos se refletem nos nossos costumes e rotinas,
assim como no funcionamento de instituições. Mas, para empresas do setor de
saúde, que viram a sua área tão em evidência, talvez esse momento tenha causado
uma maior reflexão do que em outros grupos.
De repente, surgiu um novo desafio a ser
enfrentado, com novas demandas e soluções que ainda eram desconhecidas. O tempo
para se adaptar era curto e capacidade de reação das empresas era colocado à
prova. Testagens, protocolos de segurança, tratamentos, abastecimento de insumos
e adequação da capacidade de atendimento, entre outros fatores: tudo exigia um
direcionamento diferente do habitual.
Além de tudo isso, encaramos uma
situação em que os profissionais de saúde também demandaram cuidado nas
ocasiões - ao atender alguém, seja em um teste rápido ou em uma internação, ele
precisava estar atento, pois descuidos poderiam fazer dele o paciente.
Acredito que veremos a agilidade,
tecnologia e inovações do período de pandemia refletindo nas rotinas pessoais e
profissionais das pessoas. As empresas de saúde conheceram mais de perto as
demandas do público e devem se aprimorar para atendê-las com mais agilidade e
eficácia, o que também vai gerar uma otimização nos processos internos das
instituições. Além disso, as relações com funcionários devem mudar - as
organizações, não só as de saúde, tiveram que olhar para os colaboradores por
diferentes visões nesse período e se atentaram mais à pessoa além do
funcionário.
Essa mistura de papéis trouxe
aprendizados para toda a sociedade - todos dependemos de todos e não sabemos em
qual posição podemos estar no dia seguinte. Essa visão mais humana e empática é
uma das lições que devem permanecer, puxando um gancho também - dessa vez
focando mais nas empresas de saúde - para o aperfeiçoamento e adaptação dos
produtos e serviços. Por exemplo, ao oferecer um exame em domicílio, o que a
empresa proporcionou ao cliente além do serviço em si? Mais tempo para ficar
com pessoas queridas? Mais tempo para se dedicar às atividades que gosta? Um
cuidado com si próprio que provavelmente seria deixado para depois? São nessas
questões que os pontos se ligam e a empatia se junta aos negócios.
Ainda nessa questão, podemos trazer o
clássico exemplo da telemedicina - o que existe por trás de um atendimento
online? O que as facilidades que a ferramenta proporciona representam na vida
das pessoas? Todas essas questões passam a ser respondidas, mesmo que
parcialmente, com as mudanças que a pandemia nos forçou a fazer, e cabe a cada
pessoa, grupo ou instituição, saber abraçar as respostas positivas.
*Gilberto Barbosa é diretor de Marketing da VidaClass
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